quarta-feira, 10 de maio de 2017
Informe A Hora Do Cinema!
Informe A Hora Do Cinema!
Devido à persistência da grave crise financeira pelo qual o nosso país (Brasil) está passando, e que consequentemente a maioria dos brasileiros são atingidos, nós do A Hora Do Cinema informamos que o nosso Site, ‘A Hora Do Cinema’, infelizmente ficará indisponível por tempo indeterminado (tudo dependerá da involução da crise! Sendo que todos nós brasileiros ficaremos na torcida, para que tal involução ocorra o quanto antes).
Desde já agradecemos a compreensão de todos os nossos seguidores, nossos amigos e de nossos demais simpatizantes.
Atenciosamente!
Antonio Francisco da Silva Junior,
www.ahoradocinema.com
ahoradocinema1.blogspot.com
Curso Horror Britânico: Uma Orgia de Sangue e Pavor de Carlos Primati.
VALOR PROMOCIONAL PARA OS PRIMEIROS INSCRITOS.
Apresentação
Frankenstein, Drácula, Burke e Hare, Sweeney Todd, Jekyl e Hyde, Dorian Gray, Jack o Estripador. Praticamente todos os grandes monstros do horror - reais ou fictícios - têm em comum sua origem na Grã-Bretanha. Primeiro na literatura e depois no cinema, os grandes personagens do medo que fizeram parte da cultura britânica do século XIX forneceram o alicerce sobre o qual o gênero se sustenta até os dias atuais: pouca coisa no cinema de terror contemporâneo foge da fórmula clássica encontrada nessas obras, o que demonstra a incrível força criativa de sua origem.
Porém, ironicamente, o horror demorou para invadir as telas de cinema na Inglaterra: livros como Drácula, Frankenstein e O Médico e o Monstro foram inicialmente adaptados em Hollywood (e, antes disso, no cinema mudo, nos filmes expressionistas alemães), e somente no final da década de 1950 ganharam suas versões caseiras. Mas quando isso aconteceu, o gênero se revigorou: pela primeira vez filmado em cores, esses clássicos de terror ganharam sangue vermelho-vivo e uma generosa dose de violência e erotismo até então nunca vista nesse tipo de cinema. Capitaneado pela produtora Hammer, a nova onda do horror britânico revelou astros como Peter Cushing, Christopher Lee e Ingrid Pitt, além de lançar as carreiras de diretores influentes como Terence Fisher e Freddie Francis.
A produtora Amicus também fez o sangue jorrar nas telas: suas antologias de terror, como A Casa Que Pingava Sangue, Contos do Além e A Cripta dos Sonhos, estão entre os grandes clássicos do gênero na década de 1970. A pequena Tigon realizou os cultuados Sob o Poder da Maldade (1969) e Grite, Grite Outra Vez! (1970), e outros cineastas independentes contribuíram de maneira decisiva nesse período clássico do horror cinematográfico, como Pete Walker, com sua fórmula apelativa de sexo, terror e violência. O cinema inglês ainda deu ao mundo obras-primas como os perturbadores A Tortura do Medo, Os Inocentes, O Homem de Palha, Inverno de Sangue em Veneza e as comédias de humor negro O Abominável Dr. Phibes e As Sete Máscaras da Morte.
Objetivos
O Curso Horror Britânico: Uma Orgia de Sangue e Pavor, ministrado por Carlos Primati, tem como proposta traçar um panorama do gênero em seu período clássico, enfatizando as obras que difundiram o modo britânico de se fazer terror - com seus personagens clássicos e seus temas mais obsessivos - e ao mesmo tempo reconhecer o papel de outros nomes importantes, como Tod Slaughter, Boris Karloff, Barbara Steele e Alfred Hitchcock, na construção de um estilo inglês que influenciou a maneira que o gênero se desenvolver mundo afora.
Conteúdo programático
Aula 1
A origem do horror britânico e a revolução da Hammer
1.1 – A origem do horror na literatura gótica de Walpole, Lewis, Radcliffe e Mary Shelley
1.2 – As extravagâncias sádicas de Tod Slaughter, o pioneiro do terror britânico nas telas
1.3 – Alberto Cavalcanti e um raro exemplar de horror inglês, com Na Solidão da Noite
1.4 – Sangue novo no horror: as produções cheias de sangue, sexo e violência da Hammer
1.5 – Peter Cushing e Christopher Lee: os maiores monstros do cinema de horror britânico
Aula 2
Os clássicos do horror britânico da década de setenta
2.1 – As grandes obras-primas do terror inglês: A Tortura do Medo, Os Inocentes e outros
2.2 – As antologias de contos de terror da Amicus, a produtora inglesa que pingava sangue
2.3 – O cinema apelativo de Pete Walker e o clássico definitivo A Mansão da Meia-Noite
2.4 – O horror setentista: O Homem de Palha, Inverno de Sangue em Veneza e outros
2.5 – O horror britânico moderno: Hellraiser, Extermínio, Abismo do Medo e outros
Ministrante: Carlos Primati
Jornalista, crítico, historiador e pesquisador dedicado a tudo que se refere ao cinema de horror mundial e brasileiro. Publicou artigos em livros sobre a obra do cineasta José Mojica Marins e sobre o Horror no cinema brasileiro. Colaborou no livro "Maldito", de André Barcinski e Ivan Finotti, e coproduziu a Coleção "Zé do Caixão" em DVD, vencedora do 1º Prêmio DVD Brasil como a "Melhor Coleção" do ano. Já ministrou para a Cine UM os cursos "A Obra de Alfred Hitchcock"; "História do Cinema de Horror"; "Zé do Caixão: 50 Anos de Terror"; "Expressionismo Alemão: Uma Sinfonia de Luzes e Sombras"; "Ficção Científica dos Anos 50" e "Horror no Cinema Brasileiro".
Curso Horror Britânico: Uma Orgia de Sangue e Pavor de Carlos Primati
Datas: 20 e 21 / Maio (sábado e domingo)
Horário: 9h30 às 12h30
Duração: 2 encontros presenciais (6 horas / aula)
Local: Centro Cultural CEEE Erico Verissimo
(Rua dos Andradas, 1223 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)
Investimento: R$ 85,00
* Desconto para pagamento por depósito bancário:
a) R$ 70,00 (para as primeiras 10 inscrições)
b) R$ 80,00 (demais inscrições)
Formas de pagamento: Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro - em 2x)
Material: Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)
Informações: cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 99320-2714
Inscrições: cinemacineum.blogspot.com.br/2017/05/horror-britanico
Realização: Cine UM Produtora Cultural
Fonte: Cine UM Produtora Cultural.
sexta-feira, 5 de maio de 2017
Informe A Hora Do Cinema!
Informe A Hora Do Cinema!
Devido à persistência da grave crise financeira pelo qual o nosso país (Brasil) está passando, e que consequentemente a maioria dos brasileiros são atingidos, nós do A Hora Do Cinema informamos que o nosso Site, ‘A Hora Do Cinema’, infelizmente ficará indisponível por tempo indeterminado (tudo dependerá da involução da crise! Sendo que todos nós brasileiros ficaremos na torcida, para que tal involução ocorra o quanto antes).
Desde já agradecemos a compreensão de todos os nossos seguidores, nossos amigos e de nossos demais simpatizantes.
Atenciosamente!
Antonio Francisco da Silva Junior,
www.ahoradocinema.com
ahoradocinema1.blogspot.com
quinta-feira, 4 de maio de 2017
Programação ‘Cinemateca Paulo Amorim – Espaço Banrisul de Cinema’.
CINEMATECA PAULO AMORIM – ESPAÇO BANRISUL DE CINEMA, PROGRAMAÇÃO DE 4 A 10 DE MAIO DE 2017
SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES
SALA PAULO AMORIM
O FILHO DE JOSEPH (Le Fils de Joseph - França, 2016, 110min). Direção de Eugène Green, com Victor Efenzis, Mathieu Amalric e Maria de Medeiros. Supo Mungam Filmes, 12 anos. Comédia dramática.
Sinopse: Vincent é um adolescente que vive com a mãe em Paris e tem um cotidiano típico de qualquer jovem da sua idade. Tudo muda quando ele resolve conhecer seu pai - que a mãe diz que não existe -, o que o leva ao encontro de um editor famoso e muito cínico. Neste universo, Vincent acaba se aproximando de um tio, bem mais afável. Tudo é muito rico e detalhista no cinema de Eugène Green, que, neste filme, faz uma sátira de cânones das artes e dos textos sagrados.
Sessões: 15h30min
IMPREVISTOS DE UMA NOITE EM PARIS (Ouvert la Nuit - França, 100min, 2016). Direção de Édouard Baer, com Édouard Baer, Audrey Tautou, Sabrina Ouazani. Imovision Filmes, 16 anos. Comédia dramática.
Sinopse: Às vésperas da estreia de uma montagem da peça “A Mulher e o Macaco”, no Teatro da Estrela, em Paris, o produtor Luigi se vê no pior dos mundos. Ele tem apenas um dia para resolver vários problemas, como conseguir dinheiro para pagar o elenco, reconquistar patrocinadores e encontrar um macaco de verdade para colocar em cena.
Sessões: 17h30min
INSUBSTITUÍVEL (Médecin de Campagne - França, 2017, 100min). Direção de Thomas Lilti, com François Cluzet e Marianne Denicourt. CineArt Filmes, 12 anos. Drama.
Sinopse: Jean-Pierre é um médico dedicado que trabalha há anos numa região do interior da França. A comunidade acredita que ele é insubstituível e o médico se sente bem com o respeito das pessoas. Mas esta relação começa a mudar com chegada de Natalie, uma jovem recém-formada que vem de Paris para tentar ajudar o médico veterano.
Sessões: 19h30min
SALA EDUARDO HIRTZ
CENTRAL - O FILME (Brasil, 90min, 2017). Documentário de Tatiana Sager. Panda Filmes, 14 anos.
Sinopse: Baseado no livro "Falange Gaúcha", do jornalista Renato Dorneles, o filme mostra a realidade do Presídio Central de Porto Alegre, que já foi considerado o pior cárcere do Brasil. A partir de depoimentos de policiais, representantes do judiciário, de presos e seus familiares, o filme mostra uma realidade que passa por galerias superlotadas, o controle das facções criminosas (inclusive financeiro) e as decisões governamentais para evitar tragédias.
Sessões: 15h e 19h15min
A CRIADA (Agassi - Coréia do Sul, 2016, 140min). Direção de Park Chan-Wook, com Kim Min-Hee, Kim Tae-Ri, Ha Jung-Woo. Mares Filmes, 18 anos. Drama e suspense.
Sinopse: Durante a ocupação japonesa na Coréia do Sul, na década de 1930, a jovem órfã, Hideko vive sob a proteção de um tio autoritário. Ela está prestes a herdar uma grande fortuna, o que atrai a cobiça de dois vigaristas: Sookee, que vai trabalhar na casa como empregada, e Fujiwara, um conde fajuto que tenta seduzir a órfã, rica. Este jogo de intrigas tem vários pontos de vista e é temperado por histórias eróticas, um dos passatempos preferidos do tio da protagonista.
