sábado, 1 de outubro de 2016
Crítica: BRUXA DE BLAIR, através de Marcelo Castro Moraes.
Fonte: www.google.com.br/imagens
A Bruxa de Blair de 1999 pegou todo mundo desprevenido, pois ele foi promovido como se realmente fosse um documentário real e que os eventos vistos na tela realmente aconteceram. Naquele ano a internet ainda engatinhava, ao ponto de não haverem muitas informações sobre o que era realmente a obra. A possibilidade de tudo ser verídico somente aumentou quando do lançamento de um documentário de 1h de duração e que foi exibido uma semana antes na TV americana, e que fez os fatos do filme parecerem ainda mais reais.
Após a estreia, foi desvendado aos poucos que tudo não passou de pura propaganda orquestrada pelos criadores, mas foi o suficiente para o filme se tornar um grande sucesso de bilheteria daquele ano e se transformar aos poucos em objeto de culto. Não demorou muito para que o filme ganhasse uma continuação (Bruxa de Blair 2: O Livro das Sombras), mas que todos atualmente se esqueceram devido a sua ruindade. Passados quase vinte anos após o lançamento do cultuado filme, eis que chega Bruxa de Blair que, além de ser uma continuação, o filme é uma espécie de releitura do filme original, respeitando os fãs e nos brindando com alguns momentos que realmente nos prende na cadeira.
Dirigido pelo cineasta Adam Wingard, o filme já começa com uma cena de dentro da horripilante cabana vista no filme de 1999, mas dando a entender que ela foi gravada recentemente. James (James Allen McCune), ao ver o vídeo pela internet, decide então adentrar na floresta, já que ele é irmão da desaparecida Heather e acredita que ela ainda possa estar viva após todos esses anos. Com um grupo de amigos, mais equipamento de filmagem sofisticado, todos adentram na floresta que foi palco daqueles eventos misteriosos.
Não é preciso ser gênio para adivinhar que a ideia deles entrarem naquela floresta é uma péssima ideia e que, gradualmente, coisas estranhas começam acontecer naquele lugar. Tudo o que aconteceu no filme original acontece aqui novamente, mas diferente do que foi visto em 1999, aqui as situações são vistas numa escala maior e tornando tudo mais assustador. A produção somente peca na falta de carisma de boa parte dos integrantes do grupo, durante o decorrer do filme e assim fazendo com que não nos importemos muito com o destino deles. A trama acaba por então se concentrando mais nas duas figuras que são James e sua amiga Lisa (Callie Hernandez), sendo que essa última acaba se tornando, mesmo que involuntariamente, a protagonista de momentos de pura angustia principalmente no ato final da trama. O final, aliás, retorna justamente na casa vista ao final do filme original, mas ao invés de repetir o que já foi visto, a casa acaba se revelando muito mais assustadora do que aparentava.
Com pouco mais de uma hora e meia, Bruxa de Blair é um filme sequência digno de nota, cuja sua releitura do clássico acaba tornando a sessão muito mais prazerosa.
Trailer
Fonte: www.youtube.com
Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.
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