segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Crítica: Moana - Um Mar de Aventuras, ‏através de Marcelo Castro Moraes.


Fonte: www.google.com.br/imagens


Diversificação é a palavra certa para o sucesso do estúdio ‘Disney’ atual. Sabendo que não pode somente depender da bilheteria em território americano, os engravatados do estúdio do Mickey decidiram expandir os seus horizontes e hastear a bandeira da diversidade. Se em Zootopia o tema era aceitação do diferente, em Moana – Um Mar de Aventura é uma pequena e singela carta de amor aos povos de terras distantes, mais especificamente com relação às ilhas da Polinésia localizadas no oceano pacifico, onde a sua mitologia e suas riquezas históricas são homenageadas aqui pelo estúdio.

Dos mesmos criadores de A Pequena Sereia, Aladdin e A Princesa e o Sapo, acompanhamos a saga da jovem Moana, que desde pequena é predestinada a encontrar o herói de tempos antigos Maui. Ambos precisam unir forças em meio ao oceano, para então entregar uma pedra preciosa que é o coração da principal ilha (ou deusa) da ilha das Malvinas. Mas em meio a isso, eles terão que passar por diversos obstáculos, desde enfrentar monstros aquáticos, como deuses diabólicos e poderosos.

Embora a trama seja original, existe aqui algo de familiar para o público em geral, que está acostumado a boas tramas de aventuras, das quais retratam a missão do predestinado (a) em enfrentar uma perigosa missão para um bem maior. Aqui temos então Moana, uma personagem cheia de vida e que não permitirá que a ilha, na qual ela reside, seja o seu limite na vida. O filme toca em questões de família, de amadurecimento e de responsabilidade, sendo algo já bem visto em outras obras do estúdio, mas criado aqui de uma forma com que a trama soasse fresca para os nossos olhos. Não me surpreenderia se Moana se tornasse a nova musa das meninas atuais, já que de princesa indefesa, ela não tem nada e tão pouco depende de alguém para seguir com a sua principal missão. Contudo, eis que surge o herói masculino da trama, ‘Maui’, cujo seu lado pretensioso e cheio de orgulho proporciona os momentos mais engraçados da trama. Ambos juntos em cena terão que aprender a lidar com as suas indiferenças e terem que se unir para lutar e sobreviver em meio ao oceano cheio de obstáculos.

Embora o filme possua um dos mais belos desenhos de computação gráfica atual, é bom destacar o fato que os criadores foram habilidosos ao inserirem o bom e velho desenho tradicional. Se nos primeiros minutos a velha forma de criar animação se destaca para contar a origem dos eventos que irão acontecer a seguir, o desenho tradicional também surge a todo o momento no próprio Maui, mais especificamente em sua tatuagem principal do seu peito, da qual se mexe e se tornando uma espécie de personagem cômico durante a trama. Uma forma criativa e muito bem vinda para podermos desfrutar de uma arte que ainda resiste em meio aos avanços atuais, na forma de contar histórias. Vale destacar também o fato da Disney abraçar velhas fórmulas, como no caso dos números musicais e não ter medo de apresentar para as novas gerações. Se em Fronzen o resultado foi acima do esperado, aqui não seria diferente, já que as músicas apresentadas na trama, como a How Far I'll Go, faz com que qualquer um se empolgue e se encante pela letra da qual se casa muito bem com a proposta da trama vista na tela.

Com personagens cativantes, Moana - Um Mar de Aventuras é uma mostra do potencial da Disney, em saber se inovar, em saber dialogar com a nova geração e preparando o terreno para novos desafios que virão a seguir.


Trailer

Fonte: www.youtube.com

Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.

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