Conhecido como a primeira ficção científica produzida no Brasil, o filme Abrigo Nuclear (1981), dirigido por Roberto Pires, acaba de ser restaurado. O longa, gravado em uma “nave espacial” construída no quintal da casa do diretor, será exibido no dia 30 de outubro, às 17h40, no Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha, integrando o XI Panorama Internacional Coisa de Cinema. A sessão será seguida de bate-papo com Petrus Pires, filho do cineasta e coordenador do trabalho de preservação da obra dele.
Militante contra a energia nuclear, que considerava uma ameaça à vida humana, Roberto Pires transformou essa preocupação em roteiro, junto com Orlando Senna. No filme, a população de toda a Terra é obrigada a viver em abrigos nucleares, única forma de escapar da intensa poluição radioativa na superfície. No entanto, alguns inconformados com tal sina se organizam para recuperar o ambiente terreno para que as próximas gerações possam deixar a proteção subterrânea.
A exibição de Abrigo Nuclear será acompanhada do documentário Bahia SCI-FI, um curta-metragem dirigido por Petrus Pires, que resgata o processo de realização do filme de seu pai. Entre os entrevistados está Orlando Senna; o multifacetado homem de cinema Roque Araújo; Laura Pires, a viúva de Roberto Pires; e vários atores amadores que atuaram no longa de ficção. “Fomos procurar esses atores, que hoje exercem as mais diversas profissões”, comenta Petrus.
Abrigo Nuclear também será exibido em Cachoeira, dia 29 de outubro, às 14h, no Cine Theatro Cachoeirano, com acesso gratuito. Petrus também conversará com o público após a sessão.
Os ingressos para as sessões do Panorama no Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha custam R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia), mas o público conta ainda com um passaporte que dá direito a dez sessões por apenas R$ 30,00.
Uma realização da produtora Coisa de Cinema em parceria com o Cineclube Mário Gusmão, projeto de pesquisa e extensão da UFRB, o Panorama acontece de 28 de outubro a 04 de novembro, em Salvador e Cachoeira. Com apoio de mídia do jornal Correio, o festival é patrocinado pela Petrobras e pelo Governo do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura.
Fonte: Quarta Via Comunicação, através de Jane Fernandes.
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