segunda-feira, 27 de março de 2017
Crítica: A Bela e a Fera (2017), através de Marcelo Castro Moraes.
Fonte: www.google.com.br/imagens
A primeira versão do conto de fadas A Bela e a Fera (1991) lançado pela Disney foi um sucesso arrebatador, tanto que arrecadou mais de R$ 100 milhões (um recorde para uma animação naquele tempo) e conseguindo o feito de se tornar o primeiro longa-metragem de animação a concorrer ao Oscar de melhor filme. A história é mesma da qual todos nós conhecemos: jovem camponesa chamada Bela (Emma Watson) é a mais bela e inteligente do vilarejo onde mora, mas pouco compreendida. Após o seu pai (Kevin Kline) se perder na floresta, ele acaba se refugiando em um grande castelo encantado, mas se tornando rapidamente prisioneiro de uma criatura horrenda que auto se intitula a Fera (Dan Stevens). Bela acaba salvando o seu pai, mas tendo que ficar no lugar dele e se tornando prisioneira no castelo.
Para os fãs do longa animado, o filme é bastante fiel ao clássico, contudo, se percebe um acréscimo dentro da história aqui e ali, não para que a trama seja estendida, mas sim para que os personagens sejam mais aprofundados, o início do filme, por exemplo, dá mais detalhes sobre a origem da Fera, e Bela ganha uma mãe cujo seu desaparecimento é revelado numa passagem até então inédita para o conto. Mas, se por um lado as passagens são fieis e melhoradas para essa nova versão, por outro, o elenco responsável para dar vida aos personagens, fica um pouco devendo. Por mais que Emma Watson se esforce como Bela, por exemplo, me dá a impressão que, quando ela se apresenta na trama cantando, ela está meio nervosa, não se soltando e atrapalhando assim a sua apresentação no início do filme. A imagem da Fera em si é um tanto que desapontadora, pois mesmo com os efeitos visuais de ponta atualmente, os criadores não conseguiram criar uma expressividade genuína para o personagem e se tornando inferior se comparada com a animação, o mesmo vale para os personagens que são objetos vivos dentro do castelo que, ao invés de possuírem expressões quase humanas, elas simplesmente quase não são vistas quando eles se apresentam em cena. Felizmente a ala dos vilões compensa a falta de melhores interpretações do longa-metragem, já que Luke Evans e Josh Gad dão um show em cena.
Os números musicais do filme é a alma da produção e faz a gente esquecer, das falhas, que eu citei. Com uma bela fotografia e edição de arte caprichada, os números musicais são praticamente os mesmos que nós já conhecemos pelo longa-metragem original, mas, moldados de forma tão rica e cheia de detalhes. Embora com os seus defeitos, A Bela e a Fera de 2017 é um belo filme para ser visto e revisto por pessoas de todas as idades.
Trailer
Fonte: www.youtube.com
Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.
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