terça-feira, 28 de junho de 2016

CINEOP ENCERROU A PROGRAMAÇÃO ONTEM (27/06 ‘SEGUNDA’) E FEZ BALANÇO DOS RESULTADOS DA 11ª EDIÇÃO.




Mais de 15 mil pessoas participaram das atividades do evento, realizado ao longo de seis dias em Ouro Preto; homenagens, debates, exposição, lançamento de livros, apresentações musicais e exibição de filmes marcaram a programação plural e gratuita


Mais de 15 mil pessoas, 150 convidados e cerca de 100 horas de programação ao longo dos últimos seis dias: este é um pequeno resumo do que aconteceu na antiga Vila Rica entre os dias 22 e 27 de junho, com a realização da 11ª CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto. O evento, este ano conduzido pelo eixo Cinema, TV e Educação, contou com a exibição de 92 filmes (18 longas, seis médias e 68 curtas, 42 deles realizados em contexto escolar), distribuídos 34 sessões de cinema. Nesta edição, a CineOP homenageou dois nomes fundamentais para o cinema nacional: o cineasta Eduardo Coutinho e o restaurador Francisco Moreira. Além disso, o evento contou com a realização de debates, oficinas, workshops internacionais, exposição, lançamento de livros e uma intensa agenda de shows, que agitaram a noite ouro-pretana.

Toda a programação foi estruturada a partir de três temáticas: História, Preservação e Educação, cada uma delas com um conceito específico. Na Histórica, com curadoria do crítico de cinema Francis Vogner dos Reis, a seleção de filmes e os debates foram norteados pelo período da chamada Abertura Política, ou seja, de 1976 até a Nova Constituição, em 1988. A parte de Preservação, que teve à frente o conservador Hernani Heffner, tratou sobre o acesso e a preservação dos Arquivos de TV. Já na temática Educação, desenvolvida pela professora Adriana Fresquet, estiveram em pauta o Cinema, a TV, Educação: a escola como unidade comunitária.

Para a coordenadora geral da CineOP e diretora da Universo Produção, Raquel Hallak, esta edição superou as expectativas, não só pelo interesse do público ao participar das sessões, mas, principalmente, em função da qualidade dos debates protagonizados durante o evento, com destaque para a elaboração do Plano Nacional de Preservação, que já vem sendo gestado há uma década e foi apresentado na segunda-feira, 22 de junho, data de encerramento da Mostra. “Tivemos conquistas históricas nesta edição. A entrega do Plano Nacional de Preservação e os diálogos entre o cinema, a TV e a educação foram os destaques do evento. A CineOP está consolidada e foi reconhecida como palco das discussões que vêm ajudando a garantir a preservação do audiovisual brasileiro”, afirmou.

CINEOP NOS BAIRROS

A CineOP, único evento brasileiro a tratar o cinema como patrimônio histórico e, ao mesmo tempo, contribuir para a disseminação da produção audiovisual brasileira, promove também o projeto CineOP nos Bairros, atualmente em sua terceira edição. Este ano, dois bairros e um distrito de Ouro Preto (Cachoeira do Campo, São Sebastião e Alto das Dores) contaram com a exibição do longa “Que horas ela volta?”. Todos receberam a instalação de um cinema ao ar livre, com a participação de aproximadamente 1000 pessoas.


CINE-ESCOLA

Este ano, o programa Cine-Expressão atendeu 21 escolas da rede pública de ensino com a realização de oito sessões de cinema e cinco cine-debates, alcançando assim um público superior a três mil estudantes. Os filmes escolhidos para esta edição foram “Antes que o mundo acabe”, “As aventuras do balão vermelho”, “O que queremos para o mundo” e “Tudo que aprendemos juntos”.


OFICINAS E SEMINÁRIO

Na programação do 11ª Seminário do Cinema Brasileiro: Fatos e Memória foram realizados 22 debates com a participação de 67 convidados nacionais e internacionais. Durante o evento, também foram realizadas quatro oficinas, com a certificação de 220 alunos, voltadas para a formação e qualificação, reafirmando o compromisso da CineOP em contribuir para o desenvolvimento da atividade audiovisual e permitindo a reciclagem e o despertar de novos ofícios no universo cinematográfico.


PRESENÇA INTERNACIONAL

Representantes de quatro países – França, Espanha, Holanda e Argentina – estiveram presentes na CineOP para debater a preservação e a gestão de arquivos de TV no ambiente e produção digital, bem como o desenvolvimento de estratégias de acesso de conteúdos preservados. Marcaram presença o espanhol Eugénio López, diretor de Documentação do Grupo Atresmedia e do Centro de Documentação e Arquivo da TV Antena 3; o francês Benjamin Léréna, chefe de Projetos e Especialista em Gestão de Patrimônio Audiovisual do INA – Institut National de l'Audiovisuel, um dos mais importantes do gênero em todo o mundo; o holandês Johan Oomen, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento do Institute for Sound and Vision; e a argentina Mariana Loterszpil, que, entre outras funções, é diretora do Canal TECtv, canal de ciência e tecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia da Argentina.


LANÇAMENTO DE LIVROS

A CineOP também foi palco para o lançamento de cinco títulos relacionados ao cinema: “Dossiê Boca: Personagens e Histórias do Cinema Paulista” e “O Coringa do Cinema”, ambos escritos por Matheus Trunk; “Guia de Elaboração de Projetos Audiovisuais – Leis de Incentivo e Fundos de Financiamento”, de Guilherme Fiúza e Júlia Nogueira; “Inevitavelmente cinema: Educação, Política e Mafuá”, de Cezar Migliorin e “Maldita animação brasileira”, de Sávio Leite.


ESTRUTURA

A expressividade da CineOP também estava representada pela infraestrutura montada para a realização do evento, que ocupou, principalmente, três espaços: o Cine Vila Rica (plateia de 700 lugares), Centro de Artes e Convenções (sede do evento, cine-teatro, auditórios, galpão cine bar show, ações de formação e reflexão) e Praça Tiradentes, palco de acontecimentos sociais, culturais e históricos localizada no coração da cidade que recebe a instalação do Cine-Praça (1000 lugares).


Fonte: Assessoria de Imprensa da Universo Produção e da ETC Comunicação, através de Lívia Tostes, Núdia Fusco, Luciana d’Anunciação e Marcelo Miranda.

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