segunda-feira, 30 de junho de 2014

Crítica: SUBMARINO, ‏através de Marcelo Castro Moraes.


Fonte: www.google.com.br/imagens


Embora tenha sido filmado antes do surpreendente A Caça (2012), Submarino somente agora chega para locação. Antes tarde do que nunca, pois o filme dirigido por Thomas Vinterberg é um belo, mas doloroso conto de fadas as avessas, onde cada personagem que surge na tela busca sua redenção pessoal. Baseado no romance do escritor Jonas T. Bengtsson, o título se refere a uma técnica de tortura, que infelizmente ainda hoje é usado em certos países.

Mesmo que não apareça em nenhum momento essa técnica, os personagens apresentados na trama vivem em uma tortura interior e que se afogam á cada passo que tomam no dia a dia. Protagonizado por dois irmãos Nick (Jakob Cedergren) e o caçula (Peter Plaugborg), acompanhamos o principio da infância de cada um, cujo dias de inocência e brincadeiras, foram tirados devido a uma mãe irresponsável e um trágico evento que os levou a se corroerem de culpa ao longo dos anos. Enquanto Nick busca uma forma em se punir, o seu irmão caçula busca uma forma de redenção através do convívio com o filho.

As historias dos irmãos são contadas de formas separadas, mas ao longo da projeção, há indícios que ambas as tramas acontecem ao mesmo tempo, fazendo que por pouco os irmãos se encontrem em determinados momentos chaves do filme. Em meio às dores do dia a dia, os protagonistas percorrem as ruas de uma fria, mas ainda bela Copenhague. A fotografia apresentada em cada cena sintetiza não somente dias frios, como também o vazio e a desilusão de cada personagem, que busca no mínimo um pouco de felicidade, mesmo que por vezes incorreta.

Com atuações surpreendentes e momentos inesperados, Submarino é um filme sobre culpa e que nos mostra como essa culpa machuca. Uma obra para poucos, mas absurdamente tocante.


Trailer

Fonte: www.youtube.com


Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.

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