domingo, 27 de abril de 2014

François Truffaut: os filmes de uma vida - O grande Segredo e A geração do cinema falado: os americanos.

Em maio e junho a programação da Sala Redenção – Cinema Universitário contempla dois capítulos do livro Os filmes de minha vida* de François Truffaut. Iniciamos o mês de maio exibindo filmes do diretor inglês Alfred Hitchcock e, assim, finalizamos a parte dedicada aos diretores que iniciaram sua carreira no cinema mudo e continuaram produzindo no falado. A segunda parte da programação é dedicada ao capítulo A geração do cinema falado: os americanos.

Para Truffaut, há duas espécies de diretores: os que levam o público em consideração ao realizar seus filmes, e consideram o cinema um espetáculo, e aqueles que não se importam com isso e consideram o cinema uma aventura individual. Segundo ele, tanto para Renoir como para Hitchcock, como para quase todos os diretores americanos, um filme apenas dá certo quando faz sucesso e quando atinge o público no qual se pensou desde a escolha do tema até o término da realização. Por outro lado, ele destaca que diretores como Rossellini, Bresson, Tati e Nicholas Ray fazem filmes à sua maneira e depois pedem ao público o favor de “jogar o seu jogo”. Dentro dessa lógica, para Truffaut, Hitchcock faz seus filmes para o público, colocando sempre questões a fim de assegurar-se do interesse dos futuros espectadores. Destaca ainda que Hitchcock, por ser um homem extremamente inteligente, habituou-se desde muito cedo a considerar todos os aspectos da feitura de um filme. No período inglês de sua produção o predomínio estava no humor e, no americano, no suspense, e é justamente essa dosagem de suspense e humor que fez do diretor um dos cineastas mais comerciais do mundo. Para o crítico francês, entretanto, é sua enorme exigência em relação a si mesmo e à sua arte que fazem dele um grande diretor. Destaca que Hitchcock adquiriu tal ciência da narrativa cinematográfica que se transformou em muito mais do que contador de histórias. E acrescenta: “O triunfo de Hitchcock é o triunfo de um estilo de narrativa que encontrou sua forma definitiva em uma narração vertiginosa e pungente, nunca em repouso, uma narrativa de tirar o fôlego cujas imagens se sucedem tão imperiosa e harmoniosamente quanto notas de música frenéticas em uma partitura Imperturbável” (p.125). Lembremos que foram sobretudo François Truffaut e Claude Chabrol os dois responsáveis por fazer com que Alfred Hitchcock passasse a ser considerado um grande diretor.

Robert Aldrich é o cineasta que inaugura a lista da geração do cinema americano falado. Segundo o crítico francês, nos filmes de Aldrich não é raro encontrarmos uma ideia por plano, o que complica a vida de quem assiste a seus filmes, já que não sabemos o que olhar em uma cena que se apresenta sempre “demasiado repleta e generosa”. Vivemos o filme tão intensamente que gostaríamos que durasse várias horas. Com isso, segundo Truffaut, podemos adivinhar facilmente “o autor, um homem transbordante de vitalidade, que está tão à vontade atrás de uma câmera quanto Henry Miller diante de uma página em branco” (p. 130).

Sobre Elia Kazan, Truffaut observa que todos os grandes cineastas aspiram libertar-se das exigências dramáticas e sonham em fazer um filme sem progressão, sem psicologia, onde o interesse dos espectadores seria suscitado por outros meios que não sejam mudanças de lugar e de tempo ou a astúcia de um diálogo ou entradas e saídas de personagens. Segundo ele, em Boneca de carne (1956) Kazan consegue e quase de forma perfeita impor um filme dessa natureza, e isso graças ao poder de uma direção de atores única no mundo. Muitos anos mais tarde, Elia Kazan cairia em desgraça nos meios cinematográficos ao ser acusado de denunciar colegas ao Comitê de Investigações de Atividades Anti-Americanas.

Em suas críticas, Truffaut cita Jacques Rivette, ao dizer que Joshua Logan “é Elia Kazan multiplicado por Robert Aldrich”, e, ainda, que é tão dotado para o cinema – direção de atores, melhoramento de roteiro, valorização de cada ideia – que não saberia estragar um filme, a menos que fosse sua vontade. Lembra também que é um diretor que nunca deixou que “pisassem em seus calos”, pois, em 1935, não hesitou em abandonar Hollywood sem concluir History is made tonight, aquele que seria seu primeiro filme como diretor.

