sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

3º Festival Brasileiro de Nanometragem é sucesso de público em Atibaia.


Centerplex Atibaia - 3º Festival Brasileiro de Nanometragem


Pelo terceiro ano consecutivo, o Festival Brasileiro de Nanometragem foi sucesso absoluto de público, lotando uma das salas do Cine Atibaia, no dia 30 de janeiro. Realizado de forma independente pela Incubadora de Artistas, em parceria com a rede Centerplex Cinemas, o evento tem a proposta de estimular a produção audiovisual, formar públicos reflexivos e gerar contrapartidas sociais. "São seis meses de trabalho até a realização do evento, para que produtores de todo o Brasil tenham tempo de executar suas produções. Ver que o resultado deu tão certo é muito gratificante", conta um dos diretores da Incubadora de Artistas, Vitor Carvalho.

Foram inscritos 200 filmes de 15 estados brasileiros e exibidos 78, que concorreram a mais de R$ 7 mil em prêmios, além de 3 nanometragens convidados. O apresentador da TV Vanguarda, Jonas Almeida, participou de um deles e também prestigiou o evento. “Qualquer iniciativa nesse campo de arte, que faça a galera começar a ter vontade de produzir é muito legal, porque muita gente se descobre assim, na brincadeira”, afirmou. Já o ator Nico Serrano foi o responsável pela apresentação do festival e arrancou risos da plateia com uma performance que uniu teatro com uma boa dose de improviso.

Com produções de diversas cidades do país, o Festival Brasileiro de Nanometragem novamente cumpriu com um de seus principais objetivos. “Ficamos muito satisfeitos em saber que cada vez mais diretores, roteiristas e artistas, amadores ou não, de todo Brasil, fazem filmes especialmente para esse festival”, disse Igor Spacek, também diretor da Incubadora. Esse foi o caso do 3º lugar, “Anjos Não Falam”, de Fabiana Rocha Escobar e Sérgio Mib, da Rocywood, grupo de produtores da comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro.

“Ficamos sabendo do festival por amigos e achamos que eram filmes de 45 minutos. Fizemos uma produção de 45 minutos e só depois vimos que o regulamento exigia produções 45 segundos. Aí criamos uma nova história e um novo filme, feito para participar do evento”, contou Fabiana. “Anjos Não Falam” abordou o tema da infância, falando sobre como as crianças, muitas vezes, são usadas para a manutenção do consumo de adultos.

A vencedora do 2º lugar, Mariana Teófilo, com o filme “Elisa”, que trata sobre a delicada temática do abuso sexual, comentou sobre a importância do estímulo dado pelo evento. “O festival é uma iniciativa importante para os artistas e isso ficou claro no dia 30, com a exibição dos trabalhos que mostra o quanto é importante um espaço como esse. O ‘Elisa’ foi feito para esse festival, assisti-lo e ter o reconhecimento é muito gratificante”, disse.

O primeiro lugar foi do nanometragem “Clownber”, de Bruno Saggese, uma divertida animação que apresenta um inesperado truque circense. Bruno, que também é ator e envolvido com o universo do clown, afirmou estar muito feliz com a presença de animações entre os vencedores, dizendo que poucos festivais premiam esse tipo de categoria. “Esse é um espaço muito importante para todos nós que trabalhamos com animação”, afirmou.

A comédia ainda marcou presença em outras produções, com destaque para o nanometragem “Tem Wi-fi?”, de Juliana Guerra, que recebeu Menção Honrosa. "Fiquei tão lisonjeada em participar deste festival, porque sabemos o quanto é difícil fazer cinema! Tenho gratidão pela Incubadora de Artistas, que organiza esse belo evento e que faz vários projetos durante o ano, com a inclusão social. Acho digno", disse Juliana.

O tempo limite de 45 segundos é um estímulo para que uma simples ideia possa se transformar em um filme surpreendente. O vencedor de outra Menção Honrosa, Rafael Jardim, com o filme “Essa Moça...”, contou que a ideia do trabalho, que fala de forma bem humorada sobre o machismo na publicidade, surgiu em uma ida ao supermercado, observando os rótulos das embalagens dos produtos.

O 3º Festival Brasileiro de Nanometragem foi mais um trabalho de estímulo à cultura, realizado pela Incubadora de Artistas, que arrecadou mantimentos, através dos ingressos solidários, para entidades assistenciais da cidade que não recebem verbas públicas. Todos os produtores e espectadores do festival ajudaram a angariar mais de 200 itens de alimentos e higiene pessoal, que serão destinados a pessoas necessitadas.

Vale ressaltar que mesmo os filmes que não fizeram parte da mostra competitiva foram muito importantes para enriquecer e fortalecer o evento, que terá sua 4ª edição realizada em 2017, com inscrições abertas já a partir do 2º semestre deste ano. Alguns filmes ainda poderão ser exibidos nos festivais parceiros de Contis, na França, e Porto 7, em Portugal.


Confira abaixo a lista dos premiados:

Menção Honrosa - “Délivrance” - Allerson Mariano Silva de Jesus - Maceió - AL

Menção Honrosa - “A Espera” - Alvaro Severo - Serra Talhada – PE

Menção Honrosa - “Tem Wi-Fi?” - Juliana Clecia De Lima Silva - Serra Talhada – PE

Menção Honrosa - “Essa Moça...” - Rafael Jardim - São Paulo – SP

Prêmio Centerplex - Ketz - Jackson Farias Teixeira - Belo Horizonte – BH

3º Lugar – Anjos Não Falam - Fabiana Da Rocha Escobar - Rio De Janeiro – RJ

2º Lugar – Elisa - Mariana Santos Teófilo - São Paulo – SP

1º Lugar – Clownber - Bruno Saggese - São Paulo – SP


Fonte: Assessoria de Imprensa da Incubadora de Artistas.

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