segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Crítica: Debi & Lóide 2, através de Marcelo Castro Moraes.
Fonte: www.google.com.br/imagens
Debi e Lóide: Dois Idiotas em Apuros, eu havia assistido tantas vezes em casa (após ter gravado no canal da Globo com a sua dublagem clássica) que eu perdi as contas de quantas vezes eu assisti, pois além de eu adorar a obra dos irmãos Bobby Farrelly e Peter Farrelly (Quem vai ficar com Mary), minha mãe fazia questão de ver e rever inúmeras vezes. Ao longo dos anos o filme foi um dos mais reprisados na TV aberta e a cabo e muitos se perguntavam por que não havia uma continuação para que voltássemos a ver as estripulias da dupla novamente. Vinte anos depois, os cineastas decidem trazer Lloyd Christmas (Jim Carrey) e Harry Dunne (Jeff Daniels) de volta em mais uma viagem louca que, embora não seja superior ao original, pelo menos o espírito e nostalgia com relação ao filme de 1994 se mantém intactos.
Verdade seja dita: um raio não pode cair duas vezes no mesmo lugar e dificilmente a produção conseguiria superar as piadas do filme original. A solução ficou a cargo de seis roteiristas (mau sinal?), que fizeram questão de levar em conta que se passaram vinte anos desde a última trama, mas que ao mesmo tempo mantivessem intactas as mesmas fórmulas de sucesso do filme original. A desculpa para fazer a trama engrenar é o que menos importa por aqui, sendo que os fãs querem mesmo é rever a dupla na estrada e é exatamente isso que acontece. O grande charme do filme original que, além das piadas politicamente incorretas e inesquecíveis, a obra também era um delicioso roadie movie (filme de estrada), embalado com uma trilha sonora contagiante e que se casava muito bem com cada momento do filme. Aqui a formula se repete descaradamente, mas isso é proposital, para que o “público fã” se sinta em casa em cada cena apresentada na tela.
Porém, essa preocupação em respeitar a geração de vinte anos atrás que viu e amou o filme original, acabou prejudicando um pouco na elaboração de uma trama mais criativa e se entregando então para as piadas politicamente incorretas habituais, mas que infelizmente nos faz rir de uma maneira forçada em alguns momentos. Porém, isso é facilmente contornado graças à dupla de protagonistas: Jim Carrey e Jeff Daniels que, para mim, representam uma das melhores duplas de humor da historia do cinema (perdendo, claro, para O Gordo e o Magro), sendo que os erros cometidos no roteiro, além de coadjuvantes sem sal, não tiram o brilho da dupla central.
Outro ponto a favor foi o fato das referencias, lugares e personagens apresentados no filme anterior ganharem novos contornos por aqui: o destino do garoto cego; uma das primeiras namoradas da dupla Fraida Felcher (Kathleen Turner) tem papel de grande destaque por aqui e como não podia deixar de ser, é revelado o paradeiro do cão móvel. Tudo isso, embalado com piadas de sexo, escatologia e muitas gags por parte dos dois protagonistas. Carrey, aliás, mesmo tendo se passado vinte anos, ainda mantém os mesmos trejeitos e caretas que ele havia injetado no seu personagem e Jeff Daniels que, mesmo tendo se dedicado boa parte da carreira em filmes dramáticos (como Lula e a Baleia) não fica muita atrás de seu companheiro em termos de humor.
Com um final que possui inúmeras reviravoltas, revelações e uma pegadinha bem sacana, Debi & Lóide 2 nada mais é do que uma janela para revisitar velhos queridos personagens e sem exigir muito deles.
Trailer
Fonte: www.youtube.com
Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário