segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Crítica: HOTEL TRANSILVÂNIA 2, ‏através de Marcelo Castro Moraes.


Fonte: www.google.com.br/imagens


O primeiro Hotel Transilvânia não tinha nenhum pingo de originalidade, mas acertava em cheio num humor delicioso e bem cartunesco. Em tempos em que os filmes de animação sempre buscam agradar os dois públicos (adulto e infantil) o filme original não tinha nenhuma carga pretensiosa em agradar os dois mundos, mas no que foi apresentado foi o suficiente para agradar a todos. Agora nessa sequência, a trama perde o frescor do primeiro, mas se mantém nos trilhos com relação ao que funcionou, o que torna esse retorno ao hotel de Drácula não em algo dispensável, mas sim em algo muito divertido para ser apreciado.

Após ver a sua filha Mavis se casar com Jonathan, Drácula concentra todo o seu lado paternal agora no seu neto Dennis que acabou de nascer. Porém, Dennis não demonstra sinais de que será um vampiro que nem o avô, o que faz esse último usar todos os recursos que estão disponíveis para fazê-lo se tornar um. É ai que as atrapalhadas começam a surgir a todo o momento, rendendo inúmeros momentos de humor do começo ao fim.

Se no original as piadas com relação ao mundo de hoje eram até contidas, aqui a todo o momento elas são disparadas, não somente para rir, mas também para fazer uma caprichada crítica. Para começar, Drácula se atrapalha todo perante aos costumes dos humanos, como no caso deles usarem celulares e serem viciados em selfie. Como se já não bastasse, a internet em si deixa o protagonista em situação apertada, rendendo um momento constrangedor e divertido.

Como eu disse acima, o filme não polpa em fazer piada com o mundo de hoje, principalmente ele sendo tomado pela onda politicamente correta que se espalha hoje em dia: a sequência em que Drácula leva o seu neto para um acampamento de jovens vampiros, aonde tudo é bastante protegido para as crianças não se machucarem, sintetiza muito bem isso. É aqui, aliás, que as melhores piadas acontecem e, portanto não se surpreenda se passar mal de tanto rir durante a sessão.

Infelizmente o ritmo positivo no decorrer do filme se perde quando chegamos ao ato final. Isso tudo porque, surge do nada, um vilão dispensável, sendo que ele está ali unicamente para gerar conflito, momentos de pancadaria desnecessária e que não combinam com a proposta do filme. Uma pena, pois no ato final surge Vlad, o pai de Drácula e ele protagoniza uma das grandes piadas da trama, onde tira maior sarro do clássico ‘Drácula de Bram Stoker’ de Coppola.

Apesar desse deslize, Hotel Transilvânia 2 é um divertido filme família, do qual você lamenta de ele ser tão curto, pois desejamos continuar naquele divertido hotel fantasmagórico. Que venha então o Hotel Transilvânia 3.



Fonte: www.youtube.com


Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.

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