segunda-feira, 20 de março de 2017
Crítica: Kong: A Ilha da Caveira, através de Marcelo Castro Moraes.
Fonte: www.google.com.br/imagens
Dirigido pelo novato Jordan Vogt-Roberts, acompanhamos uma trama, cujos eventos começam durante a Segunda Guerra e se estendem durante a década de 70. Um grupo de soldados, convencido por um cientista (John Goodman), vai parar numa ilha ainda (aparentemente) não explorada pelo homem. Lá eles descobrem que a ilha é protegida por um gorila, gigante chamado Kong, cuja sua existência é para conter outras criaturas ameaçadoras por lá. O filme em si não trás nenhuma novidade no gênero de aventura, mas é na forma em que o longa é conduzido, que ele se diferencia dos outros. Para começar, Jordan Vogt-Roberts presta uma verdadeira homenagem aos filmes de guerra no primeiro ato da trama, principalmente ao clássico Apocalipse Now, mas se alguém tem alguma dúvida sobre isso, basta assistir aos primeiros minutos dos soldados dentro da ilha e termos absoluta certeza que o cineasta venera a obra de Francis Ford Coppola. Destaco também o fato do filme não ser sombrio, mas sim colorido, sintetizando um período mais dourado daquela época, mesmo quando boa parte da trama se passa num lugar remoto.
Já o Kong em si, ele não é muito diferente de suas versões anteriores, mas possui trinta metros de altura e fazendo de sua presença algo que emociona. Embora muitos cinéfilos já estejam acostumados a efeitos visuais mirabolantes, é preciso reconhecer o belo trabalho que fizeram na criação do monstro, do qual não deve em nada, se comparado a sua última reencarnação (King Kong de 2005). Porém, sua presença se torna ainda mais ameaçadora graças aos movimentos de câmera do cineasta, fazendo da presença da criatura, algo animalesca e remetendo até mesmo, por exemplo, as animações japonesas de Dragon Boll Z. Mas se o clássico macaco gigante é quase impecável, o mesmo não se pode dizer muito dos seus protagonistas humanos, cuja maioria a gente já tem uma ideia de quem vive e quem morre na tela. Se Tom Hiddleston (o Loki da Marvel) cumpre o seu papel como aventureiro bom moço, Brie Larson (O Quarto de Jack) só se encontra presente na trama, unicamente para balançar o coração do gorila e remeter à velha formula da “Bela e a Fera”. E se Samuel Li Jackson força a barra para ser o vilão nesta trama, John C. Reilly (Chicago) surpreende como ex-soldado perdido na ilha, desde a Segunda Guerra Mundial e se tornando o melhor entendedor no assunto sobre o que acontece nela.
Falando sobre a ilha, o ato final surpreende com os inúmeros tipos de seres que surgem na tela, cuja presença delas serve para movimentar a trama, mas nunca fazendo com que se torne uma verdadeira montanha russa de efeitos. Na realidade o filme mais parece como aqueles bons e velhos filmes B, de monstros de antigamente, mas tudo moldado com efeitos de ponta e ao mesmo tempo gerando certa nostalgia. É claro que há pontas soltas propositais para haver uma futura sequência, principalmente na possibilidade de Kong se encontrar com Godzilla futuramente.
Divertido e sem exigir muito do cinéfilo que assiste Kong: A Ilha da Caveira, nada mais é do que um bom entretenimento e que remete os bons filmes de aventura de antigamente.
Trailer
Fonte: www.youtube.com
Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.
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