domingo, 13 de abril de 2014

Crítica: Frozen - Uma aventura congelante.


Fonte: www.google.com.br/imagens


Sinopse: A destemida e otimista Anna parte em uma épica jornada ao lado do radical alpinista Kristoff e da sua leal rena Sven para encontrar sua irmã Elsa cujos poderes gelados condenaram o reino de Arendelle a enfrentar um inverno sem fim. Numa corrida contra o tempo para impedir o reino de ser destruído Anna e Kristoff encontrarão trolls místicos um divertido boneco de neve chamado Olaf baixíssimas temperaturas e muita magia em todos os lugares.


Desde que o pai da Pixar John Lasseter assumiu a DisneyToon Studios, parece que a casa do Mickey finalmente colocou o trem nos trilhos e tem pelo menos lançado um sucesso a cada final de ano sem a ajuda da Pixar ou de um filme da Marvel estúdios. Neste meio tempo foram lançados filmes como, Enrolados, que retorna o sucesso das princesas no cinema e Detona Ralf, que fez um grande sucesso entre a garotada. Agora, em meio ao calor que nós brasileiros sentimos nesse momento, chega aos cinemas Frozen - Uma aventura congelante, que fortalece o retorno aos bons tempos que o estúdio fazia filmes baseados em contos de fadas.

A codiretora e roteirista Jennifer Lee, que comanda a produção ao lado do experiente Chris Buck (“Tarzan” e “Tá Dando Onda”) fez uma adaptação livre do clássico conto “A Rainha da Neve”, do dinamarquês Hans Christian Anderson. Diferente de sua fonte de origem, a monarca aqui é uma vitima das circunstâncias e não uma vilã. A princesa Elsa, após sem querer ferir sua irmã mais nova, Anna, com seus poderes sobre o frio e o gelo, se torna uma criança fechada do mundo. Ao chegar o momento de assumir o trono, ela sem querer faz desabar uma nevasca em pleno verão, fugindo então desesperada.

Ao deixar o reino sob os cuidados do seu noivo (no qual noivou no primeiro dia que o conheceu), o príncipe Hans, Anna vai em busca de sua irmã, com a intenção de salvar a sua família e seu reino, tendo como companhia um aventureiro vendedor de gelo Kristoff, a rena Sven e o boneco de neve encantado e engraçado Olaf, encontrando no caminho perigosos seres como lobos e gigantes de gelo.

No final das contas “Frozen” é uma aventura sobre descobertas de si mesmo e aceitar da maneira como a pessoa é. Elsa sempre se fechou, fugindo de quem ela era e com medo de machucar aqueles que ela amava. Já Anna sempre teve o desejo de ser uma grande aventureira, sair pelo mundo, encontrar um amor verdadeiro, mas sempre tentando resgatar sua irmã do mundo em que ela se fechou. Embora os personagens Kristoff e Hans sejam essenciais para a trama, os arcos dramáticos das irmãs são os verdadeiros momentos chaves do filme.

Claro, que por ser baseado em um conto de fadas, obviamente o estúdio traz de volta algumas formulas que fizeram sucesso no passado, que embora desconhecidas para essa nova geração, acaba ainda funcionando atualmente, Mas é ai, que quando eles usam aquela velha historia da princesinha se apaixonar por um príncipe no primeiro dia que ela conhece, eis que o próprio estúdio, que tanto venerou isso no passado, tira o maior sarro e rendendo um momento engraçado e outro inesperado, gerando então uma dança nas cadeiras, que embora forçada, também valeu como uma boa tentativa de se inovar. Mas isso tudo se torna irrelevante quando a trama foca em Elsa, talvez a personagem mais bem desenvolvida e trágica do longa.

O coração mesmo do filme bate entre a relação complicada entre as duas irmãs, que embora se amem, a maldição do gelo de Elsa faz com que se separem. E se muitos pensam que o mascote mágico Olaf serve de apenas alivio cômico (e certeiro) nos momentos em que ele surge, saibam que ele é essencial para formar um elo entre o passado e o presente das duas e fazer com que ambas fiquem juntas novamente.

Visualmente, o filme é de um esplendor magnífico, sendo que o castelo de gelo de Elsa é de uma magnificência estupenda e muito bem desenhada. Com relação ao visual dos personagens, são todos assim redondinhos, que remete outro grande sucesso do estúdio Enrolados e não me admira que as duas princesas se tornem bonecas para serem vendidas nas lojas. Embora o 3D seja dispensável em alguns momentos, ele se torna incrível quando da uma profundidade nos cenários, principalmente nos momentos que focam o reino das duas princesas.

Mas tecnicamente a sua maior peça chave de sucesso do filme, talvez seja os números musicais. Claro que muitos torcem o nariz quando eles surgem na historia, mas se eles forem usados para fluir melhor a historia, então é mais do que valido, principalmente se eles são muito bem feitos. A sequência do momento em que Elsa se sente livre e a vontade para usar os seus poderes como bem entender, é talvez o melhor momento musical do filme e que dificilmente o publico que assiste e ouve-a ela cantando, não deixara de se identificar com ela.

Embora com um final amarradinho e bem previsível, Frozen – Uma Aventura Congelante é uma ótima pedida para todas as idades, pois embora ajam doses de lição de moral bem acavales também há certas nuances adultas e que poderá agradar até mesmo o publico mais velho e exigente. Disney aprendendo muito bem a usar as formula de sucesso.


Trailer

Fonte: www.youtube.com


Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.

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