sábado, 16 de maio de 2015
Crítica: Porto Dos Mortos, através de Marcelo Castro Moraes.
Fonte: www.google.com.br/imagens
A tentativa de se fazer outros gêneros de filmes no Brasil é sempre bem-vinda, mesmo que no resultado final alguns dos espectadores do filme fiquem com a sensação do querer mais. Ao assistir Porto Dos Mortos, o cinéfilo mais atento irá notar um grande número de referencias e homenagens a outros filmes, desde ao gênero western spaghetti, Mad Max e a todo filme de zumbi que é lançado hoje em dia. Mas, quem espera uma turbinada de zumbis na tela, pode acabar um pouco se decepcionando, pois a trama se entrega para outros rumos e com isso os comedores de carne ficam um pouco pelo caminho, no decorrer da história.
Talvez a intenção do cineasta Davi de Oliveira Pinheiro era jamais se prender a um único tema, mas sim criar uma trama em que, pudesse reunir todos os ingredientes, do qual sempre curtiu nos filmes de terror ao longo dos anos. Claro que, nem todos irão comprar essa brincadeira, mas visto com a mente aberta, há de se aceitar numa boa e sem compromisso de se levar a sério. No filme quem se sai bem é o personagem, sem nome, conhecido como “Policial” (Rafael Tombini), que possui todas aquelas típicas características de anti-herói solitário, de poucos amigos e com um passado nebuloso (um pouco explicado, num curioso flashback), os demais personagens servem para dar o direcionamento do filme, porém, alguns dos personagens lembram por demais outros personagens típicos dos filmes de George A. Romero. Visualmente, o filme exibe a capital gaúcha assolada pelo apocalipse e devido a isso, o filme poderia ter sido rodado em qualquer outra cidade, que provavelmente o resultado seria o mesmo. Entretanto, existem alguns pontos turísticos conhecidos pelo público, que surgem no decorrer da história.
Tendo uma bela fotografia do início ao fim, Porto Dos Mortos serve de exemplo, para mostrarmos que podemos ir mais longe dentro do gênero fantástico aqui no Brasil. Através de seu perfil, o filme Porto Dos Mortos mostra competência suficiente, para quem sabe assim animar os próximos autores que tiverem a ideia de realizar um filme de terror e assim conseguirem alçar voos ainda mais altos. Afinal de contas, já faz um bom tempo (como exemplos vindos do Fantaspoa), que nós do Brasil não vivemos mais apenas de Zé do Caixão.
Trailer
Fonte: www.youtube.com
Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.
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