sábado, 6 de agosto de 2016
Começam filmagens do doc “A vida extraordinária de Tarso de Castro”.
Tarso em 1968 no bar Antonio's, reduto da esquerda festiva e da Bossa Nova no Rio de Janeiro
Longa sobre jornalista fundador do Pasquim vai retratar geração de intelectuais que resistiu à ditadura
O documentário longa-metragem “A vida extraordinária de Tarso de Castro”, dirigido por Leo Garcia e Zeca Brito, começou a ser rodado nesta quinta-feira, 4 de agosto, no Rio de Janeiro. Por meio da fascinante trajetória de Tarso de Castro, o doc vai reviver a história do Brasil dos anos 60, 70 e 80 e da geração de intelectuais que resistiram à ditadura militar e promoveram uma verdadeira revolução nos costumes e na cultura brasileira.
Nesta primeira fase de filmagens, os diretores vão entrevistar o cartunista Jaguar, o jornalista Sérgio Cabral (pai) e o ator Antônio Pedro. Outros companheiros de Tarso, como Paulo César Pereio, Caetano Veloso, Chico Buarque, Mario Prata, Ziraldo, Paulo Caruso, Zuenir Ventura, Luis Fernando Verissimo, Xico Sá e Daniel Filho, serão entrevistados na segunda etapa.
Boêmio, provocador, sedutor, revolucionário e idealizador do jornal Pasquim, Tarso de Castro foi um dos mais importantes e polêmicos jornalistas do Brasil. Como bem definiu Otto Lara Resende, Tarso traçou um verdadeiro pacto de felicidade com a vida e pagou o preço dos prazeres excessivos – era alcoólatra, não admitia se tratar e morreu de cirrose hepática aos 49 anos de idade em 1991.
Além dos amigos já citados, Tarso conviveu e influenciou personalidades como Glauber Rocha, Tom Jobim, Caetano Veloso, Leila Diniz, Paulo Francis, Samuel Wainer, Luiz Carlos Maciel, Sérgio Porto, Paulo José, Hugo Carvana, Fernanda Montenegro, Leonel Brizola, João Ubaldo Ribeiro e Sérgio Buarque de Holanda.
“Enquanto escritores e roteiristas quebram a cabeça para criar personagens conflituosos e que cativem o público, o jornalismo brasileiro teve em suas redações um personagem pronto,” afirma o diretor Leo Garcia.
Ficha Técnica
DIREÇÃO: Leo Garcia e Zeca Brito
ROTEIRO: Leo Garcia e Zeca Brito
PRODUÇÃO: Letícia Friedrich e Mariana Muller
DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA: Bruno Polidoro
PESQUISA: Alice Spitz e Sylvio Siffert
ASSISTENTE DE DIREÇÃO: Alice Spitz
EMPRESAS PRODUTORAS: Coelho Voador, Anti Filmes, Boulevard Filmes e Epifania Filmes
DISTRIBUIDORA: Boulevard Filmes
Leo Garcia
Leo Garcia é sócio da produtora de roteiros Coelho Voador. Mestre em Roteiro de Ficção para TV e Cinema (UPSA – Salamanca, Espanha), escreveu roteiros para longas, curtas e séries, tendo vencido editais e premiações. Destaque para o curta “Ed”, no qual é roteirista e produtor, selecionado para mais de 100 festivais em 33 países – vencedor do Grande Prêmio Canal Brasil 2014. Roteirizou as séries “Elvis e o Cometa” (2010 - TV Brasil), Sapore D’Itália (2011 - RBS e Globo Internacional), “Bocheiros” (2014 – TVE e Prime Box Brazil) e “Werner e os Mortos” (2016 – Canal Brasil).
Leo venceu o Prêmio Santander Cultural para projetos de longas por duas vezes (2009 e 2011) e foi selecionado para o Berlinale Talents 2014, prestigiado programa do Festival de Berlim.
Seu longa “Em 97 Era Assim” está em finalização, com previsão de lançamento para o segundo semestre de 2016. Leo teve dois projetos de longas contemplados no edital RS Pólo Audiovisual: a ficção “Depois de Ser Cinza” e o documentário “A Vida Extra-Ordinária de Tarso de Castro” – ambos serão rodados em 2016 e 2017. Já ministrou cursos de roteiro em Porto Alegre, Goiânia, Rio de Janeiro, Aracaju e diversas cidades do interior do Rio Grande do Sul.
É também o idealizador da Alfaiataria da Coelho Voador (contemplada no edital FAC/RS por duas vezes), laboratório de criação de novos roteiros, que está dando oportunidade a novos talentos a entrar no mercado. Leo é o diretor-geral do FRAPA – Festival de Roteiro Audiovisual de Porto Alegre, o primeiro festival de roteiro da América Latina, que já conta com quatro edições.
Zeca Brito
Graduado em Realização Audiovisual pela Unisinos e Bacharel em Visuais pela UFRGS, atua como diretor e roteirista. Em 2006 dirigiu “Um Filme Chamado Sfincter”, ficção exibida no canal Multishow. Em 2009, lançou o curta-metragem de ficção “Um Breve Assalto”, exibido na RBS TV e Canal Brasil. Seu curta-metragem “Aos Pés” em 2010 foi exibido em Nova Iorque, Buenos Aires e Ilha da Horta (Açores), conquistou o premio de Melhor Filme no Festival de Cinema de Maringá, Melhor Filme 35mm no Festival Ibero Americano Curta Canoa e Melhor Filme Júri Popular no FESTin Lisboa. Seu curta-metragem de ficção “O Sabiá”, foi exibido em 2010 na RBS TV e Canal Brasil, e ganhou 3° Lugar pelo Júri Popular no FESTin Lisboa. Seu longa-metragem “O Guri”, de 2011, segundo o crítico Jean-Claude Bernardet, “assinala o nascimento de um novo talento cinematográfico no Brasil”. Em 2014 dirigiu o documentário de longa-metragem “Glauco do Brasil”, lançado nos cinema em março de 2016. Atualmente, finaliza o longa-metragem "Em 97 Era Assim" e está fase de pré-produção do longa de ficção “Legalidade”.
Fonte: Diagrama Comunicações, através de Marcelo Cajueiro.
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