terça-feira, 12 de março de 2013

COMPOSITOR BRASILEIRO DESCONHECIDO FAZ TRILHA SONORA PARA PRODUÇÃO CINEMATOGRÁFICA AMERICANA.




Há um ano e meio DANIEL RAMALHO decidiu passar a compor suas próprias músicas como forma de aliviar a tensão do dia-a-dia. Foi após descobrir que se tornara diabético que passou a procurar atividades que lhe trouxessem mais prazer, e o compositor – com passagens pela atuação teatral, o jornalismo, a educação e a autoria e direção de peças teatrais – reacendeu a paixão de sua infância, a música, passando a postar seus trabalhos nas redes sociais e, em menos de quatro meses, obteve mais de dois mil acessos ao site onde registra suas composições.

Em um desses acasos da vida, Linda Byrne, talentosa cantora irlandesa, teve acesso à sua obra e ficou impressionada com o que escutou. Imediatamente os dois passaram a corresponder-se, sem nunca terem sido apresentados pessoalmente. Byrne escreveu a Jeff Monahan, diretor de cinema norte-americano, recomendando-o como um compositor eclético que poderia se encaixar em alguma de suas produções.

Alguns meses depois, logo após uma de suas músicas conquistar o primeiro lugar no voto popular e terminar em quinto lugar com o voto dos especialistas no Game Music Brasil 2012 na categoria Trilha Sonora do jogo Taikodom, Ramalho recebeu o convite de Monahan, que conheceu suas composições pela internet, para fazer a trilha do filme CORPSING.

Até então, havia apenas um ano que o artista começara a compor suas primeiras peças: “Deu um friozinho na barriga. Não acreditava que as coisas estavam acontecendo tão rápido para mim. No princípio foi realmente apavorante saber que minha primeira experiência profissional com trilhas seria justamente num longa metragem. Sendo ele americano aumentava ainda mais a tensão, pois sabia que estaria representando a ótima reputação da música brasileira”, conta Ramalho.

Desafio aceito foram três meses de trabalho incessante: “Recebi o briefing de um filme de terror, mas para minha surpresa, ao vê-lo, notei que se tratava de uma incrível história de amor. Um amor tenebroso, alucinante e assustador, mas com todas as características que compõem as mais lindas Love Stories. A partir deste momento percebi que poderia usar toda a minha criatividade para criar a trilha da estória escrita pelo Jeff”, comenta o compositor. “Desde o princípio, o diretor e escritor se mostrou bastante disposto a dar-me toda a liberdade para criar aquilo que em minha opinião fosse o melhor para cada cena. Ele me deu várias dicas de músicas e compositores com a sonoridade que ele esperava que CORPSING deve-se ter. A partir daí, passei a criar de acordo com aquilo que entendi de suas mensagens”, complementa o artista do Rio de Janeiro.

O resultado da “sonoridade CORPSING” é a mistura de uma ambientação tensa, clássica de filmes de terror, aliada a ritmos como o tango, o rock, trance e inclusive uma valsa, que a princípio podem parecer completamente antagônicos e até impossíveis de se escutar no mesmo filme, porém Monahan aprovou tudo com entusiasmo: “Ele (Daniel Ramalho) pegou cada sugestão de estilo, características e inspirações que lhe dei, acrescentou as suas próprias, e criou uma trilha colossal que me fez, bem como toda a equipe técnica de pós produção, literalmente aplaudir”, entusiasma-se o diretor e criador de CORPSING que ainda pretende trabalhar com Ramalho em outros projetos. “Fazer filmes trata-se de encontrar uma equipe com a qual se quer trabalhar várias vezes. Tenho vários projetos alinhando-se em vários gêneros: western, terror, suspense, comédia. E minha primeira opção para compor a trilha de todos eles será sempre o Daniel”, reconhece Monahan referindo-se ao talento desse novo compositor de 38 anos de idade.

Parece que a sorte sorriu para Ramalho, que gostou muito da experiência de trabalhar com Jeff Monahan. “Não vejo a hora de ver o trabalho final de CORPSING e de trabalhar em outros projetos com o Jeff. Durante meu processo de criação, trocamos muitas ideias, descobrimos várias afinidades artísticas, o que influenciou muito no resultado final da música de CORPSING. Esse respeito mútuo gerou muitos e-mails divertidos e descontraídos, o que me deu grande liberdade de criação, e tenho certeza de que esse ótimo convívio, ainda que a quilômetros de distância, se refletiu positivamente em meu trabalho”, constata o músico.

Daniel Ramalho não pretende criar trilhas sonoras apenas para o cinema estrangeiro. O compositor também mira o mercado nacional: “A primeira oportunidade foi um presente que veio dos Estados Unidos, mas tenho muito o que trabalhar ainda e espero poder contar com oportunidades aqui no Brasil, terra que tanto amo e da qual muito me orgulho. Adoro compor músicas breves para teasers, publicidade, games. Onde houver um espaço para a música, estarei lá. Para isso, basta que me peçam. O Jeff se arriscou sem nem me conhecer pessoalmente e gostou do resultado. Tomara que aqui apareça alguém corajoso como ele” (Risos).

Acompanhe! Trailer de CORPSING

Fonte: www.youtube.com

Contatos e informações:

andypupi@gmail.com

Blog: http://www.danielgramalho.wordpress.com

Facebook: http://www.facebook.com/DanielRamalhoMusic

Soundcloud: http://soundcloud.com/daniel-ramalho

Twitter: http://www.twitter.com/danielgramalho

MusicasRegistradas.com: http://www.musicasregistradas.com/perfil/danielramalho


Fonte: MARÍA ANDREA PUPI.

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