Em uma crítica de 1958, Truffaut comenta sobre um filme americano independente, realizado na Bélgica, já que a França não havia dado autorização para as filmagens. Ele se referia ao Glória feita de sangue (1957), de um diretor ainda pouco conhecido. Na época o filme havia sido proibido na França e na Bélgica, a pedido dos ex-combatentes. Para Truffaut, o filme é “admiravelmente dirigido”, composto por planos longos e muito móveis, e, ainda, com “fotografia esplêndida”, que consegue recuperar o estilo plástico da época, sendo ainda mais saudado por ele do que O grande golpe (1956). O crítico saúda, com essas duas obras, o surgimento de um novo diretor, cheio de talento e energia: Stanley Kubrick.

Para Truffaut, O mensageiro do diabo (1955) de Charles Laughton, possui pelo menos duas qualidades que fazem dele importante: é o primeiro trabalho de direção cinematográfica do ator Charles Laughton, e marca a volta às telas de Lillian Gish, que, segundo ele, foi a maior atriz do cinema mudo. A parábola do bem e do mal é a essência desse filme (que despreza as normas comerciais elementares), “onde todos os personagens são bons, mesmo os maus [..]” (p. 156). E ainda, será, lamentavelmente, a única experiência de Charles Laughton como diretor.

Ao escrever sobre Doze homens e uma sentença (1957) de Sidney Lumet, Truffaut observa que apesar de nos Cahiers “nós” não gostarmos de obras baseadas em uma boa ideia, na astúcia e na engenhosidade, o argumento desse filme desencoraja a crítica. Destaca, ainda, que este talvez seja um filme de roteirista, “mas que roteirista!”.

Outros três diretores presentes na mostra são Joseph Mankiewicz, Nicholas Ray, e Otto Preminger. Truffaut define a arte de Mankiewicz da seguinte forma: “um conteúdo brilhante, inteligente, onde tudo é elegância, bom gosto e refinamento, um contenedor quase diabólico em precisão; destreza e ciência, uma direção de atores teatral à indecência; um sentido de duração de planos e de eficácia de efeitos [...]” (p. 162). Já sobre o vienense Otto Preminger, o crítico escreve que se trata de um homem de negócios, temido e invejado e, ao mesmo tempo, um artista, “aquilo que hoje se chama com uma nuança pejorativa, de formalista” (p. 173). E, acrescenta ainda, “esse ‘diretor’ e nenhum outro é capaz de injetar vida em qualquer imbróglio e preocupar-se tanto com isso quanto um doador de sangue em saber quem foi o beneficiário da transfusão” (p. 173).

Já sobre Nicholas Ray, ele observa que é um autor no sentido que gosta de dar a esta palavra. Acrescenta que todos os filmes de Ray orbitam em volta dos mesmos temas e histórias, isto é, sobre a solidão moral, sobre perseguidores ou, muitas vezes, sobre linchadores. Escreve ainda que se é possível estabelecer uma distinção entre duas famílias de cineastas, os cerebrais e os instintivos, classificaria Ray na segunda, a da sinceridade e da sensibilidade. Observa, entretanto, que se percebe nele um intelectual que sabe abstrair tudo o que não vem do coração. Ou, ainda, “Nicholas Ray é uma espécie de Rossellini hollywoodiano. Como este último, jamais explica, jamais frisa”. E comenta: “não há filme de Ray sem escrúpulos. Ele é o poeta do cair da noite e tudo é permitido em Hollywood, exceto poesia” (179), escreve com certa ironia. Eis os diretores contemplados na Mostra de maio e junho. Continuemos nossa viagem, com o mapa de navegação deixado por François Truffaut (Tânia Cardoso de Cardoso, Curadora).

*TRUFFAUT, François. Os filmes de minha vida. São Paulo: Editora Nova Fronteira, 1979.