Sessões: 16h45min
SALA NORBERTO LUBISCO
ERA O HOTEL CAMBRIDGE (Brasil, 2017, 100min). Direção de Eliane Caffé, com José Dumont, Suely Franco. Vitrine filmes, 12 anos. Drama.
Sinopse: O filme mistura ficção e documentário para mostrar o cotidiano dos moradores do Hotel Cambridge, um hotel tradicional em São Paulo e que foi fechado em 2011. Desde então, vem sendo ocupado por pessoas sem-teto, incluindo muitos refugiados.
Sessões: 15h
OS BELOS DIAS DE ARANJUEZ (Les Beaux Jours d'Aranjuez - França/Alemanha, 100min, 2017). Direção de Wim Wenders, com Reda Kateb, Sophie Semin, Jens Harzer. Imovision, 14 anos. Drama.
Sinopse: Baseado na peça teatral do mesmo nome, de autoria de Peter Hanke, o longa acompanha o encontro entre um casal que conversa sobre temas diversos, das lembranças de infância às viagens, do sexo à filosofia. Tudo, na verdade, surge da imaginação de um escritor alemão, que prepara seu novo livro.
Sessões: 17h
ESTREIA: EDMUNDO (Brasil, 72min, 2015). Documentário de Luiz Alberto CAssol. Livre.
Sinopse: O filme aborda a vida e a obra do dramaturgo santa-mariense Edmundo Cardoso (1917 - 2002), criador da Escola de Teatro Leopoldo Fróes. Ele também foi produtor cultural e fundador do Clube de Cinema de Santa Maria, com uma trajetória que se confunde com a história de uma das principais cidades gaúchas.
Sessões: 19h
PREÇOS DOS INGRESSOS:
TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS).
SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS).
CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES.
ESTUDANTES DEVEM APRESENTAR CARTEIRA DE IDENTIDADE ESTUDANTIL. OUTROS CASOS: CONFORME LEI FEDERAL Nº 12.933/2013.
A MEIA-ENTRADA NÃO É VÁLIDA EM FESTIVAIS, MOSTRAS E PROJETOS QUE TENHAM INGRESSO PROMOCIONAL. OS DESCONTOS NÃO SÃO CUMULATIVOS.
Cinemateca Paulo Amorim
Rua dos Andradas, 736 - Porto Alegre RS
Fone (51) 3226-5787
Fonte: Programação e divulgação da Cinemateca Paulo Amorim, através de Mônica Kanitz.
sexta-feira, 28 de abril de 2017
Arnaldo Antunes Abre A Temporada 2017 do Unimúsica.
ARNALDO ANTUNES ABRE A TEMPORADA 2017 DO UNIMÚSICA - SÉRIE POESIA, ENTÃO
Depois de comemorar seus 35 anos de criação com a série sobre a palavra futuro, o Projeto Unimúsica elege como tema para sua temporada 2017 a poesia. Apostando na força transgressora da palavra poética e na nossa capacidade de escuta, o Unimúsica reúne na série poesia, então artistas que transitam pela poesia de livro e de canção, como Arnaldo Antunes, Alice Ruiz e Estrela Leminski (ao lado de Téo Ruiz) e Antonio Cicero (ao lado de Marina Lima), mas também propostas que mesclam, nas performances cênicas, textos e canções, como o show-solo José, de Zeca Baleiro, e o Sarau #Deslocamentos 4D, com Dunia Elias, Loua Pacon Oulai, Mirna Spritzer e Muni e direção de Carla Joner e Miriam Amaral.
O primeiro concerto da série poesia, então traz a Porto Alegre o poeta, cantor e compositor Arnaldo Antunes e um de seus mais recentes trabalhos, A Casa é sua.
Arnaldo apresenta-se no dia 04 de maio, às 20h, no Salão de Atos da UFRGS. Os ingressos poderão ser retirados a partir das 9h de terça-feira (02 de maio), na bilheteria do Salão de Atos, mediante a entrega de um livro em bom estado de conservação.
A casa é sua é um show intimista, em que Arnaldo, ao lado dos músicos Chico Salem (violão e guitarra) e André Lima (teclados, violão e sanfona), explora com liberdade uma nova sonoridade e revela as canções de outro modo, evidenciando mais as letras. O repertório traz canções que marcaram sua carreira, como “Não Vou Me Adaptar”, “Saiba”, “Meu Coração”, “Muito Muito Pouco”, mas também criações do seu último trabalho, Já É, entre as quais “Naturalmente, Naturalmente” e “Põe Fé Que Já É”. Arnaldo ainda apresenta algumas de suas parcerias com Paulo Miklos (“Fim do Dia”), Marisa Monte e Carlinhos Brown (“Consumado”), Liminha (“Invejoso”) e Alice Ruiz (“Socorro”).
O Unimúsica é uma realização do Departamento de Difusão Cultural da Pró-Reitoria de Extensão da UFRGS.
UNIMÚSICA 2017 | SÉRIE POESIA, ENTÃO
04 de maio: Arnaldo Antunes | A casa é sua
01 de junho: Zeca Baleiro| José
02 de junho: Estrela Leminski, Téo Ruiz e Alice Ruiz | Nepotismo
06 de julho: Antonio Cicero e Marina Lima| Dois irmãos
07 de julho: Dunia Elias, Loua Pacon Oulai, Mirna Spritzer e Muni, com direção de Carla Joner e Miriam Amaral| Sarau #Deslocamentos4D
UNIMÚSICA 2017| SÉRIE POESIA, ENTÃO
ARNALDO ANTUNES | A CASA É SUA
Quando: 04 de MAIO, quinta-feira, às 20h
Local: Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110)
Ingressos: Um livro em bom estado de conservação por ingresso.
Retirada de ingressos a partir das 9h do dia 02 de maio, na bilheteria do Salão de Atos da UFRGS, com um limite de até dois ingressos por pessoa.
Fonte: Lígia Petrucci, Coordenação e curadoria Projeto Unimúsica, Departamento de Difusão Cultural, PROREXT – UFRGS.
Silvio Tendler ‘Brasil, História e Memória’ Na Sala Redenção – Cinema Universitário.
Os Advogados Contra a Ditadura: Por uma Questão de Justiça (2014, 130min) Dir. Silvio Tendler
Para alguns a civilização ótica na qual estamos cada vez mais imersos teve início nas imagens documentais produzidas pelos irmãos Lumieré na Saída dos operários da fábrica. O cinema plasmava a realidade e alcançava o grande público como um instrumento de persuasão que parecia ser imparcial, uma arte capaz de captar e fixar a história tal qual ela ocorreu. Os documentários, entretanto, ou chamados filmes naturais, assim como os filmes de ficção, sempre lutaram para conseguir o mesmo efeito mágico de levar o espectador para “dentro do filme”. A história dos telejornais, com os quais o público contemporâneo está amplamente familiarizado desde sua tenra infância como espectador televisivo, tem como antecedentes, noticiários feitos para a tela grande. Outrora, eram os chamados filmes de atualidades, e foram exibidos desde os primórdios do cinema – evidente que não livres de ideologias, mensagens, montagens e manipulações, tal como hoje. Em princípio, documentários seriam filmagens de algo que teria acontecido, independentemente da realização de um filme ou da captação dessas imagens. Contudo, percebeu-se que a atenção devia voltar-se para os processos a que são submetidas essas imagens: escolha do que vai ser filmado; processo de seleção de imagens e áudios; edição e montagem; trilha sonora, etc. Enfim, uma série de processos seletivos e intencionais que demonstram uma falta de isenção no produto final. Diferente do que muitos pensam, documentários não são veículos neutros e desprovidos de ideologia. A obra de Silvio Tendler traça um grande painel da história e da vida política brasileira contemporânea, que além de proporcionar a visão dos aspectos materiais do passado registrados nas imagens, prima pela edição autoral. Suas linhas narrativas conduzem para a construção de valores que deveriam ser universais: o anti-imperialismo, a solidariedade humana, a soberania, os problemas sociais e a democracia como horizonte. Seu filme de estreia surgiu em um momento em que o Brasil experimentava os limites da abertura do regime de forma lenta, gradual e segura proposta pela ditadura claudicante. Tempo marcado por atentados contra a liberdade, no qual elementos ligados a rede de repressão do Estado explodiram bombas em bancas de jornais culminando com o atentado fatal contra OAB. Os anos JK (1980) de Tendler emergiu como uma verdadeira aula de democracia, mostrando que houve no país um tempo republicano legítimo. No documentário seguinte, Jango (1984), o diretor voltou à carga com a intenção de fazer um filme emocionante. Enquanto era articulada a campanha para eleições diretas para presidente, ele devolvia o povo ao cenário político nacional através da trajetória do último presidente eleito. Silvio Tendler teve sempre o cuidado de manter em tela a necessidade de participação política do povo para o fortalecimento da democracia e crescimento social do ponto de vista humano. A reposta aos primeiros documentários veio da crítica, muito positiva, e do público com 800 mil espectadores para JK e mais de um milhão para Jango. O espaço como diretor e artista engajado, comprometido com o teor político na história do cinema nacional, estava garantido para Tendler que, felizmente continua produzindo com qualidade. A mostra Silvio Tendler: Brasil, história e memória traz uma oportunidade para ver na tela grande não só seus documentários de estreia, mas uma coleção de 12 títulos diferentes que primam por uma postura memorialista pela preservação e difusão de imagens a fim de que o público tenha diferentes visões sobre o passado, ao passo em que o reconstrói em seu imaginário presente. Nilo André Piana de Castro - Curador
Os Anos Jk – Uma Trajetória Política (1980, 110min) Dir. Silvio Tendler
Os Anos Jk – Uma Trajetória Política
02 de maio – terça Feira - 16h
O filme aborda a História do Brasil: a eleição de JK, o nascimento de Brasília, o sucessor Jânio Quadros que renuncia, a crise política, o golpe militar e a cassação dos direitos políticos de Juscelino. O foco é a trajetória política de Juscelino Kubitschek, o “presidente bossa nova”, popular entre os artistas, que propunha aceleração no desenvolvimento do País rumo à modernidade e a ocupação de um lugar entre as potências mundiais.
Depois da exibição palestra e debate com o Professor Nilo Piana de Castro CAp/UFRGS
Jango: Como, Quando e Porque se Derruba um Presidente (1984, 114mim) Dir. Silvio Tendler
Jango: Como, Quando e Porque se Derruba um Presidente
02 de maio – Terça-feira – 19h
03 de maio – quarta--feira – 16h
O filme refaz a trajetória política de João Goulart, o 24° presidente brasileiro, que foi deposto por um golpe militar nas primeiras horas de 1º de abril de 1964. Goulart era popularmente chamado de “Jango”, daí o título do filme, lançado exatos vinte anos após o golpe.
