terça-feira, 6 de setembro de 2016

Crítica: CAFÉ SOCIETY, ‏através de Marcelo Castro Moraes.


Fonte: www.google.com.br/imagens


Não há pretensão no universo dos filmes recentes de Woody Allen, ‘Café Society’ é o seu primeiro filme em formato digital, Isso acaba destacando a bela fotografia de ‘Vittorio Storaro’ vencedor pela categoria em filmes como Apocalypse Now e O Último Imperador. Para quem conhece a filmografia do cineasta, Café Society mostra todas as características e marcas registradas, que já foram vistas em seus filmes. Pode até parecer algo repetitivo em alguns momentos, mas cabe ressaltar que conseguimos mesmo assim enxergar novidades a cada obra dirigida por Allen.

A trama se destaca ao apresentar todo o glamour do universo das celebridades dos anos 30, onde a edição de arte e figurino molda como um todo, aquele período visto na tela. Contudo, o casal central vivido Jesse Eisenberg e Kristen Stewart deixa um pouco a desejar em alguns momentos, pois a química vista entre eles, realmente não empolga. Se Jesse Eisenberg se sai bem como uma espécie de jovem Allen, Kristen Stewart novamente apresenta uma atuação econômica e que ainda não me convence, sobre ela ser uma atriz versátil. Felizmente a ala de coadjuvantes salva o filme, Steve Carell se sai muito bem em cena, principalmente pelo fato do seu personagem transitar entre a comédia e o drama, aliás, sobre sua dramatização, o astro provou ter talento de sobra, ao interpretar um produtor de cinema.

Mas, como eu havia salientado, o destaque vai mesmo para a bela fotografia de Vittorio Storaro, ao qual estarei na torcida para que seja lembrado na próxima premiação do Oscar. Por ser um retrato dos anos 30, estamos diante de um período que sempre foi romanceado pelos livros de história ao destacar o cinema americano. Com tons pastel e luzes douradas, as imagens transmitem uma fábrica de sonhos da cidade do cinema, mas não escondendo também um lado obscuro das engrenagens daquela fabrica de contar histórias.

Ao som de Jazz, enxergamos um Woody Allen do começo ao fim, mas maduro e aberto às novas possibilidades que o cinema de hoje tem a oferecer. Porém, jamais deixando de lado a sua essência e seu amor por filmar. Mesmo quando não é genial, Allen tem a proeza de nos fazer rir e nos emocionar com o seu mundo neurótico, das possibilidades sobre o que é se apaixonar e viver a vida em uma sociedade tão glamorosa e passageira, quanto a um bom cappuccino.


Trailer

Fonte: www.youtube.com


Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.

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