O Quê: François Truffaut: os filmes de uma vida – O grande Segredo e A geração do cinema falado: os americanos

Quando: 02 de maio a 30 de junho

Onde: Sala Redenção – Cinema Universitário (Rua Eng. Luiz Englert, s/n., Campus Central UFRGS

Quanto: Entrada Franca


O Grande Segredo

Janela Indiscreta (Rear Window, EUA, 1954, 114 min) dir. Alfred Hitchcock


02 de maio - sexta-feira – 16 horas
19 de maio – segunda-feira – 19 horas
Em Greenwich Village, Nova York, o fotografo profissional L.B. Jeffries está confinado em seu apartamento por ter quebrado a perna. Como não tem muitas opções de lazer, vasculha a vida dos seus vizinhos com uma lente tele-objetiva, quando vê alguns acontecimentos.

Ladrão de casaca (To catch a thief, EUA, 1965, 106 min) dir. Alfred Hitchcock
02 de maio – sexta-feira – 19 horas
05 de maio – segunda-feira – 16 horas
Ex-ladrão de joias, John Robie (Cary Grant), é apontado como principal suspeito de uma série de roubos em luxuosos hotéis da Riviera Francesa. É no meio dessa confusão que John, mais conhecido como Gato, conhece a milionária Frances (Grace Kelly) e decide jogar a isca para que o verdadeiro culpado dos roubos apareça.

O homem errado (The wrong man, EUA, 1957, 105 min) dir. Alfred Hitchcock
05 de maio - segunda-feira – 19 horas
06 de maio - terça-feira – 16 horas
Em Nova York, músico (Henry Fonda) de uma casa noturna tem a vida remexida quando a mulher (Vera Miles) precisa de dinheiro.

Os pássaros (The birds, EUA, 1963, 119 min) dir. Alfred Hitchcock
06 de maio – terça-feira - 19 horas
07 de maio – quarta-feira – 16 horas
Quando a bela loira Melaine Daniels ('Tippi' Hendren) chega a Bodega Bay, perseguindo o solteirão Mitch Brenner (Rod Taylor), ela é inexplicavelmente atacada por uma gaivota.

Frenesi (Frenzy, EUA, 1972, 116 min) dir. Alfred Hitchcock


07 de maio – quarta-feira – 19 horas
08 de maio – quinta-feira – 16 horas
Um criminoso sexual, conhecido como o "assassino da Gravata", deixa a polícia de Londres em estado de alerta. Todas as pistas incriminam um inocente, que vai ter que fugir da lei para provar que não é o culpado, tentando encontrar o verdadeiro assassino.

A sombra de uma dúvida (Shadow of a doubt, EUA, 1943, 108 min) dir. Alfred Hitchcock
08 de maio - quinta-feira – 19 horas
09 de maio - sexta-feira – 16 horas
Quando o Tio Charlie vai visitar seus parentes na pacata cidade de Santa Rosa, estão lançadas as bases para uma de suas mais cativantes e emocionantes excursões. Joseph Cotten faz o papel do sedutor Tio Charlie, um assassino ludibriante que viaja da Filadélfia para a Califórnia apenas um passo à frente da lei.

Pacto sinistro (Strangers on a train, EUA, 1951, 101 min) dir. Alfred Hitchcock
12 de maio - segunda-feira – 19 horas
13 de maio - terça-feira – 16 horas
Um tenista famoso se encontra por acaso com um herdeiro de uma grande fortuna numa viagem de trem. Bruno detesta o pai e quer vê-lo morto, por isso, elabora um plano para satisfazer os seus desejos e os do tenista G. Haines, que não suporta a esposa. A estratégia é: ele matará a mulher do tenista e Guy matará seu pai.

A tortura do silêncio (I confess, EUA, 1953, 95 min) dir. Alfred Hitchcock
14 de maio – quarta-feira – 16 horas
15 de maio - quinta-feira – 16 horas
O empregado de uma paróquia comete um assassinato vestido de padre, e as suspeitas caem sobre o jovem padre Michael.

Disque M para matar (Dial M for murder, EUA, 1954, 105 min) dir. Alfred Hitchcock


15 de maio - quinta-feira – 19 horas
16 de maio - sexta-feira – 16 horas
20 de maio – terça-feira – 16 horas
Um homem cria um plano para assassinar sua esposa pelo dinheiro, mas, quando as coisas dão errado, ele consegue improvisar um genial plano B para ainda tentar levar vantagem.