Depois a exibição do dia 02/05 – palestra e debate com o professor Alexandre Andrades.
Marighella: Retrato Falado do Guerrilheiro (55min) e Privatizações: A distopia do Capital (56’35min) Dir. Silvio Tendler
03 de maio – Quarta-feira – 19h
04 de maio – Quinta-feira – 16h
Marighella - Deputado constituinte de 46 e um dos principais dirigentes do Partido Comunista – cassado quando o partido foi posto na ilegalidade, Carlos Marighella foi um dos líderes da luta armada contra a ditadura militar no Brasil. Ainda no PC, em 66, propôs o caminho da guerrilha e por isso foi expulso. Fundou a Ação Libertadora Nacional, primeiro movimento armado pós-64 do país. O filme sobre a vida desta figura polêmica da recente História do Brasil contará a trajetória do professor Marighella, do deputado Marighella, do romântico Marighella. Mas, acima de tudo, contará a história do homem Marighella.
Privatizações - O filme ilumina e esclarece a lógica da política em tempos marcados pelo crescente desmonte do Estado brasileiro. A visão do Estado mínimo; a venda de ativos públicos ao setor privado; o ônus decorrente das políticas de desestatização traduzidos em fatos e imagens que emocionam e se constituem em uma verdadeira aula sobre a história recente do Brasil. Assim é Privatizações: a Distopia do Capital.
Glauber o Filme Labirinto do Brasil (2003, 98min) Silvio Tendler.
04 de maio – quinta-feira – 19h
05 de maio – sexta-feira – 16h
É um documentário sobre a vida e a morte de Glauber Rocha, o polêmico cineasta baiano que revolucionou o cinema, promovendo uma radical revisão na cultura brasileira. Imagens do enterro, depoimentos recentes de quem acompanhou sua trajetória, seu pensamento e ideias, explodem na tela num filme-tributo à memória de um artista que idealizava um cinema independente e libertário.
Encontro com Milton Santos: O Mundo Global, visto do Lado de Cá (2006,90min) Dir. Silvio Tendler.
05 de maio – sexta-feira – 19h
O filme é conduzido por uma entrevista com o geógrafo e intelectual baiano Milton Santos (1926–2001), gravada quatro meses antes de sua morte. Milton Santos não era contra a globalização e sim contra o modelo de globalização vigente no mundo, que ele chamava globalitarismo. Analisando as contradições e os paradoxos deste modelo econômico e cultural, Milton enxergou a possibilidade de construção de uma outra realidade, que ele considerava "mais justa e mais humana.
Depois do filme palestra e debate com a professora Ana Clara Fernandes CAp/UFRGS.
Memórias do Movimento Estudantil – Ou Ficar a Pátria Livre ou Morrer pelo Brasil (2007, 53min) O Afeto que se encerra em nosso peito Juvenil (2007, 51min) Dir. Silvio Tendler.
08 de maio – segunda-feira -16h
09 de maio – terça-feira – 19h
Os filmes apresentam o Perfil cronológico do movimento estudantil brasileiro, desde a década de 30, até a ocupação da sede da UNE no Rio de Janeiro em 2007. Mostram também registros pessoais de personagens do movimento estudantil, da atividade cultural dos jovens, músicas poesias e peças teatrais feitas pelos militantes no passado.
09/05 Depois dos filmes palestra e debate com professor Nilo Piana de Castro CAp/UFRGS
Utopia e Barbárie (2007, 121min) Dir. Silvio Tendler.
08 de maio - segunda-feira – 19h
09 de maio – terça-feira – 16h
O filme é um road movie histórico: para reconstruir o mundo a partir da II Guerra Mundial, passa pela Itália, EUA, Brasil, Vietnam, Cuba, Uruguai, Chile, entre outros países. Em cada um desses lugares, documenta os protagonistas da história. Tão importante quanto o tema é o olhar do autor. Este olhar foi se construindo a partir da elaboração do filme. Por isso, buscou a reconstrução da história de maneira não partidarizada. Ouviu diferentes personagens com abordagens distintas. Juntos compõem um rico painel de nossa época.
Após a sessão do dia 08 de maio, debate com Professor Nilo Piana de Castro, professor do colégio Aplicação da UFRGS.
Tancredo, a Travessia (2011, 104min) Dir. Silvio Tendler.
10 de maio – quarta-feira 16h
Tancredo – A Travessia é um documentário brasileiro que retrata, através de depoimentos a biografia do Presidente Tancredo Neves. Conta à história do homem firme em suas decisões e sereno nas atitudes, do político moderado, mas que durante a sua vida pública enfrentou com ética, retidão e extraordinária coragem grandes desafios em momentos cruciais da história do país.
Militares da Democracia: Os Militares que disseram não (2014, 99min) Dir. Silvio Tendler.
11 de maio – quinta-feira 16h
12 de maio – sexta-feira – 16h
Eles lutaram pela Constituição, pela legalidade e contra o golpe de 1964, mas a sociedade brasileira pouco ou nada sabe a respeito dos oficiais que, até hoje, ainda buscam justiça e reconhecimento na história do país. Militares da Democracia resgata, através de depoimentos e registros de arquivos, as memórias repudiadas, sufocadas e despercebidas dos militares perseguidos, cassados, torturados e mortos, por defenderem a ordem constitucional e uma sociedade livre e democrática.
12/05 Depois do filme palestra e debate com o professor Newton Carneiro IFESUL.
Os Advogados Contra a Ditadura: Por uma Questão de Justiça (2014, 130min) Dir. Silvio Tendler.
12 de maio – sexta-feira – 19h
Em meio às torturas e mortes no período de 1964 e 1985, os advogados que buscavam justiça e a defesa dos direitos confrontavam-se com a repressão, ameaças e restrições de liberdades.
Mostra de Cinema Silvio Tendler: Brasil, história e memória
Quando: 02 a 12 Maio
Onde: Sala Redenção – Cinema Universitário (Rua Eng. Luiz Englert, s/n., Campus Central UFRGS
Quanto: Entrada Franca
Fonte: Tânia Cardoso de Cardoso, Coordenadora e curadora da Sala Redenção - Cinema Universitário, Departamento de Difusão Cultural.
Programação ‘Cinemateca Paulo Amorim – Espaço Banrisul de Cinema’.
CINEMATECA PAULO AMORIM – ESPAÇO BANRISUL DE CINEMA, PROGRAMAÇÃO DE 27 DE ABRIL A 3 DE MAIO DE 2017
SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES
SALA PAULO AMORIM
OS BELOS DIAS DE ARANJUEZ (Les Beaux Jours d'Aranjuez - França/Alemanha, 100min, 2017). Direção de Wim Wenders, com Reda Kateb, Sophie Semin, Jens Harzer. Imovision, 14 anos. Drama.
Sinopse: Baseado na peça teatral do mesmo nome, de autoria de Peter Hanke, o longa acompanha o encontro entre um casal que conversa sobre temas diversos, das lembranças de infância às viagens, do sexo à filosofia. Tudo, na verdade, surge da imaginação de um escritor alemão, que prepara seu novo livro.
Sessões: 15h
INSUBSTITUÍVEL (Médecin de Campagne - França, 2017, 100min). Direção de Thomas Lilti, com François Cluzet e Marianne Denicourt. CineArt Filmes, 12 anos. Drama.
Sinopse: Jean-Pierre é um médico dedicado que trabalha há anos numa região do interior da França. A comunidade acredita que ele é insubstituível e o médico se sente bem com o respeito das pessoas. Mas esta relação começa a mudar com chegada de Natalie, uma jovem recém-formada que vem de Paris para tentar ajudar o médico veterano.
Sessões: 17h
IMPREVISTOS DE UMA NOITE EM PARIS (Ouvert la Nuit - França, 100min, 2016). Direção de Édouard Baer, com Édouard Baer, Audrey Tautou, Sabrina Ouazani. Imovision Filmes, 16 anos. Comédia dramática.
Sinopse: Às vésperas da estreia de uma montagem da peça “A Mulher e o Macaco”, no Teatro da Estrela, em Paris, o produtor Luigi se vê no pior dos mundos. Ele tem apenas um dia para resolver vários problemas, como conseguir dinheiro para pagar o elenco, reconquistar patrocinadores e encontrar um macaco de verdade para colocar em cena.
Sessões: 19h
SALA EDUARDO HIRTZ
GAGA - O AMOR PELA DANÇA (Mr. Gaga - Israel-Alemanha-Holanda, 2017, 100min). Documentário de Tomer Heymann. Vitrine Filmes, Livre.
Sinopse: Ohad Naharin, mais conhecido como Mr. Gaga, é diretor artístico da Batsheva Dance Company. O filme mergulha no processo criativo do artista de 60 anos, considerado um dos coreógrafos mais importantes do mundo e responsável pela redefinição da linguagem da dança contemporânea. O projeto durou oito anos e mistura ensaios e sequências de dança impressionantes.
Sessões: 15h30min
ERA O HOTEL CAMBRIDGE (Brasil, 2017, 100min). Direção de Eliane Caffé, com José Dumont, Suely Franco. Vitrine filmes, 12 anos. Drama.
Sinopse: O filme mistura ficção e documentário para mostrar o cotidiano dos moradores do Hotel Cambridge, um hotel tradicional em São Paulo e que foi fechado em 2011. Desde então, vem sendo ocupado por pessoas sem-teto, incluindo muitos refugiados.
Sessões: 17h30min
NOJOOM - 10 ANOS, DIVORCIADA (Nojoom - Iêmen, 95min, 2017). Direção de Khadija al-Salami, com Reham Mohammed. Esfera Filmes, 10 anos. Drama.
Sinopse: O filme é baseado na história real da menina Nujood Ali, que pediu o divórcio aos dez anos. O casamento de meninas ainda crianças é algo comum e aceito no Iêmen - mas este caso chocou o mundo por causa das brutalidades do marido. Com o auxílio da jornalista francesa Delphine Minoui, a jovem transformou sua experiência em livro - agora transposto para o cinema por uma das primeiras mulheres cineastas do Iêmen.
Sessões: 19h30min
SALA NORBERTO LUBISCO
A HISTÓRIA DE UM HOMEM DE VERDADE (URSS, 1948, 90min). Direção de Aleksandr Stolper, com Pavel Kadoshnikov e Nikolay Okhlopkov. MosFilm, 14 anos. Drama.
Sinopse: Alexey Maresyev foi piloto de guerra durante a Segunda Guerra Mundial, reconhecido pelos ataques precisos às aeronaves alemãs. Num combate aéreo seu avião caiu e ele teve as duas pernas amputadas - mesmo assim, voltou a voar um ano depois, graças a um par de pernas mecânicas. O soldado russo protagonizou 86 missões de combate, feito contado em livro por Boris Polevoi. O longa integra a Série Cinema Soviético, com títulos do famoso estúdio MosFilm.
