sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Crítica: SOB A PELE, através de Marcelo Castro Moraes.
Fonte: www.google.com.br/imagens
Depois do estranho Reencarnação e do ótimo Sexy Beast, o cineasta Jonathan Glazer volta ao mundo do cinema de maneira brilhante, para apresentar a nós uma história imprevisível e diferente de tudo com relação a visitas de seres alienígenas na terra. É um filme bem diferente do normal, mas que prende a nossa atenção do começo ao fim. Mas é aquele tipo de filme que você sai do cinema e tem o desejo enorme de debatê-lo com alguém numa mesa de bar.
A protagonista, perambulando pelas ruas escuras, observa e analisa cada pessoa que ela encontra, para então depois devorá-la de uma forma pouco usual. É na realidade um típico filme de estrada, mas com ficção, terror e que nos passa uma analise sobre a nossa própria natureza. Questões sobre o que é o ser humano são jogadas no nosso colo a cada instante durante o filme, mesmo nas formas mais subliminares.
Toda a nudez dos personagens vista em cena, por incrível que pareça não choca, mas sim é necessária para o contesto da trama. Embora fria do começo ao fim, Scarlett Johansson apresenta aqui um dos seus melhores desempenhos, onde não se intimida nas cenas mais ousadas e consegue passar, tanto momentos de desejo em devorar as suas vitimas, como também quando começa a sentir certo apego por uma delas. É neste momento que o filme se aprofunda na questão da protagonista começar a se sentir mais humana, desejar se parecer mais com os humanos e fazer parte deles.
A direção é surpreendente e que nos faz lembrar os melhores momentos de Stanley Kubrick quando rodava os seus filmes inesquecíveis. Belos movimentos de câmera criam apreensão a todo o momento, fazendo com que sentíssemos dentro da historia. É claro que o publico em geral irá assistir esse filme devido ao fato de Scarlett Johansson aparecer nua em muitas partes do filme, mas o filme não cai num lugar comum devido a isso.
Com inúmeros mistérios e um final surpreendente, Sob A Pele pode até dividir a opinião de alguns, mas não deve nada para uma superprodução de ficção científica, que por vezes, apresenta uma historia rasa.
Trailer
Fonte: www.youtube.com
Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.
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