domingo, 20 de julho de 2014

DOCUMENTÁRIOS MUSICAIS NO FESTIVAL DE CINEMA LATINO-AMERICANO DE SP.




*** 9º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo acontece de 24 a 30/07


*** Com entrada franca, programação reúne 114 títulos, de 16 países da região


*** Circuito de exibição inclui Memorial da América Latina, Cinesesc, Cine Olido, Centro Cultural São Paulo (salas Paulo Emílio e Lima Barreto), Cinemateca Brasileira, Cineclube Latino-Americano, Centro Cultural da Juventude e Centro Cultural da Penha


Agendada para o período de 24 a 30 de julho, a nona edição do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo coloca em foco os destaques da produção mais recente feita na região, incluindo vários títulos inéditos no Brasil, além de promover homenagens e organizar encontros e debates. No total, são 114 filmes, representando 16 países da América Latina e do Caribe. A programação é inteiramente gratuita e acontece em nove salas: Memorial da América Latina (em uma tenda especialmente instalada na Praça Cívica, com capacidade para 500 pessoas), Cinesesc, Cine Olido, Centro Cultural São Paulo (salas Paulo Emílio e Lima Barreto), Cinemateca Brasileira, Cineclube Latino-Americano, Centro Cultural da Juventude e Centro Cultural da Penha.

Nesta edição, O Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo promove uma inédita mostra que reúne documentários musicais dedicados a importantes artistas da Argentina, Brasil, Chile, Cuba e Venezuela que se tornaram responsáveis por boa parte do imaginário musical da região.

Denominada Docs Musicais América Latina, a mostra destaca dois títulos inéditos no Brasil – “El Objeto Antes Llamado Disco: O Filme” e “La Casa del Ritmo: Um Filme Sobre Los Amigos Invisibles”. Dirigido por Gregory Allen, “El Objeto Antes Llamado Disco: O Filme” (2013) retrata o conjunto mexicano de rock Café Tacvba durante o processo de criação do disco homônimo. O grupo é conhecido por suas parcerias com os músicos David Byrne e Beck, e pelas trilhas sonoras de “Amores Brutos”, de Alejandro González Iñárritu, e de “E Sua Mãe Também”, de Alfonso Cuarón. Outro grupo bastante popular da música latino-americano, os venezuelanos Los Amigos Invisibles, ganham em “La Casa del Ritmo: Um Filme Sobre Los Amigos Invisibles” (2012), de Javier Andrade. Trata-se de uma celebração da carreira da banda, que também já foi apadrinhada por David Byrne.

Café Tacvba



Um dos cantores cubanos contemporâneos de maior relevo internacional, Silvio Rodríguez, é criador juntamente com Pablo Milanez e outros, do movimento da Nova Trova Cubana. Considerado um poeta lúcido e inteligente, capaz de sintetizar o intimismo e os temas universais com a mobilização e a consciência social, o artista ganha esmerado retrato na coprodução entre Cuba e Espanha inédita no Brasil “Silvio Rodríguez, Ojalá” (2013), dirigida por Nico Garcia.

Familiares, amigos e colegas recordam Violeta Parra, a mais universal das cantoras folclóricas chilenas, em “Viola Chilensis” (2003), de Luis R. Vera. Merecedora de uma cinebiografia ficcional (“Violeta Foi Para o Céu”, de Andrés Wood), Violeta Parra é considerada fundadora da música popular chilena.

Violeta Parra



“Mercedes Sosa, A Voz da América Latina” (2013), de Rodrigo H. Vila, um documentário sobre a cantora argentina, artista de extrema importância na história política e cultural da América Latina. A inconfundível voz de Mercedes, "La Negra", guia o público por sua trajetória e depoimentos de personalidades ressaltam sua relevância em toda América do Sul.