Sessões: 15h15min
A CRIADA (Agassi - Coréia do Sul, 2016, 160min). Direção de Park Chan-Wook, com Kim Min-Hee, Kim Tae-Ri, Ha Jung-Woo. Mares Filmes, 18 anos. Drama e suspense.
Sinopse: Durante a ocupação japonesa na Coréia do Sul, na década de 1930, a jovem orfã Hideko vive sob a proteção de um tio autoritário. Ela está prestes a herdar uma grande fortuna, o que atrai a cobiça de dois vigaristas: Sookee, que vai trabalhar na casa como empregada, e Fujiwara, um conde fajuto que tenta seduzir a orfã rica. Este jogo de intrigas tem vários pontos de vista e é temperado por histórias eróticas, um dos passatempos preferidos do tio da protagonista.
Sessões: 17h15min
PREÇOS DOS INGRESSOS:
TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS).
SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS).
CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES.
ESTUDANTES DEVEM APRESENTAR CARTEIRA DE IDENTIDADE ESTUDANTIL. OUTROS CASOS: CONFORME LEI FEDERAL Nº 12.933/2013.
A MEIA-ENTRADA NÃO É VÁLIDA EM FESTIVAIS, MOSTRAS E PROJETOS QUE TENHAM INGRESSO PROMOCIONAL. OS DESCONTOS NÃO SÃO CUMULATIVOS.
Cinemateca Paulo Amorim
Rua dos Andradas, 736 - Porto Alegre RS
Fone (51) 3226-5787
Fonte: Programação e divulgação da Cinemateca Paulo Amorim, através de Mônica Kanitz.
terça-feira, 25 de abril de 2017
‘Di Padre in Figlia’ Minissérie Estrelada por Carmo Dalla Vecchia é Destaque na TV Italiana.
Com a produtora brasileira Arteon, seriado teve gravações na Itália e no interior de São Paulo
A Rai Uno, uma das principais emissoras de TV da Itália, tem na sua grade de programação durante as próximas semanas, a sua mais nova minissérie, “Di Padre in Figlia” (De pai para filha). Com a produção executiva da produtora brasileira Arteon Inteligência Cultural, o seriado conta histórias de uma família tradicional veneta, na Itália dos anos 1960 até os anos de 1990, cuja vida das mulheres foi totalmente transformada. “Di Padre in Figlia” mostrará um país que mudou e evoluiu, a vingança feminina e a transição de pessoas patriarcas para a conscientização.
Com quatro episódios, o seriado foi gravado em Roma, Milão, Bassano del Grappa, na Itália e também em Bofete, cidade do interior de São Paulo com 12 mil habitantes. O ator brasileiro Carmo Dalla Vecchia, que interpreta Jorge, um descendente de italiano que mora no Rio Grande do Sul, onde conhece a mulher da sua vida, porém ela foge após sofrer um abuso e anos depois se reencontram na Itália, ambos casados, e ficam em dúvida entre largar tudo e reviverem o romance.
Além de Carmo, “Di Padre in Figlia” conta com consagrados atores italianos: Alessio Boni, Alessando Roja, Cristiana Capotondi, Stefania Rocca e com a direção de Riccardo Milani e o roteiro de Cristina Comencini.
Fonte: Produtora Arteon.
segunda-feira, 24 de abril de 2017
Crítica: O Ornitólogo, através de Marcelo Castro Moraes.
Fonte: www.google.com.br/imagens
O cineasta João Pedro Rodrigues, talvez tenha chegado ao ápice com o seu filme O Ornitólogo, aqui, Rodrigues fala sobre sexualidade, gênero, orientação sexual, fala também sobre o nu masculino, fala sobre a delicadeza e o lado sensual do homem, construindo a imagem de forma lírica e poeta a partir de um lado de graça com teor erótica. No filme O Ornitólogo, o uso desses temas é de uma forma para provocar, a nos caçoar o pudor: a libido e o sadismo. No longa estrelado por Paul Hamy, a fragilidade masculina é colocada a prova, onde são filmados de uma forma clara, contestando os interditos sociais que mantém certo preconceito com esse tipo legítimo de representação e, sobretudo, como esses ecoam no cinema a partir do fato da encenação explícita destes ser contornada por mero pudor antiquado.
O filme é sábio ao possuir inúmeras imagens cheias de simbolismos, das quais consegue passar o tema de diversos assuntos, seja catolicismo ou até mesmo mitológico. Porém, o tema principal se mantém intacto que é sobre a libertação, mesmo com todas variáveis sendo incrementadas no decorrer da obra, mais do que tudo, é uma libertação que bate de frente contra o preconceito e repreensões reacionaristas. O cineasta então consegue fazer tudo isso de uma forma mística e surrealista. A imagem de Santo Antonio de Pádua, segundo dizem, foi usada durante a ditadura, foi de cunho extremo-direitista salazarista que regeu Portugal, sem tantas lembranças positivas ao democrata e antifascista, por quase quatro décadas, como uma hoste e um bastião do nacionalismo e de um tradicionalismo religioso demasiadamente impositivo, que pregava a luta contra as ações das quais eles achavam subversivas.
O filme assume uma forma subitamente surreal, usando de personagens que surgem no decorrer da trama, cuja suas ações beiram a insanidade, ou crendices sem muito fundamento científico e fazendo o protagonista demonstrar todo o seu lado cético. Tudo flui de uma forma coesa, com cenas de tensão e suspense, muito bem organizadas com o seu simbolismo.
Trailer
Fonte: www.youtube.com
Fonte: Marcelo Castro Moraes, crítico cinematográfico.
domingo, 23 de abril de 2017
Crítica: A Morte de Luís XIV, através de Marcelo Castro Moraes.
Fonte: www.google.com.br/imagens
O significado dos símbolos é bastante notório quando eles são usados de uma maneira organizada, ou seja, quando o realizador cria um feito com total consciência de sua criação e obtendo então o reconhecimento dos seus esforços. Os filmes de Albert Serra (Honra dos Cavaleiros) são mais ou menos construídos através de símbolos carregados de significados e isso é sintetizado ao máximo em seu mais novo filme, A Morte de Luís XIV. Em primeiro lugar, é preciso entender os seus motivos e direcionar as nossas atenções ao protagonista que, de uma maneira histórica, consegue transmitir uma intensidade absurda em sua quase duas horas de projeção. Com roteiro de sua própria autoria, Albert Serra não somente explora a encruzilhada sofrida do enfermo protagonista, como também passa a sensação de que seu próprio país se encontra em agonia e em plena alienação sem precedentes, pois só assim para explicar o fato do rei ser observado ao realizar seu desjejum e aplaudido por completá-lo, não por haver maestria no ato, mas por quem desempenhava.
Nesse Sentido, a referência sobre o Rei Sol faz então todo o sentido nas mãos do diretor, pois ele consegue criar uma energia poderosa em todas as cenas, mesmo com a imagem pálida de Luis XIV(Jean-Pierre Léaud em uma atuação espetacular) e de todos ao seu redor que vivem nas sombras e criando a sensação de pinturas em movimento saindo dos quadros, como se quisessem prestigiar os últimos momentos do todo poderoso. Não há como negar que, ao ver os súditos presos em suas crendices, encontramos ali uma referencia até mesmo da sociedade contemporânea que, mesmo em pleno século 21, muitos ainda possuem uma mentalidade não muito diferente do que é vista nesse retrato dos anos de 1700. Por apresentar poucos personagens em tão poucos cenários vistos na projeção, temos a ligeira sensação de estarmos assistindo uma espécie de peça de teatro, mas ao mesmo tempo criando a sensação de maior angustia principalmente na cena (a melhor do filme) em que o protagonista nos encara por mais de um minuto e passando para nós toda a sua dor. Essa cena, aliás, é uma síntese do homem no seu derradeiro momento, no qual se dá conta que nada poderá fazer, mas sim aguardar o inevitável.
A Morte de Luis XIV não é uma obra que irá agradar a todos, pois o filme é uma pesada analise sobre os significados da morte e de como somos impotentes perante a sua sombra a espreita.
Trailer
Fonte: www.youtube.com
Fonte: Marcelo Castro Moraes, crítico cinematográfico.
sábado, 22 de abril de 2017
Documentário Sobre Guimarães Rosa em Sessão Comentada.
Em sua segunda edição, a Sessão Abraccine promove a circulação e o debate do documentário OUTRO SERTÃO, de Adriana Jacobsen e Soraia Vilela. Resultado de mais de dez anos de pesquisa sobre o turbulento período em que Guimarães Rosa viveu na Alemanha, o filme, premiado no Festival de Brasília e Mostra de São Paulo, será visto nas próximas semanas em dez cidades brasileiras.
Em Porto Alegre, a sessão será na Sala Eduardo Hirtz (Cinemateca Paulo Amorim) no dia 25 de abril (terça-feira), às 19h. Na sequência, haverá uma conversa com o professor de literatura brasileira Arthur Telló (PUC-RS) e os críticos Willian Silveira e Mônica Kanitz. Neste dia e horário, fica cancelada a sessão do longa “Era o Hotel Cambridge”.
Dividido em capítulos – a chegada, o amigo, o diário, o escritor, o diplomata, o alarme e a partida – OUTRO SERTÃO rastreia os quatro anos vividos por Guimarães Rosa em Hamburgo. Imagens, em grande parte feitas por amadores alheios à estética oficial da propaganda nazista, esboçam o cenário no qual Guimarães Rosa viveu desde sua chegada na Alemanha, em 1938, até sua partida em 1942. Trechos de cartas, contos e anotações em off revelam suas impressões pessoais. Documentos inéditos (alemães e brasileiros) e testemunhos de judeus que fugiram para o Brasil por Hamburgo, bem como de amigos e críticos, recriam a experiência do diplomata na Alemanha nazista.
Realizado após mais de dez anos de pesquisas na Alemanha, Brasil, Israel e Portugal, o filme registra a relação de Guimarães Rosa com a cultura alemã desde sua infância, bem como sua atuação como diplomata em um momento crítico da história mundial. Além de revelar um conteúdo histórico desconhecido e de grande relevância, o documentário traz uma entrevista inédita, realizada com João Guimarães Rosa na década de 1960 na Alemanha, na qual ele próprio fala de sua obra e de sua atuação como escritor e diplomata. Até então, não se tinha conhecimento de praticamente nenhuma imagem em movimento do escritor.
OUTRO SERTÃO procura detectar o papel exercido por Guimarães Rosa no consulado através de uma análise detalhada da correspondência diplomática do período, do relato de historiadores e da comparação com dados de outras representações diplomáticas brasileiras na Alemanha naquele período. Documentos da Gestapo mostram como as autoridades nazistas espionaram Guimarães Rosa, observando o “comportamento impróprio” do então vice-cônsul.
