segunda-feira, 8 de julho de 2013

Confira a 2ª semana da Mostra “Jacques Rivette – Já não somos inocentes”.


Fonte: www.google.com.br/imagens


** Evento acontece até 21 de julho no CCBB de São Paulo

** Destaque para o filme “36 vistas do Monte Saint-Loup”, última obra do cineasta


A Mostra “Jacques Rivette – Já não somos inocentes” chega a sua segunda semana de exibição no CCBB de São Paulo, apresentando obras de um dos maiores cineastas franceses ainda vivo, que por quase 50 anos se dedicou ao cinema também como crítico e inovou o cinema moderno ao explorá-lo com o teatro.

O fato de ter filmado pouco no período áureo da Nouvelle Vague (1958-1964), fez com que Jacques Rivette ficasse menos conhecido que seus colegas de movimento, apesar de ser uma espécie de líder intelectual deles e também, junto a Godard, o mais radical em termos estéticos.

O evento traz a oportunidade de o público acompanhar o filme, ainda inédito no Brasil, “36 vistas do Monte Saint-Loup” (2009 – 84’). Nele, uma trupe de circo chega a uma pequena cidade no sul da França e realiza possivelmente a sua última turnê. Kate (Jane Birkin), filha do fundador do grupo, que havia abandonado o circo quinze anos antes, chega para se juntar a eles. Um italiano de passagem pelo local (Sergio Castellitto) também passa a se interessar pela trupe e, particularmente, por Kate.

A segunda semana de exibição também traz um misto de aventura, drama pessoal e elementos fantásticos com o filme “Noroeste” (1976 - 145’). Inspirado parcialmente em Moonfleet, de Fritz Lang, o filme conta a história de uma mulher pirata, sem se preocupar em localizar a história em uma época e um local específico. Na trama, Giulia, filha do sol, reina sobre uma corte na beira do oceano e Morag, a pirata, quer vingar-se de Giulia em razão da morte do seu irmão. A música do filme é improvisada ao vivo por um trio de músicos.

“Jacques Rivette – Já não somos inocentes” tem curadoria de Francis Vogner dos Reis e Luiz Carlos Oliveira Jr. e parceria do Centro Cultural Banco do Brasil com a Vai e Vem Produções Culturais. A Mostra também conta com o apoio da Embaixada da França, Cinemateca da Embaixada da França no Brasil e Institut Français, além do apoio institucional da Cinemateca Portuguesa.


*** Programação de 11/07 a 16/07 ****


11/07 – Quinta-feira

14h - Noroeste (Noroît, 1976, 145’)

17h – Duelle: uma quarentena (Duelle : une quarenteine, 1976, 121’)

19h30 - O truque do pastor (Le coup du berger, 1956, 28’) + 36 vistas do monte Saint Loup (36 vues du mont Saint Loup, 2009, 84’)


12/07 – Sexta-feira

14h - Céline e Julie vão de barco (Céline et Julie vont en bateau, 1974, 193’)

19h - Merry-go-round (1981, 160’)


13/07 – Sábado

Não há sessões


14/07 – Domingo

14h - Não toque no machado (Ne touchez pas la hache, 2007, 137’)

17h - Noroeste (Noroît, 1976, 145’)

19h30 - Um passeio por Paris (Le pont du nord, 1981, 129’)


15/07 – Segunda-feira

Não há sessões


16/07 – Terça-feira

Não há sessões


*** Sinopses por ordem cronológica***


CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 ANOS (TODOS OS FILMES)


O truque do pastor (Le coup du Berger)/ 28 minutos – 1956 – 35mm
Mulher casada ganha do amante um casaco de peles. Para evitar suspeitas do marido, ambos bolam um plano para justificar a existência do casaco. Quarto e mais importante curta-metragem de Jacques Rivette, o filme foi escrito em parceria com Claude Chabrol e tem como atores o então editor da revista Cahiers du Cinéma Jacques Doniol-Valcroze (como o marido traído) e o ator fetiche da Nouvelle Vague Jean Claude Brialy.


