Pela primeira vez no Brasil, salas de cinema não comerciais exibem filmes e curtas por meio da internet de alta capacidade. Quatro cidades participam do projeto Cinemas em Rede, coordenado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP): São Paulo – Cinemateca Brasileira, CINUSP e Escola de Comunicações e Artes (ECA); Salvador – Sala de Arte da Universidade Federal da Bahia (UFBA); Porto Alegre – Sala Redenção – Cinema Universitário (UFRGS); e em Recife, na Fundação Joaquim Nabuco. Uma das possibilidades do projeto é compartilhar conteúdos, mostras e ciclos em tempo real, entre estes pontos de cinema. Em agosto tivemos a primeira sessão, com curtas-metragens que foram compartilhados pelos pontos, sendo uma programação coletiva. No mês de setembro, teremos a oportunidade de participar da Mostra 300 anos de Cinema, que acontece na Cinemateca Brasileira. Uma das sessões da mostra será compartilhada pelos Cinemas em Rede, oferecendo ao público das quatro cidades a possibilidade de assistir a um dos filmes programados. Exibir em tempo real uma das sessões da mostra é apenas uma das possibilidades do Projeto Cinemas em Rede. Várias outras possibilidades de interação e compartilhamento estão sendo pensadas para breve. O Projeto Cinemas em Rede – uma parceria entre os Ministérios da Cultura (MinC) e de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).
300 anos de cinema
300 anos de cinema reúne momentos da história da sétima arte para compor novas constelações cinematográficas: cinema antigo / moderno / clássico / de vanguarda / sonoro / falado / calado / mudo / gritado / vociferado / pulsante / vivo e em transformação constante na sua relação com as artes, com o teatro, o circo, a música e as artes plásticas. Da lanterna mágica ao cinema digital, do teatro à performance, do circo à vanguarda. Obras fundamentais da história do cinema, restauradas e preservadas pela Cinemateca Brasileira. Na sessão compartilhada pelo projeto Cinemas em Rede, será exibido o premiado A Morte Comanda o Cangaço, realizado em 1960 e restaurado digitalmente pela Cinemateca Brasileira em 2012.
A exibição será realizada na Sala BNDES/Cinemateca, em 10 de setembro, às 19 horas em conjunto com os demais participantes da rede Cipê: ECA/USP (São Paulo), Fundação Joaquim Nabuco (Recife), UFBA (Salvador) e Sala Redenção Cinema - Universitário (UFRGS - Porto Alegre).
A morte comanda o cangaço (Brasil, 1960, 108 min) dir. Carlos Coimbra
10 de setembro – 3ª feira – 19h
Raimundo Vieira (Ruschel) é um pequeno fazendeiro que tem sua casa queimada e sua mãe morta por um grupo de cangaceiros, liderados pelo Capitão Silvério (Milton Ribeiro), após o prejudicado ter se negado a pagar por “proteção”. Raimundo, no entanto, consegue sair vivo do ataque e deseja pôr fim à violência que os arruaceiros impõem no nordeste, e então monta o seu próprio bando, só de homens cansados da exploração pelos cangaceiros. O filme recebeu vários prêmios, entre eles, Prêmio Saci, 1960, SP: Melhor Filme; de Melhor Produtor para Marcelo de Miranda Torres; Melhor Ator, para Alberto Ruschel; Melhor Roteiro para Carlos Coimbra; Melhor Fotografia para Tony Rabatoni; Melhor Diálogo para Francisco Pereira da Silva; Prêmio Especial para Fotografia Colorida para Oswaldo Cruz Kemeny.
Ficha técnica:
Argumento: Walter Guimarães Motta
Roteiro: Carlos Coimbra
Diálogos: Francisco Pereira da Silva
Direção: Carlos Coimbra
Assistência de direção: Milton Amaral
Continuidade: Marlene França
Coreografia: Conjunto Nordestino; Venancio&Corumba
Fotografia:
Direção de fotografia: Tony Rabatoni,
Câmera: George Pfister
Assistência de câmera: Carlos Guglielmi e Oswaldo de Oliveira
Técnico de cor: Oswaldo Cruz Kemeny
Chefe eletricista: Sergio Warnowsky
Eletricista: Edgard Ferreira
Maquinista: Hermes Fernandes
Montagem:
Edição: Carlos Coimbra
Direção de arte:
Cenografia: Apollo Monteiro
Contra-regra/acessórios de cenografia: Fernando Marques,; Ary Silva
Maquiagem: Gilberto Marques
Música:
Direção musical: Enrico Simonetti
Dados adicionais de música
Partitura musical: Enrico Simonetti
Regente Maestro: Enrico Simonetti
Fonte: Sala Redenção – Cinema Universitário, através de Tânia Cardoso de Cardoso.
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