domingo, 26 de abril de 2015
Crítica: VINGADORES: A ERA DE ULTRON, através de Marcelo Castro Moraes.
Fonte: www.google.com.br/imagens
Nada melhor do que rever velhos conhecidos e descobrir que eles ainda têm muito a nos oferecer e nos surpreender. O grande charme dos filmes da Marvel está justamente ao fato que eles possuem inúmeros heróis poderosos, porém humanos, e como todo ser humano que se preze, possuem suas falhas, mas delas vem os seus aprendizados e amadurecimentos perante aos obstáculos. Vingadores: A Era de Ultron eleva o grupo de heróis ao um novo patamar, aonde os lados mais humanos e frágeis dos personagens conquistam o cinéfilo rapidamente.
Mas estamos falando de um dos filmes de aventura mais esperados da temporada, sendo que o público alvo espera no mínimo incríveis cenas de ação e é exatamente isso que acontece. Nem o filme começa e já vemos a equipe unida contra a Hidra, após descobrirem que eles possuem o cetro do Loki. A sequência de ação é ininterrupta, sendo que mal podemos piscar os olhos que algo importante já acontece. O diretor Joss Whedon meio que se arriscou em dar uma de Michael Bay (da franquia Transformers) nesse momento, mas felizmente isso não acontece, ou quase.
Após recuperarem o cetro, Tony (Robert Downey Jr) sofre de uma rápida ilusão criada pela Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), aonde ele tem uma terrível visão de que seus esforços em proteger a terra foram em vão. Devido a isso, ele une a gema encontrada no cetro, mais a tecnologia alienígena e cria então uma inteligência artificial, capaz de proteger a humanidade. Claro que tudo dá errado e a inteligência cria vida, gerando o megalomaníaco vilão Ultron (James Spader). Percebe-se que nesse primeiro ato há certa pressa em apresentar os principais elementos que irão formar a trama, mas que felizmente isso não é prejudicial, mesmo com inúmeros personagens presentes (com participação rápida de Falcão e Maquina de Combate). Os Vingadores então encaram um novo desafio, devido aos erros cometidos por um dos seus integrantes, mas dos erros vem os acertos e o grupo precisa ignorar as diferenças e partir para a luta. No primeiro confronto, infelizmente todos os heróis encaram os seus maiores temores durante o combate contra Ultron, gerando então momentos angustiantes, onde cada um enfrentará os seus demônios interiores. É nesse momento em que o filme entra num território bem mais sombrio, onde até mesmo temos um rápido vislumbre do passado ainda meio que nebuloso de Natacha (Scarlett Johansson). Banner (Mark Ruffalo) se descontrola novamente e libera um Hulk fora de si. Para a felicidade dos nerds de carteirinha, finalmente isso gera o confronto entre o gigante esmeralda e o Homem de Ferro que, usa uma super armadura, criada para caso Banner perdesse o controle do Hulk.
Após uma derrota vergonhosa, o grupo se acolhe num refugio, onde é revelado um lado até então desconhecido do Gavião Arqueiro (Jeremy Renner). Alias, é preciso dar os parabéns para os roteiristas terem dado mais espaço ao personagem, já que o Arqueiro é o mais próximo de nós que assiste. Sem poderes, apenas com artes marciais e arco e flechas, o personagem é o que mais se sente perdido em meio a seres que quase são Deuses, mas acaba sendo justamente ele que dá uma melhorada no ego de cada um dos seus colegas, principalmente na Feiticeira Escarlate que, percebe os erros que cometeu, mas nunca é tarde em buscar uma redenção.
Ninguém imaginava que um personagem que apareceria somente no início do ato final da trama fosse roubar a cena. Da união da tecnologia alienígena com a inteligência artificial Jarvis (voz de Paul Bettany) surge finalmente o Visão: herói clássico das HQ, que aqui, visualmente é bastante fiel a sua fonte original e o ator Bettany consegue de uma forma fantástica passar tanto a lógica que o personagem preza, como também a sua doçura quase humana que ele transmite, tanto vinda dos seus olhos expressivos como também na sua fala mansa.
Com tantos atrativos no longa (como a relação amorosa e dramática entre Natasha e Banner como exemplo), por pouco Ultron não acaba sendo um vilão meramente secundário, mas isso somente não acontece graças a interpretação convincente de James Spader. Embora em meio a efeitos visuais que encobrem sua face, Spader constrói um Ultron digno de nota, sendo que suas ações contra a humanidade, não só são convincentes, como também são carregadas de um humor negro certeiro. Atenção para a piada em que ele solta com relação a Noé, sendo que não tem como não rir.
Voltando ao ato final que nos traz inúmeras emoções, despedidas, perdas e verdadeiras lições de moral. Curiosamente é bom ver como o cineasta Joss Whedon e os roteiristas sempre se preocuparam em mostrar na tela qual é a verdadeira missão de todo herói que se preze que, não é somente derrotar o vilão, mas também salvar vidas. A todo o momento, não importa o quanto a ação é vertiginosa, sempre vemos Capitão América, Homem de Ferro, Thor e companhia salvando inúmeras vidas em meio ao caos, sendo que é algo precioso de se ver, mas que infelizmente algumas adaptações de HQ de super heróis se esquecem de mostrarem isso hoje em dia.
Com um final redondinho, mas que deixa inúmeras pontas soltas, para elas serem finalizadas nas próximas aventuras cinematográficas, Vingadores: Era de Ultron é um filme para toda a família, com inúmeras boas cenas de ação, mas nunca se esquecendo do lado humano dos personagens, pois sem isso não teria como nós meros mortais nos identificarmos com Deuses vindos do céu e da terra.
Trailer
Fonte: www.youtube.com
Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.
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