Felipe rompe fronteiras com sua culinária, flertando com os sabores e ingredientes nativos do Brasil ao elaborar pratos de uma forma inovadora e inesperada. A essência da cultura brasileira é totalmente intrínseca ao trabalho desse chef com treinamento europeu, senso de humor americano e alma brasileira. Sua cozinha é leve, convidativa, descomplicada e visualmente arrebatadora. Ele amplia os limites da estética gastronômica criando, com muita sensibilidade, pratos extremamente originais e refinados. – Daniel Boulud
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Em março de 2011, tomei conhecimento de um evento gastronômico/social que me encantou. Vinte dos melhores chefs de todo o Brasil estariam cozinhando juntos em benefício dos desabrigados das enchentes que destruíram grande parte da região serrana do Rio de Janeiro no verão daquele ano.
Chegando ao jantar, fui apresentado ao idealizador do evento, o jovem Felipe Bronze, que conhecia de nome e das cozinhas do Zuka, dos hotéis Marina e, mais recentemente, do Oro. Simpático, articulado e feliz por receber as pessoas, ele propunha aos comensais outra forma de contribuição: o leilão de uma experiência gastronômica na piscina do Fasano, a ser produzida por ele e pelo chef Luca Gozzani, responsável pelo restaurante do hotel.
Vi ali uma oportunidade única e fiz um lance que arrebatou o prêmio. Na data combinada, cheguei com minha esposa ao hotel, onde fomos recebidos com pompa e circunstância. O Fasano possui uma das mais belas piscinas do Rio de Janeiro, no último andar do prédio, em trompel’oeil com a praia de Ipanema.
Era a primeira vez que o lugar abria a exceção de realizar um jantar no terraço, e nesse dia lá havia uma mesa posta para dois. E dois também eram os chefs, que durante mais de três horas produziram uma dança de pratos, todos devidamente harmonizados.
Um ano depois, no lançamento do livro O sabor do Brasil, reencontrei Felipe. Veio me cumprimentar pela edição e durante nossa conversa lhe contei que a publicação de livros de gastronomia era uma de minhas paixões. Ele começou a me falar de sua biblioteca e de seus projetos, e de repente eu disse: “um livro seu eu faria”.
Não foi preciso mais nada — uma semana depois já começávamos a planejar a edição. Todo o processo foi muito prazeroso, mas destaco a montagem do time que deu corpo a este livro como um de seus momentos mais gratificantes. As fotos de Sergio Coimbra, o design de Kiko Farkas, textos de grandes nomes como Luciana Bianchi, Vanda Klabin, Alice Granato, Joaquim Ferreira dos Santos, Alexandra Forbes, Constance Escobar, Ana Cristina Reis e os chefs Claude Troisgros, Massimo Bottura, Quique Dacosta e Daniel Boulud formaram um conjunto harmonioso e coerente.
As belíssimas fotografias registram a originalidade do trabalho de Felipe, enquanto os textos traduzem a gama de sentimentos que ele consegue despertar com seu talento ímpar. Esta é uma obra sobre a arte da gastronomia, sobre o prazer de um chef em elaborar pratos capazes de surpreender os sentidos, de evocar memórias, de suscitar sensações que se prolongam além do momento da refeição.
Foi dos livros mais divertidos e saborosos que já publicamos.
– Marcos da Veiga Pereira
Dados
248 páginas
25 x 28
Capa dura
R$ 89,90
Sobre o autor
Felipe Bronze nasceu em 1978, no Rio de Janeiro, e é chef executivo do Oro Restaurante. Formado no Culinary Institute of America, em Nova York, estagiou em diversos restaurantes estrelados na cidade.
Em 2003, recebeu o Prêmio Rio Show de Gastronomia como Chef do Ano. Em 2010, abriu o Oro, que já no ano de sua inauguração recebeu o título de Melhor Novidade no Rio de Janeiro pelo Guia 4 Rodas e em 2011 ganhou os prêmios Rio Show de Gastronomia como Melhor Restaurante e Melhor Restaurante Contemporâneo da Veja Rio.
Ainda em 2011, Felipe foi escolhido como Chef do Ano pela revista. Em 2012, repetiu as condecorações Melhor Restaurante Contemporâneo e Chef do Ano na Veja Rio e recebeu os prêmios de Melhor Restaurante Contemporâneo pelo Rio Show e pela revista Época, além de ter sido eleito Chef do Ano pelo Guia 4 Rodas.
Fonte: www.esextante.com.br
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