domingo, 12 de julho de 2015

Crítica: O Exterminador do Futuro: Gênesis, ‏através de Marcelo Castro Moraes.


Fonte: www.google.com.br/imagens


Nos últimos eventos vistos em franquias como X-Men e Star Trek, ocorrem viagens no tempo, cujo intuito é mudar a linha do tempo e criar algo completamente novo e desprendido do que já foi apresentado. Isso serve não somente para atrair um novo público que, não havia visto os filmes anteriores, como também uma forma de consertar o que não deu certo em filmes do passado. A mesma fórmula de sucesso é colocada à prova no mais novo filme da franquia O Exterminador do Futuro: Gênesis, mas que, ao invés de melhorá-la, acaba criando um nó difícil para se desamarrar.

Levando em consideração os dois primeiros filmes, e ignorando os dois últimos (principalmente o quarto), acompanhamos finalmente como ocorreram às viagens no tempo do primeiro T-800 (Arnold Schwarzenegger) e Kyle Reese (agora interpretado por Jai Courtney), sendo que esse último, todos nós sabemos que ele havia sido enviado pelo salvador da humanidade John Connor (agora interpretado por Jason Clarke). O problema que algo dá errado nos milésimos de segundo quando Reese viaja no tempo, e quando ele chega, os eventos mostrados no primeiro filme são completamente modificados.

Para começar, devo dar palmas para os roteiristas e para o diretor Alan Taylor (Thor 2) pelo início do filme, pois é impressionante a reconstituição exata dos primeiros minutos daquele clássico visto agora repaginado. Se no quarto filme vemos um T-800 digitalmente bem artificial, dessa vez aqui os técnicos de efeitos visuais capricharam e parece que estamos vendo um Schwarzenegger realmente rejuvenescido. Para melhorar ainda mais, a surpresa vem com aparição de um T-800 envelhecido (Schwarzenegger também) e chamando a sua cópia nova para uma briga. É ai que descobrimos que a linha do tempo mudou, pois descobrimos que um T-800 foi ao passado para cuidar de uma jovem Sarah Connor (interpretada agora por Emilia Clarke de Game Of Throne) e ensiná-la desde nova para se defender das ameaças vindas do futuro. Com isso, temos um Kyle Reese vindo do futuro, mas ficando completamente confuso com essa nova linha do tempo, pois a Sarah que ele veio proteger não existe mais. Aí que mora o grande ponto negativo do filme, pois essas novas viagens no tempo talvez não fossem realmente necessárias, pois os filmes do Exterminador, cujas suas viagens no tempo, já davam dor de cabeça para os cinéfilos.

Outro grande problema é que, a linha do tempo foi alterada, mas a todo o momento o filme não se desvencilha dos eventos vistos nos filmes anteriores, o que lhe causa uma falta de identidade própria. A situação piora quando os protagonistas param por um momento para tentar explicar a situação que eles vivem no momento, mas logo começa um corre-corre recheado de explosões e efeitos visuais, o que faz com que a gente se perca no decorrer da história. Nem mesmo os momentos de piadas (os melhores são protagonizados por Schwarzenegger) ajudam muito nessa salada, da qual ou você se entrega a ela ou a rejeita.

Do elenco, talvez o único que está bem à vontade em cena seja o próprio Arnold Schwarzenegger que, mesmo aparentando idade avançada (sua velhice possui uma desculpa bem sacada na trama) sempre rouba a cena quando surge. Já Emilia Clarke, até que está bem no papel de jovem Sarah Connor e sua relação com o T-800 nos faz relembrar da relação que o ciborgue tinha com o jovem Connor no segundo filme. O problema, é que a todo o momento vem a nossa mente aquela Sarah forte e com olhar louco de Linda Hamilton, e quando comparamos com Clarke, acabamos sentido um gosto amargo na boca. O mesmo pode-se dizer de Jai Courtney como Kyle Reese, que a todo o momento tenta nos convencer como ator de filmes de ação, mas acaba meio que perdido perante aos outros, principalmente ao lado do veterano Schwarzenegger. Jason Clarke acaba se revelando uma grata surpresa como John Connor, mas os roteiristas providenciaram para que o seu personagem se encaminhasse para uma situação que faz o seu talento, infelizmente, ser desperdiçado. Falando em roteiristas, parece que eles acham que somos idiotas, nos forçando a engolir uma solução tão imbecil com relação ao destino de um dos personagens, visando assim uma possível continuação. Falando em continuação, é mais do que lógico que a intenção dos produtores era criar uma nova trilogia a partir de O Exterminador do Futuro: Gênesis, mas devido aos pesares que apontei, nem com máquina do tempo será o suficiente para melhorar o seu desempenho daqui em diante.


Trailer

Fonte: www.youtube.com


Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.

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