domingo, 20 de dezembro de 2015

Crítica: STAR WARS - O DESPERTAR DA FORÇA, ‏através de Marcelo Castro Moraes.


Fonte: www.google.com.br/imagens


A cruzada do herói, ou melhor, a pessoa predestinada por um bem maior, é uma história já contada há séculos, independente da forma como ela é apresentada para um público em determinada época. Embora tenhamos inúmeras histórias conhecidas dessa cruzada, o que todas elas têm em comum é o velho embate do bem contra o mal, sendo que, o próprio herói, luta para não cair na tentação vinda da escuridão. Star Wars - O Despertar da Força, não só retoma a cine – série criada por George Lucas para o cinema, como também fortalece esses elementos já conhecidos, mas não deixando de incorporar fatos novos para a história.

Dirigido por J.J. Abrams (Star Trek), a trama se situa trinta anos após O Retorno de Jedi. Os heróis encontram-se num novo embate perante a Primeira Ordem, mais precisamente herdeiros do antigo Império. Entre eles encontrasse um lorde sombrio chamado Kylo Ren (Adam Driver), disposto a caçar pela galáxia Luke Skywalker, que se encontra desaparecido. Liderando uma resistência, Princesa Leia (Carrie Fisher), que agora é General e está em busca do seu irmão, mas ao mesmo tempo, eventos ocorrem para fazer com que essa sua cruzada não seja solitária. Dito isso, surgem os verdadeiros novos protagonistas do filme: Rey (Daisy Ridley) bela e forte jovem que vive de catar lixo para sobreviver e Finn (John Boyega) ex-soldado da Primeira Ordem que decide abandonar o seu posto e buscar um novo caminho em sua vida. Ambos se cruzam no primeiro ato e que, através do pequeno robô BB-8, embarcam numa missão que poderá leva-los até Luke Skywalker. Pelo caminho, encontram a velha e poderosa Millennium Falcon, para logo em seguida darem de encontro com Han Solo (Harrison Ford) e Chewbacca e juntos partem para uma grande aventura. Falar mais seria estragar inúmeras surpresas que esse filme reserva, mas o que eu posso dizer antecipadamente é que, ele não é somente uma continuação, como também uma releitura do clássico de 1977. Todas as fórmulas já vistas na trilogia clássica estão lá, mas moldadas para serem apresentadas para um novo público.

A todo o momento, não só surgem referencias aos filmes anteriores, como também o surgimento de velhos conhecidos e cada um deles recebe os aplausos pra lá de merecidos. Abrams constrói essas aparições de uma forma elegante, com a qual nos faz rir, e meio segundo depois nos emocionar com as cenas. Em meio a isso, é preciso dar palmas pelo fato do cineasta não abusar em nenhum momento dos efeitos especiais. Quem acha que o filme sobrevive somente com os velhos conhecidos se engana, pois as caras novas estão ali para sucedê-los de uma forma digna. Rey (Daisy Ridley) é sem duvida a verdadeira protagonista do filme: forte e determinada, Rey espera por respostas do seu passado e na oportunidade de um dia sair do lugar em que vive. Ao mesmo tempo, uma vez em que abraça a oportunidade de seguir um novo caminho, demonstra certa fragilidade devido ao peso da responsabilidade. É a cruzada do herói (a) remodelada para as novas plateias que, em meio a inúmeros obstáculos, poderá conseguir a sua redenção e um lugar no mundo. Finn (John Boyega) segue pelo mesmo caminho, não só provando que o seu personagem tem potencial, como também se torna o grande alivio cômico da trama, porém de uma forma divertida e jamais boba, tanto Daisy Ridley, quanto John Boyega, possuem ótima química e fazem de seus personagens a verdadeira alma do filme. O mesmo não se pode dizer do antagonista Kylo Ren (Adam Driver), pois sua presença é boa, mas desperdiçada pelos poucos momentos em cena. Com relação à velha guarda, tanto Carrie Fisher, quanto Harrison Ford, embora ambos com idades avançadas, saem-se muito bem revivendo os seus velhos e queridos personagens.

Como já foi mencionado, o filme é uma releitura prazerosa do clássico, embora algumas cenas soem um tanto que repetidas, e se há repetições, pelo menos uma delas nos faz vibrar, que é referente à cena em que Rey aceita usar pela primeira vez o sabre de luz contra o inimigo, e é nesse momento que o coração de qualquer fã infla de emoção.

A cena final é curta, mas ela sintetiza exatamente toda a essência do que é Star Wars, com relação à cruzada do herói, de sua luta; do seu fardo; da sua queda e da sua redenção pessoal. Star Wars - O Despertar da Força não somente respeita esses dizeres, como também nos abre uma porta até então desconhecida sobre essa nova cruzada. Os minutos finais da trama deixam mais perguntas do que respostas, sendo que tais perguntas somente serão respondidas nas continuações. Sendo assim, me resta desejar que ‘a força esteja conosco’ durante o ano de 2016 e também nos anos subsequentes.


Trailer

Fonte: www.youtube.com


Fonte: Marcelo Castro Moraes - Crítico Cinematográfico.

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