terça-feira, 30 de agosto de 2016

Crítica: QUANDO AS LUZES SE APAGAM, ‏através de Marcelo Castro Moraes.


Fonte: www.google.com.br/imagens


Vivemos uma espécie de "a era dos filmes de horror das sombras", onde não é preciso banhos de sangue para chocar, pois basta a sugestão e a pirotecnia de fazer filmes de terror como antigamente, para alcançar o efeito eficaz. Filmes como Invocação do Mal, Mama e Paranormal são exemplos de produções, cujos orçamentos são curtos, mas com tramas, embora em muitos momentos previsíveis, são engenhosas por conseguir atrair um grande público. Quando as Luzes se Apagam é o mais novo filme dessa leva, que não irá decepcionar aqueles que buscam sustos de saltar da cadeira.

Dirigido pelo estreante David F. Sandberg, acompanhamos a vida de dois irmãos Rebecca (Teresa Palmer) e Martin, que são assombrados desde novos por um vulto sinistro que surge na escuridão. O vulto em si desaparece no momento em que as luzes são acessas, sendo assim para os jovens, a principal arma. Aos poucos descobrimos que a mãe deles (Maria Bello) possui uma estranha ligação com essa entidade da escuridão.

Embora num primeiro momento a premissa pareça original, ela na realidade já foi vista em alguns filmes, como no caso Eclipse Mortal de 1999, mas usada aqui com elementos já visto em filmes recentes. Porém, uma vez que o filme começa, ele nos prende, pois ficamos nos perguntando sobre o motivo dessa entidade surgir e atormentar a todo custo os personagens. As respostas estão lá, mas por mais clichês que elas sejam isso é o que menos importa desde que as cenas nos provoquem o maior susto possível. Nesse último caso o filme é muito eficaz, pois nunca sabemos quando a entidade irá surgir e atacar os protagonistas. Se há um efeito visual em cena, ele na realidade é mínimo, pois o que conta é o ótimo trabalho de dublê que cria o ser, além dos efeitos sonoros e movimentos de câmera criando o clima opressor desejado.

O filme não perde muito tempo, em relação ao que acontecia com a política do período. Porém, há passagens do documentário que mostra como a imprensa divulgava essas noites pelos jornais. Começando de uma forma tímida, matérias relacionadas com aqueles estabelecimentos, assim como o comportamento da comunidade LGBT , logo foram ganhando popularidade e se tornando cada vez mais comuns. Isso fez com que muitos saíssem do armário e se darem conta que não estavam sozinhos no mundo.

É claro que num filme como esse é preciso haver bons protagonistas, sendo que aqui, o sucesso é um tanto que parcial. Se Maria Bello nos convence como uma mãe caindo em depressão e assombrada pelo ser misterioso, temos a jovem atriz Teresa Palmer, uma espécie de Kristen Stewart melhorada, mas que terá muito chão pela frente para nos convencer que está apta a ser uma verdadeira protagonista. Embora com algumas interpretações engessadas, o filme consegue fazer com que a gente se importe com o destino dos personagens, mesmo quando o filme se encaminha por um ato final bem previsível.

Embora com as suas falhas, Quando as Luzes se Apagam é entretenimento puro para aqueles que buscam ótimos sustos, mesmo a trama nos passando uma sensação de Déjà vu durante a sessão.


Trailer

Fonte: www.youtube.com


Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.

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