Um pequeno histórico sobre a grande carreira artística de Pina Bausch, dançarina e coreógrafa homenageada no filme “Pina” pelo diretor Wim Wenders.

Nascida em 1940, em Solingen, na Alemanha, e registrada como Phillippine Bausch, mas conhecida como Pina, à coreógrafa alcançou reputação internacional com o seu Tanztheater Wuppertal. Pina aprendeu a observar as pessoas, acima de tudo o que as move no fundo. Em seu primeiro trabalho, pequenas partes do ambiente da infância parecem ressoar: o som da música, as pessoas indo e vindo, falando de seu desejo de felicidade. Mas também a experiência precoce de guerra se reflete nas peças, com explosões súbitas de pânico e medo de uma ameaça anônima.
Em 1978, Pina Bausch mudou a forma como trabalhava, ao ser convidada pelo diretor Peter Zadek a desenvolver a sua versão de Macbeth, de Shakespeare. Então, ela lançou a produção Bochum com apenas quatro bailarinos, cinco atores e um cantor. Pina Bausch finalmente encontrou uma forma para seu trabalho, com as suas oníricas imagens poéticas e linguagens de movimento, sendo essa razão para o rápido início de sucesso global. Começando com as emoções humanas básicas, com os medos e necessidades, bem como os desejos e anseios, o Tanztheater Wuppertal não só é compreendido em todo o mundo, mas também provoca uma revolução internacional coreográfica.
O desenvolvimento internacional do Tanztheater resultou em inúmeras coproduções: “Viktor”, “Palermo” e “O Dido”, em cooperação com a Itália, “Dança da noite II (Tanzabend II)”, em Madrid, “uma tragédia (Trauerspiel Ein)”, em Viena, “Only You (Nur Du)” em Los Angeles, “The Cleaner Window (Der Fensterputzer)” em Hong Kong, “Masurca Fogo” em Lisboa, “Meadows (Wiesenland)” em Budapeste, “Água” no Brasil, “Nefes” em Istambul, “Ten Chi” em Tóquio, “Rough Cut” em Seul, “Blues bambu” na Índia, etc.
Por seu trabalho, Pina Bausch recebeu inúmeros prêmios e honrarias, incluindo o Prêmio Bessie em Nova York (1984), o Prêmio de Dança Alemã (1995), o Prêmio de Teatro de Berlim (1997), o Praemium Imperiale no Japão (1999), o Prêmio Nijinsky em Monte Carlo, a Máscara de Ouro em Moscou (2005), o Prêmio Goethe de Frankfurt / Main (2008). Em junho de 2007, ela é apresentada com um Leão de Ouro na Bienal de Veneza pelo trabalho de sua vida, e em novembro do mesmo ano, veio o prestigioso Prêmio Kyoto.
Em 30 de junho de 2009, chega ao fim à viagem de Pina Bausch em vida. Ela deixa um trabalho que a tornou uma das mais importantes coreógrafas do século 20.

Fonte: www.pina3d.com.br

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