segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Dia 11 de fevereiro, às 19h, teremos sessão do projeto Cinemas em Rede.

No dia 11 de fevereiro, às 19h, teremos sessão do projeto Cinemas em Rede. Quatro cidades participam do projeto Cinemas em Rede, coordenado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP): São Paulo – Cinemateca Brasileira, CINUSP e Escola de Comunicações e Artes (ECA); Salvador – Sala de Arte Cinema da Universidade Federal da Bahia (UFBA); Porto Alegre – Sala Redenção – Cinema Universitário (UFRGS); e, em Recife, na Fundação Joaquim Nabuco. Uma das possibilidades do projeto é compartilhar conteúdos, mostras e ciclos em tempo real, entre estes pontos de cinema. Em fevereiro, a Escola de Comunicações e Artes (ECA) compartilha a exibição do filme O som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho. O Projeto Cinemas em Rede é uma parceria entre os Ministérios da Cultura (MinC) e de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).


O QUÊ: Sessão Cinemas em Rede

QUANDO: 11 de fevereiro, às 19h

ONDE: Sala Redenção – Cinema Universitário (Rua Eng. Luiz Englert, s/n. Campus Central da UFRGS

QUANTO: Entrada Franca


Programação:




O Som ao Redor, que marca a estreia do cineasta Kleber Mendonça Filho no longa metragem de ficção, teve seu lançamento mundial na mostra competitiva - Tiger Competition - do Festival Internacional de Cinema de Roterdã, (25 de janeiro a 5 de fevereiro 2012) onde conquistou o prêmio de melhor filme escolhido pela FIPRESCI (Federação Internacional dos Críticos de Cinema). Também levou o FIPRESCI no New Horizons na Polônia e foi escolhido melhor filme no CPH PIX (Copenhague, Dinamarca) e no Cinema City na Sérvia. Ainda foi exibido em importantes mostras como Locarno (Suíça), Sydney (Austrália) Viennale (Áustria), BFI London Film Festival (Inglaterra) e Vancouver (Canadá). Já circulou em sessões por diversos países como Holanda, EUA, Dinamarca, Austrália, Nova Zelândia, Sérvia, Polônia, Suíça, Portugal, Lituânia, Inglaterra, Canadá, Índia e Áustria. Vai passar ainda por Espanha, França, Alemanha, Taiwan e Suécia. Está em cartaz nos circuitos americano e holandês e deve ser lançado nos cinemas da Polônia e de Portugal. Por onde passou, impressionou crítica e público arrancando elogios.

No Brasil, o filme recebeu além dos prêmios de Melhor Filme na 36ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (Prêmio Itamaraty) e no 8º Panorama Coisa de Cinema, de Salvador (BA), os prêmios de Melhor Filme e Melhor Roteiro no Festival do Rio e quatro Kikitos no Festival de Gramado: Melhor som, Melhor Filme (Crítica), Melhor Filme (Público) e Melhor Diretor.

O filme tem como cenário uma rua de classe média na zona sul do Recife onde a maior parte dos imóveis pertence a uma mesma família. Nesse espaço, o patriarca (WJ Solha) é um senhor de engenho urbano que irá abrir espaço para a chegada de um homem carismático (Irandhir Santos) que vem oferecer serviços privados de segurança aos moradores.

Kleber Mendonça Filho acredita que "o filme registra um momento específico de desenvolvimento no estado de Pernambuco, onde muita coisa muda e avança, para tantas outras permanecerem iguais, regidas pela tradição e carga históricas. É também um filme sobre a relação que temos como cidadãos com espaços públicos e espaços privados", tema já observado pelo cineasta em filmes anteriores como Enjaulado (1997), Eletrodoméstica (2005) e Recife Frio (2009).

O Som ao Redor chega depois de seis curtas metragens escritos e realizados pelo cineasta Kleber Mendonça Filho - Enjaulado (1997), A Menina do Algodão (em parceria com Daniel Bandeira, 2003), Vinil Verde (2004), Eletrodoméstica (2005), Noite de Sexta Manhã de Sábado (2006), Recife Frio (2009) - e um documentário de longa-metragem (Crítico, 2007, 75'), onde a experiência de observar o cinema como crítico foi registrada ao longo de oito anos.

O Som ao Redor foi rodado em julho e agosto de 2010, durante 6 semanas e 3 dias, em locações na cidade do Recife e Zona da Mata de Pernambuco. O processo de montagem transcorreu entre outubro de 2010 e dezembro de 2011.

Com um orçamento de um milhão e oitocentos mil reais (incluindo pós-produção), o roteiro original foi escrito em 2008. No ano seguinte, o próprio Festival de Roterdã premiou o desenvolvimento do roteiro com o fundo Hubert Bals e uma nova versão foi selecionada para o prêmio de produção no edital do MinC. Logo depois, a Petrobras premiou o mesmo roteiro, assim como o Funcultura do Governo de Pernambuco.

O filme conta com um elenco majoritariamente pernambucano, mesclando atores profissionais e não profissionais. Entre os profissionais, destacamos Irandhir Santos (Amigos de Risco, Viajo Porque Preciso Volto Porque Te Amo, Tropa de Elite 2, Febre do Rato), Maeve Jinkings (Falsa Loura, Era Uma Vez Verônica, novo filme de Marcelo Gomes ,Boa Sorte Meu Amor, primeiro longa do pernambucano Daniel Aragão), W.J. Solha (A Canga, Era Uma Vez Verônica), Clebia Sousa (que acaba de filmar Tatuagem, de Hilton Lacerda) e Gustavo Jahn, também cineasta e que protagonizou Os Residentes. Entre os não profissionais, Lula Terra, Clara Oliveira, Felipe Bandeira e Irma Brown.


SINOPSE




A vida numa rua de classe-média na zona sul do Recife toma um rumo inesperado após a chegada de uma milícia que oferece a paz de espírito da segurança particular. A presença desses homens traz tranquilidade para alguns, e tensão para outros, numa comunidade que parece temer muita coisa. Enquanto isso, Bia, casada e mãe de duas crianças, precisa achar uma maneira de lidar com os latidos constantes do cão de seu vizinho. Uma crônica brasileira, uma reflexão sobre história, violência e barulho.

Trailer

Fonte: www.youtube.com


Fonte: Departamento de Difusão Cultural da UFRGS, através de Tânia Cardoso de Cardoso.

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