quarta-feira, 12 de agosto de 2015
UM TUBO DE ENSAIO DE TODA A HUMANIDADE.
A renomada HQ de ficção científica, O Perfuraneve, lançada pela Aleph, chega aos cinemas brasileiros
O inverno chegou e pode durar para sempre! Após uma hecatombe nuclear que alterou o clima da Terra e a afundou em uma eterna Era do Gelo, a humanidade não tinha chance nenhuma de sobreviver. Exceto por um pequeno grupo que encontrou refúgio em um trem de tecnologia revolucionária, o Perfuraneve.
Uma das mais renomadas HQs de ficção científica, O perfuraneve (Le Transperceneige), foi lançada pela editora Aleph. A obra leva ao leitor o roteiro de Jacques Lob e Benjamin Legrand e as ilustrações de Jean-Marc Rochette.
O primeiro volume dessa história foi originalmente publicado em 1984 e, após a morte de Lob, Benjamin Legrand deu continuidade ao trabalho e publicou os dois volumes seguintes: O Explorador (1999) e A Travessia (2000). A edição da Aleph traz o texto integral, unindo os três volumes, diferente do ocorrido em alguns países nos quais foi lançado divido em três volumes.
A locomotiva representa a salvação da humanidade e confina, em seus mil e um vagões, toda a esperança de vida no planeta. A convivência se torna o grande desafio para os últimos representantes da espécie, que rapidamente se adaptam e organizam a vida no novo habitat. Nesse momento, os velhos mecanismos que levaram o planeta à destruição voltam à ativa, incluindo a divisão de classes: os passageiros são divididos em “castas”, cada uma em um vagão, ficando os pobres no fundo e os ricos na frente. O trem também é cenário de racismo, religião e alienação.
O perfuraneve é um verdadeiro tubo de ensaio em que os autores analisam toda a humanidade, testando suas capacidades de organização, justiça e relacionamento, e a passagem do protagonista, vagão por vagão, é uma pintura fiel da sociedade estratificada. Com um enredo instigante e violento, repleto de ação e escárnio, O Perfuraneve é fundamental para quem aprecia grandes histórias. Em 2013, a obra foi adaptada para o cinema com o título de O expresso de amanhã, dirigido por Joon-ho Bong e estrelado por Tilda Swinton (O Grande Hotel Budapeste, O curioso caso de Benjamin Button), Chris Evans (Capitão América, Os Vingadores), John Hurt (V de Vingança, O Homem Elefante), Song Kangho e Ed Harris (O show de Truman, Apollo 13).
DROPS ALEPH:
- O ilustrador Jean-Marc Rochette colaborou com a produção do filme O expresso do amanhã, provendo os retratos e fornecendo algumas de suas ilustrações, que serviram de fonte de pesquisa para o filme.
JEAN-MARC ROCHETTE
JEAN-MARC ROCHETTE nasceu em 1956 em Baden-Baden. Publicou suas primeiras pranchas na Actuel em 1974 e, em seguida, colaborou com Mandryka (Anodin et Inodor) e com Martin Veyron (Edmond le cochon) em L’Écho des savanes. Em 1982, criou o Expresso Perfuraneve com Jacques Lob para a À Suivre e, em 1986, veio Requiem blanc, com roteiro de Benjamin Legrand. As continuações do Expresso Perfuraneve, sempre com Benjamin Legrand no roteiro, foram publicadas em 1999 e 2000. Em 2002, Rochette assinou uma série de histórias em quadrinhos com René Pétillon, Louis et Dico à la conquête du monde, e, em 2009, saiu Himalaya Vaudou em colaboração com Fred Bernard.
JACQUES LOB
JACQUES LOB, nascido em Paris em 1932, apaixonou-se desde cedo pela literatura ilustrada. Depois de começar como desenhista de cartuns e ficção científica (em revistas como Planète, Fiction e Hara-Kiri), ele deu início a uma carreira de roteirista e colaborou com Georges Pichard a partir de 1964 na revista Chouchou, depois na Pilote (Submerman) e na V Magazine (Blanche épiphanie). Nos anos 1980, ele idealizou para a revista À Suivre a saga de ficção científica O Perfuraneve, desenhada por Jean-Marc Rochette e publicada a partir de 1984 pela editora Casterman. No mesmo ano, ele tornou-se redator-chefe da revista Chic antes de receber o Grande Prêmio do Festival de Angoulême, dois anos mais tarde. No fim de sua carreira, Jacques Lob ainda demonstrou sua originalidade e sensibilidade ao conceber, junto com Edmond Baudoin, o volume Carla, publicado em 1993 pela Futuropolis. Faleceu em 24 de maio de 1990 em Château-Thierry.
BENJAMIN LEGRAND
BENJAMIN LEGRAND deu seus primeiros passos no cinema como assistente de direção de Édouard Molinaro, Christopher Miles, Jacques Demy e Jacques Rivette, além de também ter trabalhado em vários filmes publicitários. Atualmente trabalha como escritor e tradutor de histórias em quadrinhos e de mais de trinta romances em língua inglesa (como as versões francesas de A fogueira das vaidades, de Tom Wolfe, e de A religião, de Tim Willocks). É também diretor de televisão e criador de séries de desenho animado, sobretudo em parceria com Philippe Druillet.
Título: O perfuraneve
Autor: Jean-Marc Rochette, Jacques Lob, Benjamin Legrand
Tradução: Daniel Lühman
Nº de páginas: 280
Preço: R$ 59,90
Editora: Aleph
Fonte: Assessoria de Imprensa da Editora Aleph, através de Lucas Alves.
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