O filme apresenta a visão deste que foi o único escritor latino-americano a viver na Alemanha durante o nazismo. Imagens de época esboçam um cenário no qual Guimarães Rosa viveu, que se contrapunha à imagem positiva do país que o escritor iniciante, ex-aluno de um colégio de padres alemães em Belo Horizonte, mantinha desde a infância. E que levanta a questão: em que sentido a vivência neste “outro sertão” – árido e difícil – foi fundamental para a constituição da obra daquele que foi um dos maiores escritores brasileiros do século 20?
SESSÃO ABRACCINE: Ao estabelecer parceria inédita com salas independentes, a Sessão Abraccine amplia um circuito que até então contava com quatro cidades. “A produção no país continua forte, mas a reflexão cinematográfica, fundamental para a construção de uma identidade brasileira nas telas, vem sofrendo um grande déficit, com filmes entrando e saindo de cartaz sem o devido debate”, diz o presidente da Abraccine, Paulo Henrique Silva. “A Sessão Abraccine vem preencher esse vazio, apresentando um olhar diversificado sobre filmes que, em seus propósitos, são capazes de nos mostrar outros lugares, outros Brasis. É o caso de ‘Outro Sertão’, que, como seu título já deixa claro, exibe uma história até então pouco conhecida, sobre o escritor Guimarães Rosa e Aracy Moebius de Caravalho”.
“Ficamos felizes com o convite da Abraccine, sobretudo porque o filme não contou ainda com uma distribuição regular em cinema e TV”, diz Soraia Vilela. “É mais uma oportunidade de revelar esse aspecto até então desconhecido da trajetória do Guimarães Rosa. Em momentos complexos como o que atravessamos atualmente, tanto no Brasil em especial quanto no mundo, é essencial relembrar os regimes arbitrários da história, bem como as formas de resistência a eles”.
Criada em 2011, a Associação Brasileira de Críticos de Cinema é a primeira entidade nacional a reunir críticos de todas as regiões do país: são mais de 100 associados de 16 estados. A entidade organiza júris em diversos festivais de cinema, concede prêmios, organiza livros, promove cursos e seminários, e trabalha pela inserção da crítica nos mecanismos de discussão das políticas pelo cinema brasileiro.
Sessão Comentada do Documentário Sobre Guimarães Rosa
Dia 25 de abril (terça-feira)
Às 19h
Sala Eduardo Hirtz (Cinemateca Paulo Amorim)
Rua dos Andradas, 736 - Porto Alegre RS
Fone (51) 3226-5787
Fonte: Programação e divulgação da Cinemateca Paulo Amorim, através de Mônica Kanitz.
quarta-feira, 19 de abril de 2017
O Intelectual e Escritor ‘Stefan Zweig’ é Lembrado em Filme.
ESCRITOR QUE VIVEU NO BRASIL, O INTELECTUAL STEFAN ZWEIG É LEMBRANDO EM FILME
A estreia marca os 75 anos da morte do autor que viveu exilado entre 1936 e 1942, durante o regime Nazista
Produção da maior importância em tempos de intolerância crescente no Brasil e no Mundo, o filme “Stefan Zweig - Adeus, Europa”, livremente inspirado no livro “Morte no Paraíso – a Tragédia de Stefan Zweig” do jornalista brasileiro Alberto Dines, destaca os anos de exílio na vida do intelectual judeu. Stefan deixou a Europa em 1934, tentando encontrar a lucidez face aos acontecimentos na Alemanha nazista e uma perspectiva de vida no Novo Mundo - nunca regressando do exílio. Dirigido e roteirizado por Maria Schrader, a estreia no Brasil coincide com os 75 anos da morte do autor num momento de crescimento dos discursos de ódio e da intolerância em várias instâncias de nossa sociedade. “Stefan Zweig - Adeus, Europa” chega aos cinemas brasileiros no dia 13 de abril.
O Filme
O arco da história é composto por seis partes (um prólogo, um epílogo e quatro capítulos intermediários) que retratam episódios da vida do escritor entre 1936 e 1942, com especial enfoque no seu exílio sul americano (Rio de Janeiro, Buenos Aires, Bahia, Petrópolis). Estes momentos ilustram o ponto de vista do escritor sobre o que acontecia no mundo durante a implantação do regime Nazista, e logo depois a Segunda Guerra Mundial. O olhar de exilado levou o escritor a sentir-se impotente frente ao crescimento da intolerância, da barbárie e do autoritarismo vigente na Europa, levando-o a fazer permanentes ajustes de consciência - como pessoa influente pensava na incapacidade de ajudar todos aqueles que queriam igualmente escapar da Europa rumo às Américas.
Maria Schrader faz uma referência às circunstâncias em que Zweig pode ser considerado contemporâneo em suas ideias e valores: “Ele era um visionário, dedicando grande parte de sua escrita à ideia utópica de uma Europa unida, pacífica, sem fronteiras nacionais. Hoje ele é considerado um dos autores mais intelectuais da União Europeia. Acreditava no poder pacificador do intercâmbio cultural e da diversidade, sua criatividade tinha origem em sua curiosa e entusiástica apreciação por ideias e pessoas. Numa época em que as discussões abertas já não eram mais possíveis e que tudo era preto ou branco, este mestre de nuances recusou-se a ver o mundo de uma forma simplista e a adotar a brutalidade verbal dos seus oponentes”.
Em Petrópolis, Stefan Zweig escreveu seu trabalho mais famoso, "Xadrez". No mesmo local onde, em 23 de fevereiro de 1942, deprimido com o crescimento da intolerância e do autoritarismo na Europa e sem qualquer esperança no futuro da Humanidade, fez sua carta de despedida:
"Petrópolis, 22 de fevereiro de 1942.
Declaração.
Antes de deixar a vida por vontade própria e mente sã, sinto a necessidade de cumprir uma última tarefa: agradecer profundamente ao Brasil, este país maravilhoso, que deu a mim e ao meu trabalho um descanso tão hospitaleiro. Dia após dia, aprendi a amá-lo mais. Eu não preferiria construir uma vida nova em nenhum outro lugar agora que o mundo que fala minha língua desapareceu para mim e que minha terra espiritual, a Europa, está se destruindo. Mas, aos sessenta anos, temos que buscar forças extraordinárias para recomeçar do zero. Minha vida foi cansativa, com muitos anos na estrada. Então acho melhor encerrá-la na hora certa, com a cabeça erguida. Uma vida na qual o trabalho intelectual sempre foi de pura alegria e liberdade pessoal, o maior bem que se pode ter no mundo. Agradeço a todos os meus amigos. Que eles vivam para ver o amanhecer depois de uma longa noite. Eu sou muito impaciente. Vou antes deles”.
Zweig e a mulher, Lotte, foram encontrados mortos na tarde do dia seguinte, deitados lado a lado. Tinham ingerido uma dose fatal de barbitúricos. A notícia do suicídio de ambos chocou o mundo.
Sinopse - Em 1936, fugindo do nazismo na Europa, o ilustre escritor austríaco de origem judaica Stefan Zweig desembarca no Novo Mundo, percorrendo Rio de Janeiro, Bahia, Buenos Aires, Nova York e Petrópolis. Apaixonado pelo Brasil, inicia a escrita de um novo livro, tendo a nova terra como tema, e é na cidade imperial que decide se instalar em 1941. Porém, atormentado pelo crescimento da intolerância, da barbárie e do autoritarismo na Europa, e sentindo-se impotente em não poder ajudar seus conterrâneos a escapar do horror nazista, Zweig sucumbe aos fantasmas do exílio.
Sobre a diretora:
Maria Schrader (Hanôver, Alemanha, 27 de setembro de 1965) é uma atriz alemã. Se formou na Max-Reinhardt-Seminar, em Viena. Sua performance em “Aimée & Jaguar”, que lhe rendeu diversos prêmios e reconhecimento mundial, só veio confirmar o que o cinema alemão já pressentia há um bom tempo. Teve seu primeiro sucesso no filme “Keiner liebt mich”, de Doris Dörrie, pelo qual recebeu um prêmio por sua atuação. Para cinema escreveu roteiros dos filmes RobbyKallePaul; Eu estive em Marte; Confissões na noite; A Girafa. Co-dirigiu “Eu estive em Marte”, juntamente a Dani Levy, com quem foi casada. Tem uma filha com o diretor Rainer Kaufmann, a quem deu o nome de Felice (sua personagem em “Aimée & Jaguar”). Suas últimas atuações de destaque foram nos filmes “Rosenstraße e Schneeland”. Seu primeiro filme como diretora é “Liebesleben” (Love Life) do ano de 2006. Atua também no teatro, sua personagem mais conhecida é Kriemhild, em Die Nibelungen. Lança em 2016 o filme “Stefan Zweig – Adeus, Europa”.
Stefan Zweig - Adeus, Europa
Data de estreia no Brasil: 13 de abril
Distribuição: Esfera Filmes
Ficha Técnica do Filme
Direção e roteiro: Maria Schrader
País: ALE/FRA/Áustria
Ano: 2016
Duração: 106min
Título original: VOR VER MORGENRÖTE - STEFAN ZWEIG IN AMERIKA
(Baseado livremente no livro “Morte no Paraíso – a Tragédia de Stefan Zweig” de Alberto Dines)
Elenco: Tómas Lemarquis, Barbara Sukowa, Josef Hader
Género: Drama
Fonte: Mais e Melhores Produções Artísticas, através de Alexandre Aquino e Paulo Almeida.
Programação ‘Cinemateca Paulo Amorim – Espaço Banrisul de Cinema’.
CINEMATECA PAULO AMORIM – ESPAÇO BANRISUL DE CINEMA, PROGRAMAÇÃO DE 20 A 26 DE ABRIL DE 2017
SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES
SALA PAULO AMORIM
INSUBSTITUÍVEL (Médecin de Campagne - França, 2017, 100min). Direção de Thomas Lilti, com François Cluzet e Marianne Denicourt. CineArt Filmes, 12 anos. Drama.
Sinopse: Jean-Pierre é um médico dedicado que trabalha há anos numa região do interior da França. A comunidade acredita que ele é insubstituível e o médico se sente bem com o respeito das pessoas. Mas esta relação começa a mudar com chegada de Natalie, uma jovem recém-formada que vem de Paris para tentar ajudar o médico veterano.
Sessões: 15h30min
OS BELOS DIAS DE ARANJUEZ (Les Beaux Jours d'Aranjuez - França/Alemanha, 100min, 2017). Direção de Wim Wenders, com Reda Kateb, Sophie Semin, Jens Harzer. Imovision Filmes, 14 anos. Drama.
Sinopse: Baseado na peça teatral do mesmo nome, de autoria de Peter Hanke, o longa acompanha o encontro entre um casal que conversa sobre temas diversos, das lembranças de infância às viagens, do sexo à filosofia. Tudo, na verdade, surge da imaginação de um escritor alemão, que prepara seu novo livro.