Céline e Julie vão de barco (Céline et Julie vont en bateau)/193 minutos – 1974 – 35mm
Baseado em histórias fantásticas de Henry James, Céline e Julie vão de barco possui uma abordagem ao mesmo tempo realista e onírica que se divide em duas tramas: na primeira, Julie (Jane Labourier), uma bibliotecária, encontra Céline (Juliet Berto), uma mágica, e ficam amigas, dividindo o apartamento, as ideias, a imaginação e o amante. Na segunda trama, a dupla é formada por mulheres fantasmas (Bulle Ogier e Marie-France Pisier) que Céline e Julie encontram em uma casa mal assombrada.


Noroeste (Noroît)/145 minutos - 1976 – 35mm
Inspirado parcialmente em Moonfleet, de Fritz Lang, Noroeste é uma fantasia mitológica, sobre uma mulher pirata, e não se preocupa em localizar a história em uma época e um local específicos. Mistura aventura, drama pessoal e elementos fantásticos. Na trama, Giulia, filha do sol, reina sobre uma corte na beira do oceano e Morag, a pirata, quer vingar-se de Giulia em razão da morte do seu irmão. A música do filme é improvisada ao vivo por um trio de músicos.


Duelle: uma quarentena (Duelle: une quarentaine)/ 121 minutos – 1976 – 35mm
Leni (Juliet Berto) é uma feiticeira que teme a noite. Viva (Bulle Ogier) é uma feiticeira que tem medo da luz do sol. As duas desejam um anel em poder dos mortais, que lhes permitirá permanecer na Terra. O palco de disputa das feiticeiras é a Paris contemporânea. Duelle: uma quarentena é o filme que encerra o ciclo das aventuras com elementos fantásticos que Jacques Rivette realizou nos anos 70.


Um passeio por Paris (Le pont du nord)/ 129 minutos – 1981 – 35mm
Depois de sair da prisão, Marie (Bulle Ogier), uma ex-terrorista, encontra Baptiste (Pascale Ogier), uma garota estranha com quem faz amizade. As duas vagam por uma Paris vazia, quase fantasmagórica, de prédios abandonados e personagens errantes, sem passado e sem destino. Marie e Baptiste se envolvem em um caso misterioso e conspiratório e encontram nessa situação Julien, ex-namorado de Marie. Um passeio por Paris busca os ângulos e as abordagens mais inusitadas da cidade.


Merry-go-round / 160 minutos - 1981 - 35mm
Nessa intriga de atmosfera e implicações policialescas, Ben (Maria Schneider) e Leo (Joe Dalessandro) são convocados por Elisabeth (Danièle Gégauff), que desaparece em busca do pai (Maurice Garrel). Trata-se de um dos filmes de Jacques Rivette que mais enfrentou problemas, sendo marcado por uma série de crises. Começou a ser filmado com elenco internacional entre 1977 e 1978, porém foi interrompido nessa época e finalizado no início dos anos 80. Estreou na França somente em 1983. Apesar da acidentada produção, encontram-se aí todos os elementos do universo do cineasta: o mistério, o complô e seu particular trabalho com o tempo.


Não toque no machado (Ne touchez pas la hache)/ 137 minutos – 2007 – 35mm
Em 1823, o general Montriveau (Guillaume Depardieu) desembarca na ilha de Mallorca durante a ocupação da Espanha pelo exército francês. Por trás da missão oficial, ele na verdade procura a duquesa de Langeais (Jeanne Balibar), que conhecera cinco anos antes e que se tornou sua obsessão desde então. No entanto, a duquesa agora vive reclusa e isolada dentro de um convento. Baseado em A duquesa de Langeais, de Honoré de Balzac.



Fonte: www.google.com.br/imagens


Serviço:

Mostra “Jacques Rivette - Já não somos inocentes”

De 03 de julho a 21 de julho

Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo

Classificação indicativa: 16 anos

Lugares: (70 lugares)

Preço: R$ 4 e R$ 2 (meia)

Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 - Sé, São Paulo/Telefone:(11) 3113-3651


Fonte: ATTI Comunicação e Ideias, através de Eliz Ferreira e Mariana Grilli.

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