O diretor dessa nova versão do Clássico “Os Três Mosqueteiros” não poderia ser ninguém mais, ninguém menos que Paul W. S. Anderson, um dos pilares das adaptações e refilmagens da Hollywood atual, e entre suas autorias, estão filmes como: Mortal Kombat (1995), Resident Evil – O Hospedeiro Maldito (2002) e Alien vs. Predador (2004). Como a proposta dessa nova versão é trazer a obra de Dumas para um conceito de dinamismo desenfreado, sequências de ação modernas, estilização hiperbólica e “licenças poéticas” das mais desvairadas para com o texto original, prontamente Anderson se dedicou à empreitada. E o diretor até que não faz feio em alguns momentos. Olhando pelo ângulo do entretenimento, as sequências de ação são realmente muito bem feitas, ágeis sem serem confusas e com alguns bons enquadramentos, destaque para os quatro mosqueteiros enfrentando 40 guardas do cardeal e a batalha final no telhado. Mas em outros momentos, é mais importante ficar bonito na tela do que fazer sentido, caso dos tais barcos dirigíveis e as lutas em um estilo frenético, como se o excesso de roupa não fizesse diferença alguma. Porém, a culpa não é do diretor. Ao menos não por completo, já que ele ainda cria algumas sequências que desafiam as leias da física, contudo, ainda temos o roteiro e nele há um péssimo texto. Pouco importa a construção dos personagens, desde que eles estejam prontos para lutar, explodir, voar e soltar frases de efeito.
A trama é desnecessariamente confusa, há a vontade de contar uma história atrelada à necessidade de entreter, o que culmina em uma montagem que aborda a narrativa no mesmo ritmo da ação. Ou seja, precisamos entender quem é quem e quem está buscando o quê, enquanto explosões e duelos de espada acontecem.
Por um lado é divertido (a ação), mas por outro é terrivelmente enfadonho e frustrante (a trama). Sem contar que há uma necessidade maior ainda, a de criar uma nova franquia. Por isso, esqueça a ideia de ver um filme redondo, fechado, sem arestas, pois elas estão lá e devem permanecer onde estão para darem vazão a uma possível sequência.
Trailer
Fonte: www.youtube.com
Fonte: http://cinema.uol.com.br e http://ocapacitor.uol.com.br
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