Sessões: 17h30min
IMPREVISTOS DE UMA NOITE EM PARIS (Ouvert la Nuit - França, 100min, 2016). Direção de Édouard Baer, com Édouard Baer, Audrey Tautou, Sabrina Ouazani. Imovision Filmes, 16 anos. Comédia dramática.
Sinopse: Às vésperas da estreia de uma montagem da peça “A Mulher e o Macaco”, no Teatro da Estrela, em Paris, o produtor Luigi se vê no pior dos mundos. Ele tem apenas um dia para resolver vários problemas, como conseguir dinheiro para pagar o elenco, reconquistar patrocinadores e encontrar um macaco de verdade para colocar em cena.
Sessões: 19h30min
SALA EDUARDO HIRTZ
NOJOOM - 10 ANOS, DIVORCIADA (Nojoom - Iemen, 95min, 2017). Direção de Khadija al-Salami, com Reham Mohammed. Esfera Filmes, 10 anos. Drama.
Sinopse: O filme é baseado na história real da menina Nujood Ali, que pediu o divórcio aos dez anos. O casamento de meninas ainda crianças é algo comum e aceito no Iêmen - mas este caso chocou o mundo por causa das brutalidades do marido. Com o auxílio da jornalista francesa Delphine Minoui, a jovem transformou sua experiência em livro - agora transposto para o cinema por uma das primeiras mulheres cineastas do Iêmen.
Sessões: 15h15min
GAGA - O AMOR PELA DANÇA (Mr. Gaga - Israel-Alemanha-Holanda, 2017, 100min). Documentário de Tomer Heymann. Vitrine Filmes, Livre.
Sinopse: Ohad Naharin, mais conhecido como Mr. Gaga, é diretor artístico da Batsheva Dance Company. O filme mergulha no processo criativo do artista de 60 anos, considerado um dos coreógrafos mais importantes do mundo e responsável pela redefinição da linguagem da dança contemporânea. O projeto durou oito anos e mistura ensaios e sequências de dança impressionantes.
Sessões: 17h
ERA O HOTEL CAMBRIDGE (Brasil, 2017, 100min). Direção de Eliane Caffé, com José Dumont, Suely Franco. Vitrine filmes, 12 anos. Drama.
Sinopse: O filme mistura ficção e documentário para mostrar o cotidiano dos moradores do Hotel Cambridge, um hotel tradicional em São Paulo e que foi fechado em 2011. Desde então, vem sendo ocupado por pessoas sem-teto, incluindo muitos refugiados.
Sessões: 19h (não haverá esta sessão no dia 25 de abril, terça-feira)
SALA NORBERTO LUBISCO
COMO VOCÊ É (As You Are - EUA, 2016, 100min). Direção de Miles Joris-Peyrafitte, com Owen Campbell, Charlie Heaton, Amandla Stenberg. Supo Mungam Filmes, 16 anos. Drama.
Sinopse: Os conflitos do universo adolescente são a tônica da trama, ambientada nos anos 1990 em uma cidade suburbana dos Estados Unidos. Jack é um jovem solitário que vive com a mãe, mas tudo muda no dia em que ela se casa com um novo namorado, que também tem um filho adolescente. Apesar de terem temperamentos opostos, Jack e Mark se entendem bem e formam um trio com Sarah, uma garota do bairro. Eles se tornam inseparáveis até o dia em que alguns segredos vem à tona.
Sessões: 15h
MARGUERITE & JULIEN - UM AMOR PROIBIDO (Marguerite & Julien - França, 105min, 2017). De Valérie Donzelli, com Anaïs Demoustier, Jérémie Elkaïm. Mares Filmes, 16 anos. Drama.
Sinopse: A trama mistura elementos antigos e contemporâneos para abordar um amor proibido, no melhor estilo “Romeu e Julieta”. Marguerite e Julien são irmãos e praticamente apaixonados um pelo outro. Na infância, seu pai, o senhor de Tourlainville, resolve separá-los para evitar o pior. Mas nem mesmo o passar dos anos consegue apagar o que existe entre os dois.
Sessões: 17h
A HISTÓRIA DE UM HOMEM DE VERDADE (URSS, 1948, 90min). Direção de Aleksandr Stolper, com Pavel Kadoshnikov e Nikolay Okhlopkov. MosFilm, 14 anos. Drama.
Sinopse: Alexey Maresyev foi piloto de guerra durante a Segunda Guerra Mundial, reconhecido pelos ataques precisos às aeronaves alemãs. Num combate aéreo seu avião caiu e ele teve as duas pernas amputadas - mesmo assim, voltou a voar um ano depois, graças a um par de pernas mecânicas. O soldado russo protagonizou 86 missões de combate, feito contado em livro por Boris Polevoi. O longa integra a Série Cinema Soviético, com títulos do famoso estúdio MosFilm.
Sessões: 19h
PREÇOS DOS INGRESSOS:
TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS).
SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS).
CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES.
ESTUDANTES DEVEM APRESENTAR CARTEIRA DE IDENTIDADE ESTUDANTIL. OUTROS CASOS: CONFORME LEI FEDERAL Nº 12.933/2013.
A MEIA-ENTRADA NÃO É VÁLIDA EM FESTIVAIS, MOSTRAS E PROJETOS QUE TENHAM INGRESSO PROMOCIONAL. OS DESCONTOS NÃO SÃO CUMULATIVOS.
Cinemateca Paulo Amorim
Rua dos Andradas, 736 - Porto Alegre RS
Fone (51) 3226-5787
Fonte: Programação e divulgação da Cinemateca Paulo Amorim, através de Mônica Kanitz.
terça-feira, 18 de abril de 2017
Abertas as Inscrições para Laboratório de Roteiro do Festival Varilux.
Abertas as inscrições para laboratório de roteiro do Festival Varilux de Cinema Francês 2017
OS ENCONTROS ACONTECEM NO RIO, ENTRE 5 E 9 DE JUNHO, COM A COORDENAÇÃO DE FRANÇOIS SAUVAGNARGUES
O Festival Varilux de Cinema Francês, que anualmente apresenta as relevantes produções recentes da cinematografia francesa ao público brasileiro, promove o Laboratório Franco-Brasileiro de Roteiros, entre os dias 5 e 9 de junho, no Rio de Janeiro. Parte integrante das atividades paralelas que estimulam o intercâmbio cultural no âmbito do Festival, a nova versão do curso desenhado para roteiristas conta com especialistas franceses do Conservatório Europeu de Escrita Audiovisual (CEEA) sob a coordenação de François Sauvagnardes, especialista de ficção e diretor geral do FIPA, o Festival Internacional de Programação Audiovisual (Biarritz, França). As inscrições para concorrer a uma vaga no curso já estão abertas e podem ser realizadas no site do festival. A edição 2017 do Festival Varilux de Cinema Francês acontece em mais de 55 cidades brasileiras, entre 7 e 21 de junho.
Os selecionados, no máximo 15, terão a oportunidade de desenvolver seus projetos de escrita, com foco em roteiros de longas-metragens e de séries de TV. Durante os cinco dias de trabalho, os participantes serão divididos em três grupos sob a direção de um experiente roteirista do CEEA, com posteriores exposições em público e síntese do coordenador. A intenção é explorar as metodologias e fundamentos da construção dramática para que cada autor possa aplicá-los no desenvolvimento de seu projeto de roteiro de ficção e ajudá-los a encontrar sua própria particularidade e finalizar a escrita de seu projeto.
Para concorrer a uma vaga, os candidatos devem encaminhar um dossiê em português ou inglês, contendo storyline, sinopse, currículo e carta de intenção. Os candidatos serão selecionados a partir da análise do Dossiê por um júri composto por François Sauvagnargues, coordenador do laboratório e representante geral do FIPA, por um representante da BONFILM, realizadora do Festival, e por um autor convidado pelos formadores. O idioma de trabalho será o inglês ou o francês. O regulamento, e outras informações sobre o laboratório estão disponíveis no site www.variluxcinefrances.com. A lista dos selecionados será divulgada no site e nas redes sociais do Festival no dia 22 de maio.
O Laboratório Franco-Brasileiro de Roteiros é uma realização a partir da parceria entre o Festival Varilux de Cinema Francês e o Conservatório Europeu de Escrita Audiovisual (CEEA).
Sobre François Sauvagnargues
Iniciou sua carreira na Sociedade Francesa de Produção (SFP) no departamento de documentários, passando também pelo setor de Relações Internacionais e atuou como gerente de vendas na França Mídia Internacional. Posteriormente se tornou administrador de co-produções e aquisições no Canal ARTE França, antes de ser nomeado Diretor do Departamento de Ficção para TV do canal entre 2003 e 2011.
Atualmente é diretor artístico do Festival Internacional de Programação Audiovisual (FIPA).
Fonte: Agência Febre, através de Carminhabo Botelho e Katia Carneiro.
segunda-feira, 17 de abril de 2017
Curso ‘Martin Scorsese - O Lobo de Hollywood’ de Robledo Milani.
Apresentação
O diretor, roteirista, ator e produtor Martin Scorsese é vencedor de um Oscar, três Globos de Ouro, dois prêmios BAFTA, um Emmy Primetime e o Directors Guild of America. Em 1987 foi condecorado com a Legião de Honra francesa.
Os filmes de Scorsese costumam abordar os temas da vida dos ítalos-americanos e os conceitos de culpa e redenção católica, machismo e violência na sociedade norte-americana. Ele também é conhecido por seu amor à Música, a qual dedicou alguns de seus filmes (No Direction Home, sobre Bob Dylan, e Shine a Light, sobre os Rolling Stones).
Scorsese é amplamente considerado um dos diretores mais influentes em atividade. Após várias indicações ao longo de sua carreira, finalmente ele ganhou o Oscar de Melhor Diretor por seu filme Os Infiltrados, que também recebeu o prêmio de Melhor Filme no Oscar de 2007. O prêmio foi entregue pelo trio de grandes amigos da mesma geração: Francis Ford Coppola, George Lucas e Steven Spielberg. Em janeiro de 2010 Martin Scorsese foi agraciado com o prêmio honorário "Cecil B. DeMille" na premiação do Globo de Ouro, por sua excepcional contribuição para o campo do entretenimento. Scorsese atualmente é também presidente da Film Foundation, uma fundação sem fins lucrativos, dedicada à preservação de material fílmico em deterioração.
Ministrante: Robledo Milani
Crítico de cinema, editor-chefe do site Papo de Cinema. É vice-presidente da ACCIRS – Associação dos Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul – e membro-fundador da ABRACCINE – Associação Brasileira dos Críticos de Cinema. Frequenta regularmente todos os principais festivais de cinema do país, tendo sido membro de júris em Gramado, Recife, Fortaleza e Porto Alegre, entre outros. Foi criador e diretor do “Programa de Cinema”, da antiga TVCOM, comentarista da Rádio Itapema e colaborador de revistas como Aplauso e Júnior. Já ministrou os cursos “O Fantástico Cinema de Steven Spielberg” (2011), “Marilyn Monroe: Mito Eterno” (2012), “Tim Burton: O Poeta das Sombras” (2014) e “Francis Ford Coppola: O Apocalypse do Chefão” (2015) pela Cine UM.
