sexta-feira, 1 de julho de 2016
Crítica: Independence Day 2: O Ressurgimento, através de Marcelo Castro Moraes.
Fonte: www.google.com.br/imagens
Quando Independence Day foi lançado em 1996, o clima de patriotismo e invencibilidade dos americanos era fortíssimo. Após 11 de Setembro, o mundo mudou, se tornando mais global, ao ponto que aquele filme, além de muitos da década de 90, ficaram meio que datados, para não dizer ridículos. Vinte anos depois surge finalmente esse Independence Day 2: O Ressurgimento, do qual nada mais é do que uma releitura do original e se entregando ao lado bobo da narrativa daquele tempo.
Os sobreviventes de 1996 reconstruíram a terra, com ajuda da tecnologia alienígena, que ficou abandonada. Porém, novamente os aliens retornam com força total, através de uma gigantesca nave que aterrissa e cobre boa parte da terra. Novamente, os seres humanos de várias nações precisam unir forças para combater os invasores, antes que seja tarde demais. Basicamente é isso a trama, sem muitos rodeios e partindo para o principal, que é entreter o cinéfilo que for assistir. O problema é encarar uma trama tão boba, no decorrer da trama, por exemplo, há inúmeros momentos em que ela tira sarro do próprio gênero.
Durante os anos após o filme original, Roland Emmerich se especializou na criação de filmes catástrofes, desde O dia depois do Amanhã e 2012, mas com personagens que não nos importávamos muito se fossem viver ou morrer, de tão dispensáveis que eram. Aqui, alguns personagens do filme original retornam (com exceção do personagem de Will Smith), se há o retorno dos veteranos, é claro que tem o surgimento de uma nova geração de personagens, mas que infelizmente não são nada interessantes. Temos o par romântico, constituído pelo herói bad boy (Liam Hemsworth), e pela mocinha (Maika Monroe), filha do ex-presidente (Bill Pullman, ‘mais caricato do que nunca’). Dylan Hiller (Jessie Usher) integra o filme como o filho de Will Smith, uma escolha acertada, porém desperdiçada, lembramos que ‘Will Smith’ não topou retornar para o seu personagem.
Dessa salada toda sem carisma, o único que se salva é o próprio Jeff Goldblum, por assumir descaradamente o fato de estar participando de um filme tão bobo e, portanto as principais piadas da trama são protagonizadas por ele mesmo, com o direito de tirar sarro das situações absurdas que acontecem. Absurdo é talvez a palavra chave que domina o filme, pois nunca se viu uma nave tão gigantesca no cinema, ao ponto de cobrir vários países e quebrando qualquer lógica de tal situação.
Com um ato final cheio de ação e que se torna a melhor coisa do filme, Independence Day 2: O Ressurgimento é um filme bobo e divertido, daquele que irá passar na tv numa tarde qualquer da vida e logo será esquecido, pois não podemos forçar os nossos cérebros e levar muito a sério isso tudo.
Trailer
Fonte: www.youtube.com
Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.
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