segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
Crítica: La la land, através de Marcelo Castro Moraes.
Fonte: www.google.com.br/imagens
La La Land - Cantando Estações é uma carta de amor à era de ouro do cinema e uma bela homenagem ao universo do jazz. O filme começa num dia ensolarado, mais precisamente em uma rodovia que dá para Los Angeles, a cidade para aqueles que procuram o estrelismo. Em meio a esse transito, há Mia (Emma Stone) uma garçonete que participa sempre de testes para elenco e Sebastian (Ryan Gosling) um pianista do jazz, que sonha inaugurar sua própria casa noturna, onde ficará sempre tocando sua amada música. Ambos acabam se cruzando no decorrer do tempo e iniciando uma história de amor, em meio a desejos, sonhos e obstáculos.
Nos últimos tempos, os estúdios americanos têm tentado revisitar o bom e velho cinema de antigamente como, por exemplo ‘A Invenção de Hugo Cabret’, filme que retrata um período em que a sétima arte estava recém engatinhando. Embora não seja um filme que retrate esse período, La La Land usa todos os ingredientes de como se fazia um bom cinema, onde os velhos artifícios possuíam alma e não dependia tanto da área tecnológica. O resultado é um filme nostálgico, onde emana um período mais inocente no qual os sonhos pareciam ser mais fáceis de serem realizados.
Com uma fotografia de cores quentes, alinhado com uma montagem elegante e com planos-sequências arrebatadores, faz da Los Angeles de hoje, vista no filme, se transformar numa cidade como ela era antigamente, mesmo com todas as mudanças ocorridas ao longo das décadas. Talvez a magia do musical, que está espalhado em todo o decorrer do filme, faz com que aceitemos facilmente essa proposta do roteiro, já que ás músicas nos empolga do princípio ao fim do filme. Claro que, embora com toda essa criatividade vinda da parte técnica, o filme não funcionária se o casal central não convencesse em cena. Mas eles não só nos convencem, como também, torcemos por eles, mesmo quando advínhamos o que acontecerá em seguida. Por ser uma trama simples, o segundo e o terceiro ato final acabam soando um tanto que previsíveis, mas tudo sendo contornado por uma boa direção, técnicas de filmagens impecáveis e um casal central dando tudo de si.
Com belas homenagens que vão desde Casablanca, Cantando na Chuva e até mesmo Oito e Meio, La La Land - Cantando Estações pode até não mudar a vida de ninguém, mas consegue o feito de nos transportar para um conto, no qual a realidade é cheia de cores e que a chave para a felicidade pode estar muito mais perto do que imaginamos.
Trailer
Fonte: www.youtube.com
Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.
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