Já a representação brasileira é composta por oito títulos, produzidos 2000 e 2013. Um dos destaques é “Cartola – Música para os Olhos” (2006, de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda), sobre o mestre Cartola, um dos compositores mais importantes da música brasileira e também um dos expoentes mais nobres do samba. Em “O Gingado da Nêga” (2014), de Rafael de Paula Rodrigues, Elza Soares fala sobre sua história, carreira, casamento, ídolos. Entre os entrevistados, além de amigos, famosos admiradores da cantora, como Pedro Bial, Lobão e Jorge Aragão, entre outros.

Em “Tom Zé ou Quem Irá Colocar Uma Dinamite na Cabeça do Século?” (2000), a cineasta Carla Gallo flagra o processo criativo do inventivo músico baiano. Já em “Daquele Instante em Diante“ (2011), o diretor Rogério Velloso mergulha na obra e na vida pessoal do genial artista Itamar Assumpção para mostrar suas várias facetas: compositor, poeta, performer, amante das plantas, homem caseiro, gênio incompreendido, controlador irredutível de tudo o que envolvia sua criação e parceiro de tantos outros talentosos contemporâneos.

“Botinada: A Origem do Punk no Brasil” (2006), de Gastão Moreira, é um documentário que narra à história do início do movimento punk no Brasil, e o paradeiro de seus protagonistas, contando com imagens raras de apresentações das bandas Inocentes e Cólera. Já “Rock Brasília – Era de Ouro” (2011) utiliza imagens filmadas desde o final dos anos 1980 por seu diretor, o veterano Vladimir Carvalho, para abordar a trajetória de bandas de Brasília, como Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude.

O cineasta Caco Souza e o crítico Ricardo Alexandre debruçaram-se sobre a chamada “fase psicodélica” (1967-1970) do cantor Ronnie Von, um objeto de culto em todo o mundo e uma espécie de “elo perdido” entre a Jovem Guarda e o tropicalismo brasileiro, e o resultado está no documentário “Ronnie Von – Quando Éramos Príncipes”, de 2013. No filme, o próprio cantor e outras testemunhas (Arnaldo Saccomani, Rita Lee, Manoel Barenbein) relembram o período, enquanto Ronnie, acompanhado pela banda Os Haxixins, passeia pelo repertório ao vivo em estúdio, em sua primeira gravação em quase 20 anos. E documentarista Eduardo Coutinho, falecido em fevereiro último, tem na programação o emocionante “As Canções” (2011), no qual homens e mulheres cantam e contam às músicas que marcaram suas vidas, de autoria de Roberto Carlos, Chico Buarque e Jorge Benjor, entre outros. Em 2008, com “Jogo de cena”, Coutinho venceu o prêmio do público no Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo.

Ronnie Von



A curadoria do 9º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo é assinada por João Batista de Andrade, Felipe Macedo, Jurandir Müller e Francisco Cesar Filho. Uma realização da Associação do Audiovisual, o evento conta com patrocínio da Petrobras e da Sabesp - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (através da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura), copatrocínio da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e correalização do Sesc São Paulo.


Serviço:

9º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo

24 a 30 de julho de 2014

Entrada franca

Locais:

Memorial da América Latina / Praça Cívica - Av. Auro S. de Moura Andrade 664 / Portões 2 e 5, Barra Funda

Cineclube Latino-Americano – Av. Auro S. de Moura Andrade 664 / Portão 8, Barra Funda

Cinesesc - Rua Augusta 2075, Cerqueira César

Cinemateca Brasileira - Largo Senador Raul Cardoso 207, Vila Clementino

Centro Cultural São Paulo / Sala Paulo Emílio e Sala Lima Barreto - Rua Vergueiro 1000, Paraíso

Cine Olido - Av. São João 473, Centro

Centro Cultural da Juventude - Av. Deputado Emílio Carlos 3641, Vila Nova Cachoeirinha

Centro Cultural da Penha - Largo do Rosário 20, Penha

Realização: Associação do Audiovisual

Patrocínio: Petrobras e Sabesp - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura

Copatrocínio: Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo

Correalização: Sesc São Paulo

Fonte: ATTi Comunicação e Ideias, através de Eliz Ferreira e Valéria Blanco.

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