Um barco e nove destinos (Lifeboat, EUA, 1944, 97 min) dir. Alfred Hitchcock
16 de maio – sexta-feira – 19 horas
19 de maio – segunda-feira – 16 horas
Durante a Segunda Guerra Mundial no Atlântico, um navio e um barco alemão se envolvem em um combate e ambos naufragam, mas existem alguns sobreviventes que vão para um dos botes.

Sob o signo de Capricórnio (Under Capricorn, Inglaterra, 1949, 117 min) dir. Alfred Hitchcock
20 de maio - terça-feira – 19 horas
21 de maio – quarta-feira – 16 horas
Em 1831, um irlandês vai parar na Austrália para recomeçar sua vida com a ajuda do primo, eleito governador. O homem acaba por ir trabalhar na casa de um fazendeiro, cuja bela e estranha esposa surge para dar às coisas um rumo inesperado.


A Geração do Cinema Falado: os Americanos

Apache - Massai O Último Guerreiro (Apache, EUA, 1954, 90 min) dir. Robert Aldrich
22 de maio - quinta-feira – 16 horas
23 de maio - sexta-feira – 19 horas
Após anos de sangrentas batalhas contra os colonizadores na fronteira americana, o lendário Geronimo, chefe dos apaches, é forçado a aceitar uma humilhante rendição. Porém Massai (Burt Lancaster), seu guerreiro mais selvagem, se recusa a aceitar a derrota.

Vera Cruz (Vera Cruz, EUA, 1954, 94 min) dir. Robert Aldrich


22 de maio – quinta-feira – 19 horas
23 de maio - sexta-feira – 16 horas
Por volta de 1860, ao escoltarem uma condessa até Vera Cruz, dois aventureiros americanos interpretados pelos astros Gary Cooper e Burt Lancaster, involuntariamente se envolvem da derrubada do imperador mexicano Maximiliano.

Boneca de carne (Baby doll, EUA, 1956, 114 min) dir. Elia Kazan


26 de maio - segunda-feira – 16 horas
27 de maio - terça-feira – 19 horas
Archie Lee Meighan (Karl Malden) é um homem de meia idade que é proprietário de uma descaroçadeira de algodão. Archie espera ansiosamente o 20º aniversário de sua mulher, pois nesta data poderá, segundo um trato entre o casal, "consumar" o casamento.

Vidas amargas (East of Eden, EUA, 1955, 115 min) dir. Elia Kazan


26 de maio – segunda-feira – 19 horas
27 de maio – terça-feira – 16 horas
No Vale das Salinas, região da Califórina, por volta da 1ª Guerra Mundial, Carl é o filho rebelde e mal compreendido de Adam.

Sindicato de ladrões (On the waterfront, EUA, 1954, 108 min) dir. Elia Kazan
28 de maio – quarta-feira – 16 horas
Terry Malloy (Marlon Brando) é um ex-boxeador que costumava ser grande, mas que se tornou pequeno ao entrar para a gangue exploradora de Johnny Friendly (Lee J. Cobb). Quando um trabalhador inocente morre, Terry sente-se culpado e começa a tentar consertar suas ações passadas lutando diretamente contra o sindicato, sofrendo também as consequências.

Um rosto na multidão (A face in the crowd, EUA, 1957, 126 min) dir. Elia Kazan
29 de maio – quinta-feira – 16 horas
Descoberto por Marcia Jeffires, na cadeia de uma cidade do Arkansas, Larry Rhodes é chamado para protagonizar o programa de rádio Um Rosto na Multidão. Logo seu carisma e a ágil capacidade de improvisar o colocam num outro patamar, o da TV, e em cidades maiores.

Férias de amor (Picnic, EUA, 1955, 113min) dir. Joshua Logan
29 de maio – quinta-feira – 19 horas
30 de maio – sexta-feira – 16 horas
É feriado e chega à cidade, recém-saído de um trem de carga, o boa vida Hal Carte (William Holden), que tenta recomeçar sua vida. Com seu belo físico e muito charme Hal vem para o Kansas à procura de trabalho na empresa da família de Alan, seu antigo colega de faculdade. Apesar de suas esperanças e expectativas, os planos ambiciosos de Hal logo dão errado, quando seu magnetismo atrai todas as mulheres da cidade.

