sábado, 18 de fevereiro de 2017

Crítica: Estrelas Além do Tempo, ‏através de Marcelo Castro Moraes.


Fonte: www.google.com.br/imagens


A guerra fria, por vezes, mais parecia uma disputa entre egos governamentais, do que uma guerra silenciosa e da qual poderia explodir a qualquer momento. Quando os russos conseguiram colocar o seu primeiro homem em orbita, imediatamente nasceu uma corrida desenfreada do governo norte americano em conseguir obter tal feito e chegar à frente deles para a conquista da lua. O que muitos não sabem é que surgiram muitos gênios a frente daquele tempo, que ajudaram o país a conseguir tal feito e Estrelas Além do tempo explora alguns desses personagens obscuros da história.

Dirigido por Theodore Melfi (Um Santo Vizinho) acompanhamos a trajetória de três grandes amigas que, por serem gênias da matemática, são contratadas para trabalharem na NASA. Ao chegarem lá, cada uma tem a tarefa de ajudar nos cálculos, nos trabalhos dos computadores e para assim obter o melhor resultado para ajudar os astronautas dentro dos foguetes, quando fossem lançados. Porém, por serem negras, acabam sofrendo um grande preconceito entre os seus colegas, numa época em que os EUA ainda eram divididos, em relação ao preconceito.

Mais do que uma reconstituição dos fatos ocorridos, o roteiristas aproveitaram ao máximo para explorar como era aquela sociedade dividida, onde bebedouros, banheiros, restaurantes, por exemplo, eram divididos para que os brancos ficassem de um lado e os negros do outro. Mesmo havendo muito preconceito hoje em dia, nada se compara com os absurdos que eram impostos no tempo em que o filme é transcorrido. Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughn (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe) são exemplos de muitas pessoas que sofreram preconceito na época, mas que lutaram a todo custo para obterem um lugar ao sol.

Uma vez as três em meio ao poderio branco, cada uma exerce uma função da qual faz com que os seus superiores prestem atenção em cada uma delas. Katherine Johnson (Taraji P. Henson), por exemplo, possuía uma mente muito a frente do seu tempo e não demoraria que os seus dons de matemática chamassem atenção do seu superior Al Harrison (Kevin Costner), sendo que esse último vive obcecado em poder ajudar o governo em conseguir enviar um americano ao espaço. É curioso observar que, por mais que seja talentoso, o ator Costner sempre interpreta o mesmo tipo de personagem, desde o tempo de JFK.

O ato final reserva momentos emocionantes, principalmente pelo fato que o grande feito da NASA, em ter conseguido enviar um homem ao espaço, não foi vindo de uma façanha feita por apenas um, mas por inúmeras pessoas que decidiram se unir, seguir em frente e que decidiram colocar de lado o preconceito tão atrasado e dispensável.

Estrelas Além do Tempo é um retrato de eventos pouco divulgados para o grande público, mas que nunca é tarde para descobrirmos a verdadeira história, em que há muito tempo estava escondida.


Trailer

Fonte: www.youtube.com

Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.

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