Curso: Martin Scorsese - O Lobo de Hollywood, de Robledo Milani
Datas: 29 e 30 / Abril (sábado e domingo)
Horário: 14h às 17h
Duração: 2 encontros presenciais (6 horas / aula)
Local: Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)
Investimento: R$ 85,00
* Desconto para pagamento por depósito bancário:
a) R$ 70,00 (para as primeiras 10 inscrições)
b) R$ 80,00 (demais inscrições)
Formas de pagamento: Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro)
Material: Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)
Informações: cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 99320-2714
Inscrições: www.cinemacineum.blogspot.com.br
Realização: Cine UM Produtora Cultural
Fonte: Cine UM Produtora Cultural.
quarta-feira, 12 de abril de 2017
Programação ‘Cinemateca Paulo Amorim – Espaço Banrisul de Cinema’.
CINEMATECA PAULO AMORIM – ESPAÇO BANRISUL DE CINEMA, PROGRAMAÇÃO DE 13 A 19 DE ABRIL DE 2017
SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES
SALA PAULO AMORIM
SOUVENIR (Souvenir - França, 2017, 90min). Direção de Bavo Defurne, com Isabelle Huppert, Kévin Azaïs, Johan Leysen. Pandora Filmes, 14 anos. Comédia dramática.
Sinopse: Liliane tem um emprego rotineiro em uma fábrica de alimentos. Mas Jean, um novo funcionário, descobre o seu segredo: ela já foi uma cantora famosa chamada Laura, revelada em um concurso popular nos anos 1970. Laura era a mulher dos sonhos de muita gente e o jovem fã vai fazer de tudo para que ela volte aos palcos.
Sessões: 15h15min
FATIMA (Fatima - França, 2017, 80min). Direção de Philippe Faucon, com Soria Zeroual, Zita Hanrot, Kenza Noah Aïche. Imovision, 12 anos. Drama.
Sinopse: Fatima mora na França e cria sozinha suas duas filhas: Souad, de 15 anos, e Nesrine, de 18. Nascida na Argélia, Fatima fala muito mal o francês, condição que só lhe permite trabalhar como faxineira. Isso também dificulta a sua relação com as filhas, que fazem o possível para se integrar à sociedade onde vivem. O longa traz um olhar sensível sobre a condição feminina e a questão dos imigrantes na Europa.
Sessões: 17h15min
OS BELOS DIAS DE ARANJUEZ (Les Beaux Jours d'Aranjuez - França/Alemanha, 100min, 2017). Direção de Wim Wenders, com Reda Kateb, Sophie Semin, Jens Harzer. Imovision, 14 anos. Drama.
Sinopse: Baseado na peça teatral do mesmo nome, de autoria de Peter Hanke, o longa acompanha o encontro entre um casal que conversa sobre temas diversos, das lembranças de infância às viagens, do sexo à filosofia. Mas tudo, na verdade, é fruto da imaginação de um escritor alemão, que prepara seu novo livro.
Sessões: 19h
SALA EDUARDO HIRTZ
ESTREIA: NOJOOM - 10 ANOS, DIVORCIADA (Nojoom - Iemen, 95min, 2017). Direção de Khadija al-Salami, com Reham Mohammed. Esfera Filmes, 10 anos. Drama.
Sinopse: O filme é baseado na história real da menina Nujood Ali, que pediu o divórcio aos dez anos. O casamento de meninas ainda crianças é algo comum e aceito no Iêmen - mas este caso chocou o mundo por causa das brutalidades do marido. Com o auxílio da jornalista francesa Delphine Minoui, a jovem transformou sua experiência em livro - agora transposto para a tela grande por uma das primeiras mulheres a fazer cinema no Iêmen.
Sessões: 15h30min e 19h30min
GAGA - O AMOR PELA DANÇA (Mr. Gaga - Israel-Alemanha-Holanda, 2017, 100min). Documentário de Tomer Heymann. Vitrine Filmes, Livre.
Sinopse: Ohad Naharin, mais conhecido como Mr. Gaga, é diretor artístico da Batsheva Dance Company. O filme mergulha no processo criativo do artista de 60 anos, considerado um dos coreógrafos mais importantes do mundo e responsável pela redefinição da linguagem da dança contemporânea. O projeto durou oito anos e mistura ensaios e sequências de dança impressionantes.
Sessões: 17h30min
SALA NORBERTO LUBISCO
MARGUERITE & JULIEN - UM AMOR PROIBIDO (Marguerite & Julien - França, 105min, 2017). De Valérie Donzelli, com Anaïs Demoustier, Jérémie Elkaïm. Mares Filmes, 16 anos. Drama.
Sinopse: A trama mistura elementos antigos e contemporâneos para abordar um amor proibido, no melhor estilo “Romeu e Julieta”. Marguerite e Julien são irmãos e praticamente apaixonados um pelo outro. Na infância, seu pai, o senhor de Tourlainville, resolve separá-los para evitar o pior. Mas nem mesmo o passar dos anos consegue apagar o que existe entre os dois.
Sessões: 15h
TRAVESSIA (Brasil, 90min, 2017). Direção de João Gabriel, com Chico Diaz, Caio Castro, Camilla Camargo. O2 Play Filmes, 16 anos. Drama.
Sinopse: Roberto é pai de Julio e ambos vivem dias difíceis por causa da morte da mãe. O relacionamento entre os dois, que já era complicado, se torna cada vez mais distante. Enquanto Roberto busca alento na bebida, Julio se envolve com o tráfico de drogas. Mas um atropelamento inesperado vai mudar a vida de pai e filho. O filme foi o vencedor do 10º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro.
Sessões: 17h
COMO VOCÊ É (As You Are - EUA, 2016, 100min). Direção de Miles Joris-Peyrafitte, com Owen Campbell, Charlie Heaton, Amandla Stenberg. Supo Mungam Filmes, 16 anos. Drama.
Sinopse: Os conflitos do universo adolescente são a tônica da trama, ambientada nos anos 1990 em uma cidade suburbana dos Estados Unidos. Jack é um jovem solitário que vive com a mãe, mas tudo muda no dia em que ela se casa com um novo namorado, que também tem um filho adolescente. Apesar de terem temperamentos opostos, Jack e Mark se entendem bem e formam um trio com Sarah, uma garota do bairro. Eles se tornam inseparáveis até o dia em que alguns segredos vem à tona.
Sessões: 19h
PREÇOS DOS INGRESSOS:
TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS).
SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS).
CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES.
ESTUDANTES DEVEM APRESENTAR CARTEIRA DE IDENTIDADE ESTUDANTIL. OUTROS CASOS: CONFORME LEI FEDERAL Nº 12.933/2013.
A MEIA-ENTRADA NÃO É VÁLIDA EM FESTIVAIS, MOSTRAS E PROJETOS QUE TENHAM INGRESSO PROMOCIONAL. OS DESCONTOS NÃO SÃO CUMULATIVOS.
Cinemateca Paulo Amorim
Rua dos Andradas, 736 - Porto Alegre RS
Fone (51) 3226-5787
Fonte: Programação e divulgação da Cinemateca Paulo Amorim, através de Mônica Kanitz.
terça-feira, 11 de abril de 2017
Philos exibe “Hitchcock e Truffaut” no Estação NET Botafogo.
Segunda edição da Sessão Philos, dia 18, convida os especialistas Dodô Azevedo e Carla Meneghini
No dia 18, o Philos, canal on demand da Globosat, promove mais um encontro com exibição de documentário do acervo, às 21h, seguida de conversa com convidados especiais, no Circuito Estação NET de Cinema. A segunda edição da Sessão Philos, no Estação NET Botafogo, apresenta o documentário “Hitchcock e Truffaut”, com entrevistas dos renomados cineastas no estúdio da Universal, em 1962. Foram convidados o DJ e também cineasta Dodô Azevedo e a jornalista Carla Meneghini para falar sobre a trajetória do mestre do suspense Alfred Hitchcock e François Truffaut, um dos fundadores da Nouvelle Vague – movimento artístico que revolucionou a forma de produzir filmes.
Os interessados devem retirar o ingresso na bilheteria, uma hora antes de cada sessão. A entrada é gratuita e a sala está sujeita à lotação do espaço. As próximas edições acontecem em maio e junho. Confira a programação:
Programação
18 de abril
Hitchcock e Truffaut
Convidados: Cineasta Dodô Azevedo e jornalista Carla Meneghini
Local: Estação NET Botafogo
Endereço: Rua Voluntários da Pátria, 88 - Botafogo
16 de maio
Bansky ocupa Nova York
Convidados: Pesquisador Marco Antonio Teobaldo e o coletivo Nata Família
Local: Estação NET Rio
Endereço: Rua Voluntários da Pátria, 35 – Botafogo
Sinopse: O filme apresenta “31 obras de arte em 31 dias”, trabalho realizado pelo britânico Banksy em Nova York, que usa sua arte para tratar temas polêmicos como a guerra do Iraque e a hipocrisia da arte moderna.
20 de junho
A Vida e Obra de Frida Kahlo I
Convidada: Vanessa de Oliveira, mestre em teatro pela UNIRIO
Local: Estação NET Ipanema
Endereço: Rua Visconde de Pirajá, 605 - Ipanema
Sinopse: Com direção de Amy Stechler, a produção explora a trajetória da artista emblemática da cultura mexicana, Frida Kahlo, considerada uma mulher à frente de seu tempo e um dos grandes nomes do feminismo por sua postura revolucionária, movida por suas dores e paixões, que inovou o mundo da arte.
Sobre o Philos
Criado pela Globosat, o Philos não é um canal tradicional. Com um vasto acervo que reúne os melhores documentários e espetáculos inesquecíveis, Philos está disponível no modelo de subscription video on demand (SVOD), em que o espectador escolhe o momento e o conteúdo que deseja assistir, quantas vezes quiser, por meio de uma assinatura. Com produções de altíssima qualidade, Philos reúne documentários sobre arte, ciência, história, atualidades, música, povos e culturas; debates e entrevistas; e espetáculos de dança e música – tudo em alta definição (HD).
Fonte: Agência Approach, através de Marina Mendes.
segunda-feira, 10 de abril de 2017
Crítica: Fragmentado, através de Marcelo Castro Moraes.
Fonte: www.google.com.br/imagens
Acompanhamos a história de Kevin (James McAvoy, espetacular), um rapaz atormentado, que decide sequestrar a jovem Casey Cooke (Anya Taylor-Joy, do filme A Bruxa) e suas duas amigas num estacionamento. Quando acordam, elas se encontram numa espécie de porão, onde há somente uma porta. Para piorar, Kevin possui 23 personalidades diferentes, das quais comandam o seu corpo e correndo o sério risco de haver uma 24ª ainda desconhecida e muito perigosa.