Nunca fui santa (Bus stop, EUA, 1956, 94 min) dir. Joshua Logan
30 de maio - sexta-feira – 19 horas
Cherie é uma cantora de bares de segunda na cidade de Phoenix. O rude e inocente campeão de rodeios Bo se apaixona perdidamente e decide levá-la à força para sua casa, em Montana, de ônibus.

Glória feita de sangue (Paths of glory, EUA, 1957, 84 min) dir. Stanley Kubrick


02 de junho - segunda-feira – 16 horas
Em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, Mireau (George Meeker), um general francês, ordena um ataque suicida e como nem todos os seus soldados puderam se lançar ao ataque ele exige que sua artilharia ataque as próprias trincheiras.

O grande golpe (The killing, EUA, 1956, 84 min) dir. Stanley Kubrick
02 de junho - segunda-feira – 19 horas
03 de junho – terça-feira – 16 horas
Após cumprir uma pena de cinco anos, Johnny Clay (Sterling Hayden) está convencido de que se o ladrão não fizer um plano perfeito ele será preso, independente da quantia. Assim, decide apostar alto e elabora uma complexa trama para assaltar o hipódromo.

O mensageiro do diabo (The night of the hunter, EUA, 1955, 93 min) dir. Charles Laughton


03 de junho – terça-feira – 19 horas
04 de junho - quarta-feira – 16 horas
Harry Powell (Robert Mitchum) é um reverendo que tem o dom da palavra de Deus, utilizando-se dela para dar golpes e conquistar pessoas, tirando proveito delas. Willa Harper (Shelley Winters), viúva, é a sua nova vítima, já que ele descobre que seu marido morto por enforcamento, deixou uma pequena fortuna.

O grande motim (Mutiny on the bounty, EUA, 1935, 132 min) dir. Frank Lloyd
04 de junho - quarta-feira – 19 horas
05 de junho - quinta-feira – 16 horas
O marinheiro Roger Byam (Franchot Tone) acompanha o capitão Bligh (Charles Laughton) e Fletcher Christian (Clark Gable) em uma viagem de navio ao Taiti.

Doze homens e uma sentença (12 angry men, EUA, 1957, 96 min) dir. Sidney Lumet
05 de junho - quinta-feira – 19 horas
06 de junho – sexta-feira – 16 horas
Doze jurados devem decidir se um homem é culpado ou não de um assassinato, sob pena de morte. Onze têm plena certeza que ele é culpado, enquanto um não acredita em sua inocência, mas também não o acha culpado.

A condessa descalça (The barefoot contessa, EUA, 1954, 130 min) dir. Joseph Mankiewicz
06 de junho – sexta-feira – 19 horas
09 de junho – segunda-feira – 16 horas
Com extraordinária beleza, talento e graça, a dançarina espanhola Maria Vargas (Ava Gardner) nasceu para tornar-se uma estrela. Ajudada pelo diretor de cinema americano Harry Dawes (Humphrey Bogart), ela alcança grande sucesso e fortuna na terra de sonhos de Hollywood.

Quem é o infiel? (A letter to three wives, EUA, 1949, 103 min) dir. Joseph Mankiewicz
09 de junho - segunda-feira – 19 horas
10 junho - terça-feira – 16 horas
Lora, Rita e Débora são três mulheres diferentes, com diferentes ambições, desejos e sonhos. Lora casou com seu chefe, que pensa que ela é uma caçadora de fortunas. Rita ganha mais dinheiro escrevendo para um programa de rádio do que seu marido professor. E Débora fica fabulosa num uniforme da Marinha, mas não tem certeza do que vestir para ir a uma festa. O destino dessas três mulheres se cruzará quando uma carta revelar o segredo que porá o futuro de uma delas em jogo.

A malvada (All about Eve, EUA, 1950, 138 min) dir. Joseph Mankiewicz
11 de junho – quarta-feira – 16 horas
12 de junho – quinta-feira – 16 horas
20 de junho – sexta-feira – 16 horas
Eve Harrington quer se tornar atriz. Para atingir seu objetivo, ela consegue um emprego como auxiliar de Margo Channing, uma veterana estrela de sucesso na Broadway. Isso lhe possibilita conhecer as pessoas do meio e, aos poucos, dar seus passos em direção à fama.