Após a apresentação dos personagens, Shyamalan não tem pressa em nos dizer o que realmente está acontecendo na tela, mas sim usando charadas através da sua câmera e criando assim inúmeras possibilidades sobre o que realmente está acontecendo na história. Só começamos a ter uma base da situação quando conhecemos, não só as outras personalidades de Kevin, como também a outra peça-chave desse tabuleiro, que é a psiquiatra Karen Fletche (Betty Buckley, do clássico Carrie: A Estranha), que cuida de Kevin, mas o analisa não só para ajudá-lo, como também para estudar os significados da mente humana e seus mistérios. Mais do que um filme de suspense, Shyamalan cria um verdadeiro mosaico de significados e teorias sobre a mente do ser humano e fazendo a gente se perguntar até onde ela começa, e quando ela termina. Tanto o sequestrador, quanto a sequestrada são vitimas de abusos desde cedo, mas tendo consequências distintas se comparado ambos os casos.
James McAvoy nos brinda aqui com o melhor desempenho de toda a sua carreira, pois a sua interpretação é tão intensa e assombrosa que, por um momento, acreditamos que ele está trocando realmente de personalidade em cena. Sabendo do potencial que tem em mãos, Shyamalan não desgruda a câmera do rosto do ator e captando todas as mudanças faciais no momento da transição de uma personalidade para a outra do personagem: o plano-sequência em que Kevin se encontra em uma sessão com a psiquiatra e ocorrendo então a mudança de personalidade é desde já um dos melhores momentos do filme. Embora não seja um falso documentário, assim como foi apresentado no filme A Visita, Shyamalan pegou gosto em focar os rostos dos protagonistas durante vários minutos e registrando cada momento de mudança de comportamento deles. Embora o personagem de McAvoy seja o foco principal neste quesito, a veterana atriz Betty Buckley não fica muito atrás, já que o cineasta registra toda a ambiguidade da qual a sua personagem transmite para nós e fazendo a gente se perguntar quais os motivos dela querer ajudar Kevin a fundo, mesmo correndo sério risco de vida. As sequências de ambos em cena é sempre um deleite, não só pelo fato do extraordinário desempenho McAvoy, mas também pelo fato de Betty Buckley não ficar muito atrás no domínio de cena.
Fragmentado, não só é um dos melhores filmes de M. Night Shyamalan, como também é uma aula de como se deve ser feito os filmes atualmente, já que muitos são lançados com grandes expectativas, mas a maioria ficando sempre só na promessa.
Trailer
Fonte: www.youtube.com
Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.
domingo, 9 de abril de 2017
Crítica: Era o Hotel Cambridge, através de Marcelo Castro Moraes.
Fonte: www.google.com.br/imagens
Dirigido pela cineasta Eliane Caffé (Narradores de Javé), a trama retrata o dia a dia do movimento FLM (Frente de Luta pela Moradia) que ajuda abrigar um grupo sem teto e refugiados de outros países num velho edifício abandonado. Além de assistirmos o dia a dia de alguns personagens que moram na ocupação, acompanhamos também a aflição de muitos, pois eles receberam a noticia que precisam se retirar do local por ordem do governo. Segue então a união e luta dessas pessoas perante o inevitável e tentando de todas as formas não cederem perante a opressão. Uma vez apresentado o cenário dos eventos que irão acontecer no decorrer do filme, a câmera de Caffé segue andando pelos corredores do prédio, como uma espécie de registro documental e para então termos a chance de fazermos uma analise sobre o que acontece nessa ocupação. Uma vez que os moradores reais dividem espaço com atores em cena, se apresenta então inúmeras subtramas, mas das quais cada um passa uma verossimilhança convidativa e da qual a gente se identifica com ela, mesmo para aqueles que nunca tenham passado numa situação parecida. Nada é forçado, mas sim convidativo, como se a câmera de Caffé fosse os nossos olhos, para então adentrarmos todos juntos nesse mundo pouco explorado pelos principais meios de comunicação.
No elenco, José Dumont, Suely Franco e Paulo Américo estão ótimos em seus respectivos papeis, bem como os amadores saídos de oficinas com moradores, como Carmem Lucia, líder do MSTC, sendo ela mesma na trama. Aliás, Lucia é que realmente rouba a cena do filme, pois ela é a principal voz da daquela comunidade, da qual necessita de uma força para seguirem em frente e não desistir perante os obstáculos que virão a seguir. É de se impressionar, por exemplo, a cena em que ela conduz inúmeros moradores para o prédio antes da policia chegar, sendo uma sequência na qual ficamos nos perguntando se ela é fictícia ou verídica, já que não é muito diferente do que ela já enfrentou em sua cruzada, em defesa dessas pessoas.
O ato final nos reserva pura tensão, já que ele começa com um determinado personagem principal lendo os comentários intolerantes pela internet contra as ocupações, para logo depois testemunharmos a policia de São Paulo armada até os dentes e indo contra os moradores. O filme não poupa críticas contra o sistema, no qual cada vez mais se vende ao mundo capitalista e fazendo do socialista uma espécie de inimigo número um do estado. Devido a isso, temos cenas aterradoras de policiais disparando bombas de gás contra pessoas desarmadas. Essa sequência é desde já o ápice do filme, já que ela é uma síntese da imagem da força policial opressora, na qual é comandada pelo estado da direita atual.
Com cenas finais esperançosas, nas quais mostram as bandeiras do movimento FLM nos inúmeros prédios ocupados na cidade de São Paulo, Era o Hotel Cambridge é um filme sobre a resistência do Brasil de hoje.
Trailer
Fonte: www.youtube.com
Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.
sexta-feira, 7 de abril de 2017
Documentário 'Central' Entra na Segunda Semana de Exibição nos Cinemas.
Além de Porto Alegre e Caxias do Sul, o filme entra em cartaz em Santa Cruz do Sul. São Paulo e Rio de Janeiro seguem na programação
Com grande repercussão na mídia local e nacional, o documentário, que revela de dentro das celas a realidade nua e crua do pior presídio do Brasil e também da América Latina - o Presídio Central -, segue em cartaz nas principais cidades do país. Com sessões lotadas em Porto Alegre e com grande aceitação por parte do público nas demais cidades, o filme, dirigido por Tatiana Sager e com codireção de Renato Dornelles, é unanimidade entre os críticos como um documentário impactante que revela com qualidade a dimensão das disputas de poder entre as facções dentro da cadeia e a realidade de superlotação e vulnerabilidade social em que são submetidos os detentos. Para muitos jornalistas e para o público em geral, Central é um filme necessário para entender o caos do sistema carcerário no Brasil e a onda de violência e criminalidade das principais cidades brasileiras.
O documentário traz à tona, além da narrativa vista sob a ótica dos diretores, o olhar dos próprios presos sobre a realidade em que vivem. Com câmeras nas mãos, os presos captaram imagens diretamente nas galerias, onde nem mesmo a polícia tem acesso. O filme mostra a vida como ela é dentro de celas superlotadas, sem higiene e com uso liberado de todos os tipos de drogas.
Tatiana Sager, jornalista e fotógrafa há mais de 20 anos, permaneceu durante 70 dias dentro do Presídio Central de Porto Alegre, após uma negociação tensa com os apenados, e registrou o cotidiano por trás das grades e testemunhou o sistema de organização dos presos, que hoje vivem divididos em galerias por conta da superlotação da cadeia. Para mostrar as cenas do interior do Central, em especial as registradas pelos próprios detentos, Sager cumpriu uma negociação de três anos com autoridades, advogados e os chamados 'plantões' das galerias, presos que possuem um status de prefeito e que comandam tudo o que pode ser feito pelos apenados de cada facção.
O documentário é inspirado no livro Falange Gaúcha - a história do Crime Organizado no RS, de Dornelles, que aborda a dimensão das disputas de poder entre as facções, os conceitos de violência simbólica e econômica, segregação e vulnerabilidade social e, ao mesmo tempo, os conceitos de vingança privada, universidade do crime e o senso comum, expresso no ditado popular “bandido bom é bandido morto!”. O filme também dialoga sobre a questão da segurança pública, um dos principais temas em debate no país. Entender a lógica do encarceramento em massa é mergulhar na história de um Brasil pouco conhecido, em que o Estado atua na contramão da própria reconquista da liberdade e ressocialização dos cidadãos infratores.
A partir de depoimentos de policiais militares, autoridades, como o juiz Sidinei Brzuska, da Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre, o promotor de Justiça Gilmar Bortolotto, e o sociólogo Marcos Rolim, familiares e presos, o filme também desnuda as diversas faces de uma mesma história, procurando expressar a autenticidade de um mundo que corre à margem, mas que está absolutamente integrado à nossa estrutura social.
Premiações
O documentário recebeu os prêmios de Melhor Documentário de Língua Portuguesa no FESTin - Portugal (2016), de Melhor Documentário no 33° Prêmio Nacional dos Direitos Humanos de Jornalismo (2016) e de Finalização FAC-RS (2014). Além de ter participado da seleção oficial do Florianópolis Audiovisual do Mercosul (FAM), em Santa Catariana (2016), e do DocMontevideo, no Uruguai (2016), da Mostra Panorama do Festival Visões Periféricas, no Rio de Janeiro (2016) e da Mostra Gaúcha do Festival de Cinema de Gramado, no RS (2016).
Críticas
DAVID COIMBRA | JORNALISTA RBS
“Eu acho que talvez esse seja o filme mais importante que tenha sido feito no Rio Grande do Sul em todos os tempos.”
JUAREZ FONSECA | JORNALISTA E CRÍTICO CULTURAL
"O filme é um claro aviso de que estamos chegando a um ponto de não-retorno se alguma atitude não for tomada com urgência pelas autoridades."
MARCELO JANOT | O GLOBO
"Os presídios brasileiros se assemelham a masmorras medievais onde o principal objetivo é a punição e a vingança, se transformando em fábricas de bandidos."
CACO BARCELLOS | JORNALISTA
“O filme é um documento histórico. Algum dia, lá no futuro, as novas gerações não vão acreditar que isso possa ter ocorrido em um país chamado Brasil.”
Ficha técnica
Direção: Tatiana Sager
Codireção: Renato Dornelles
Produção: Beto Rodrigues e Tatiana Sager
Produção Executiva: Beto Rodrigues e Raquel Sager
Roteiro: Tatiana Sager, Renato Dornelles e Luca Alverdi
Direção de Fotografia: Pedro Rocha
Trilha Sonora Original: Everton Rodrigues
Montagem: Luca Alverdi e Ricardo Zauza
Desenho de Som e Mixagem: André Sittoni
Idade Indicativa: 14 anos
Trailer
Fonte: Paola Rodrigues - Distribuição | Panda Filmes.
Assinar:
Postagens (Atom)