Bom dia, tristeza (Bonjour tristesse, França, 1958, 94 min) dir. Otto Preminger
12 de junho - quinta-feira – 19 horas
13 de junho - sexta-feira – 16 horas
Pai e filha vivem em um superficial mundo de busca de prazeres quando envolvimentos amorosos acabam prejudicando a relação de ambos e acarretando graves consequências.

Carmen Jones (Carmen Jones, 1954, 115 min) dir. Otto Preminger
13 de junho - sexta-feira – 19 horas
16 de junho – segunda-feira – 16 horas
Uma ardente e sexy criatura cativa Joe, um soldado atraente, que está longe de sua amada. Após uma briga fatal com seu sargento, Joe deserta seu regimento com sua excitante femme fatale. Porém, logo Carmen se cansa dele e se une a um lutador peso-pesado, disparando a trágica vingança de Joe.

O homem do braço de ouro (The man with the golden arm, EUA, 1955, 119 min) dir. Otto Preminger
16 de junho – segunda-feira – 19 horas
17 de junho – terça-feira – 16 horas
Um carteador que sonha em se tornar baterista de uma banda de jazz sai da prisão e retorna à sua cidade. Enquanto tenta se livrar da dependência das drogas e administra a complicada relação com sua esposa inválida, também se envolve com uma bela mulher, que lhe empresta o apartamento para praticar música.

Joana D’arc (Saint Joan, EUA, 1957, 110 min) dir. Otto Preminger
17 de junho – terça-feira – 19 horas
18 de junho – quarta-feira – 16 horas
França, século XV. A Guerra dos Cem Anos com a Inglaterra se estende desde 1337. Nesse cenário turbulento, a jovem camponesa Joana d'Arc, após ouvir vozes divinas, assume a missão de liderar o exército francês contra os invasores ingleses.

Johnny Guitar (Johnny Guitar, EUA, 1954, 110 min) dir. Nicholas Ray


20 de junho – sexta-feira – 19 horas
23 de junho – segunda-feira – 16 horas

Delírio de loucura (Bigger than life, EUA, 1956, 95 min) dir. Nicholas Ray
23 de junho - segunda-feira – 19 horas
24 de junho - terça-feira – 16 horas
Um professor descobre que está com uma rara inflamação nas artérias e tem poucos meses de vida. Ele concorda, então, em tomar uma droga experimental e começa a se recuperar.

Amarga esperança (They live by the night, EUA, 1949, 95 min) dir. Nicholas Ray
24 de junho - terça-feira – 19 horas
25 de junho - quarta-feira – 16 horas
Nos anos 30, o jovem Bowie e outros dois comparsas fogem de uma prisão no Mississipi. Bowie sonha em fugir com sua namorada e ter uma vida tranquila. Mas é convencido pelos companheiros a continuar no crime.

No silêncio da noite (In a lonely place, EUA, 1950, 94 min) dir. Nicholas Ray
26 de junho - quinta-feira – 16 horas
30 de junho - segunda-feira – 19 horas
Dixon é um roteirista insatisfeito com as engrenagens da indústria e que, após alguns filmes de sucesso, entra num hiato criativo. Uma jovem aspirante a escritora o acompanha até sua casa, aonde fica algumas horas e depois vai embora. Na manhã seguinte ela é encontrada morta, e Dixon é o maior suspeito.

Cinzas que queimam (On dangerous ground, EUA, 1951, 82 min) dir. Nicholas Ray
26 de junho - quinta-feira – 19 horas
27 de junho - sexta-feira – 16 horas
Policial durão e desiludido é mandado para o interior para investigar o assassinato de uma menininha. Lá se envolve com uma moça cega cujo irmão é o principal suspeito do crime.

Juventude transviada (Rebel without a cause, EUA, 1955, 111 min) dir. Nicholas Ray
27 de junho - sexta-feira – 19 horas
30 de junho - sexta-feira – 16 horas


Fonte: Coordenação da Sala Redenção – Cinema Universitário, através de Tânia Cardoso de Cardoso.

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